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P. D. V. de Raphael Stone.Quando me deparei com o olhar repleto de insegurança nos olhos de Ravena, senti uma responsabilidade instantânea...Ela temia por mim...Mesmo sem ser loba, o vínculo com o companheiro, impulsionava ela a me proteger. Sem titubear, pronunciei palavras que brotaram de uma convicção profunda, a verdade só viria desta forma.— Não quero que você tenha dúvidas... para obter as informações que deseja, terá que me prender... o instinto de proteção de um lobo é poderoso. Não quero que ninguém se machuque, principalmente inocentes, e claro... você!Naquele momento, meu olhar tentava transmitir a segurança que Ravena precisava desesperadamente. Era imperativo que ela entendesse a importância dessa ação, pois não tínhamos margem para falhas...A determinação ecoava em minhas palavras, enquanto me esforçava para fazer com que Ravena compreendesse a seriedade do caminho que estávamos prestes a trilhar. Percebia que ela buscava segurança também, em meu olhar, não somente
D. V. de "Espiã Ravem". Retirei as órbitas dos olhos do quadro com cuidado, revelando a visão direta para o trono da Bruxa Mãe Ravem... Ao observar todos da sala com ela, percebi que ao seu lado, estava a princesa Ravena, e o lobo sarnento, este último declarado como seu companheiro duas décadas atrás... Os dois pareciam mergulhados em uma conversa intensa; em alguns momentos, sussurravam palavras secretas, em outros, elevavam suas vozes, indicando uma mistura de desconfiança e tensão. O que aqueles três, estavam aprontando? Minha missão era clara: manter-me alerta e informar ao meu mestre, sobre as situações. Nada podia sair dos planos meticulosamente traçados por ele... Enquanto eu observava a cena intrigante daqueles três diante do trono, ficava claro que a presença da “enviada” do mestre, era motivo de clara desconfiança, por parte da Bruxa Mãe, da princesa Ravena, e do lobo. Era crucial agir com cautela, neste momento, para evitar que qualquer indício de traição, fosse per
P. D. V. de Raphael Stone.Saí da imponente sala do trono, com a firme intenção de me dirigir, à sala dos espelhos de comunicação... Meu destino era claro: enviar uma mensagem crucial para meu Beta Jerome Benson, membro valioso da minha alcateia. Se estávamos prestes, a embarcar nessa audaciosa empreitada, em direção às terras geladas da alcateia "Lua de Odin", era imprescindível, que ele estivesse ciente, de minha iminente ausência, do vale Ravem.Confesso que não possuía a menor ideia do que me aguardava nas terras distantes da alcateia "Lua de Odin", e tampouco sabia por quanto tempo permaneceria afastado..., mas a Deusa, contemplava os audazes!Era essencial que Jerome estivesse preparado e informado, caso necessitasse de alguma orientação, ou auxílio. Afinal, a liderança de uma alcateia, demanda constante vigilância e prontidão...E ele estava à frente da Dawn Moon, em minha ausência, da proteção, e administração da alcateia. Acelerei meus passos, com a mente focada na missão im
D. V. de Irina Ravem. Após auxiliar Lyanna com os bebês, decidi dirigir-me ao salão da rainha... O corredor estava tranquilo, permeado pela calmaria que antecede um possível desenrolar de eventos inesperados. Foi então que avistei Raphael, caminhando pelo corredor com uma expressão que denotava urgência. A informação que havia recebido, sobre uma reunião secreta entre ele, a Grande Bruxa Mãe, e Ravena, parecia ganhar validade diante dos meus olhos, ele realmente parecia ansioso com alguma coisa. No entanto, algo peculiar capturou minha atenção: uma figura envolta em uma capa, trajando roupa,s que indicavam uma posição de serviçal. Por que a capa? E por que a sensação, de que ela estava seguindo Raphael? Intrigada, parei diante da porta do salão, observando silenciosamente, enquanto Raphael avançava. Era evidente que algo se desenrolava à margem, do que era visível aos nossos olhos... Meu olhar perscrutador seguiu Raphael e, de repente, um guarda se aproximou dele, entregando-lhe
