As verdades

Os olhos de Victor brilharam fixados nos meus, e meu maior horror foi perceber que não estava apresentável para visitas, especialmente para um rapaz que me analisava como um animal faminto.

Não sabia de onde ele havia tirado, mas John segurava um sobretudo de moletom escuro em uma das mãos, ainda me aguardando no batente. Caminhei calmamente até a porta onde ele estava, e seus dedos se prenderam em meu cotovelo enquanto me vestia com a peça. Senti seu hálito roçar em meu pescoço, e as palavras sussurradas causaram calafrios em minha espinha.

— Me chame se precisar. — Assenti, e o moreno me soltou com carinho, arrumando o sobretudo em meu corpo até que eu estivesse toda coberta. Carter fuzilou aquele gesto, parecendo até estar enojado.

Cruzei a porta, aproximando-me do rapaz com um leve sorriso amigável. Não senti as borbulhas gostosas que experimentava quando John me tocava ao vê-lo, e não soube explicar por que minha mente queria confrontá-los. Era estranho compará-los daquela forma,
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