D. V. de Ravena Ravem. Ao adentrar a suíte, nos deparamos com uma cena intrigante. Raphael repousava em uma poltrona, seu olhar desdenhoso pairando sobre os conselheiros que ali se encontravam. A atmosfera era tensa, e Edmund Ravem, notavelmente, exibia um semblante estarrecido, seus olhos fixos na imponente presença da Grande Mãe Bruxa. Ele estava estarrecido... Era evidente que nossa chegada não era esperada por ele. O choque estampado no rosto dos presentes, denunciava a surpresa, diante da “inesperada visita”. Os demais membros do conselho, por sua vez, exibiam palidez, e uma inquietação perceptível, como se estivessem prontos para se evadir a qualquer instante... A sala estava impregnada de um silêncio desconfortável, interrompido apenas pelo ruído sutil dos passos que ecoavam no ambiente tenso. A presença da Grande Mãe Bruxa, conferia um peso ainda maior à situação, e a incerteza pairava no ar como uma cortina densa. A expressão de Raphael, por sua vez, não denotava surpres
D. V. de Ravena Ravem. Divertindo-me com a expressão surpresa e apreensão estampada nos rostos dos conselheiros, ignorei qualquer pedido de pausa, e avancei na direção de Rafael. Ele já se encontrava, com os punhos firmemente algemados à parede, flanqueado por um guarda de cada lado. Seu olhar, embora fixado em mim, não conseguia esconder a evidente aceleração de sua respiração. À medida que me aproximava, podia notar a tensão no ambiente. Os conselheiros observavam atentamente, ansiosos pelo desenrolar do evento. No entanto, eu, desfrutava do momento, e percebia que a minha mãe também. Mantinha-me calma e confiante, consciente do poder que exercíamos naquele cenário, tão bem preparado. Rafael, por sua vez, continuava a fitar-me, tentando decifrar minhas intenções. Ainda que seus punhos estivessem aprisionados, a chama de provocação em seus olhos permanecia inabalável. Aquela troca de olhares, criava uma narrativa silenciosa e excitante, um embate de vontades que transcendia as pal
P. D. V. de Raphael Stone.Mesmo ciente dos planos de Ravena, meu lado alfa não pôde conter completamente a rebelião que fervilhava dentro de mim, quando os guardas se aproximaram com as correntes. Não eram feitas de prata, mas eu sabia que, de alguma forma, elas conteriam a minha força de lobisomem. Eu lutava dentro de mim contra elas, resistindo ao aprisionamento, que se aproximava...Evitava olhar para Eva, pois o sentimento de proteção em relação a ela, crescia a cada segundo. A preocupação com sua segurança era como uma chama ardente, alimentada pelo instinto de proteger aqueles que amava.Desesperadamente, tentei chamar por Rígil, buscando a conexão com meu espírito lobo, mas tudo o que recebi foi um silêncio ensurdecedor. Parecia que até meu lado selvagem, reconhecia a gravidade da situação, mas permanecia em silêncio, como se estivesse aguardando o momento certo para agir, ou ser libertado, de onde quer, que ele estivesse.Enquanto as correntes se aproximavam, eu sentia a luta
D. V. de Ravena Ravem. Eu estava estarrecida! fixei meus olhos em Raphael... Era evidente que ele estava subjugado por uma dor muito grande, preso por alguma forma de encantamento. Seu olhar, antes repleto da sombra, de seu espírito lobo, agora estava embranquecido e opaco, desprovido da capacidade de orientar sua própria vontade. Ali, diante de mim, desdobrava-se uma magia das trevas incalculável, uma força poderosa, que controlava as vontades das vítimas a seu bel-prazer. E infelizmente, ali estava Raphael...o meu companheiro, estava irreconhecível...quase deformado, por aquela transformação. Dele se soltava uma fumaça cinza, como tentáculos, que envolviam sua mente e corpo. Nunca tinha visto magia das trevas, tão poderosa, como aquela! Eu tentava compreender a natureza desse feitiço, que o transformara de forma tão abrupta... Ali, naquele momento, ele era um fantoche! Sabia que, geralmente, somente aqueles que lançavam o encantamento, detinha o conhecimento para desfazê-lo.