A estrada pode ser uma ótima companheira, mas após um ano sendo a única companhia ela se torna cansativa e solitária, não dá para conversar com ela ou pedir conselhos, mas ela ensina mais do que qualquer um.

Andar sem destino pode ser libertador, fica para trás os medos, pavores, antigos amores e os arrependimentos. Tem muita coisa que o tempo pode apagar e quando o universo resolve parar de castigar aparece uma luz, como aquilo que sempre foi preciso.

Esse caminho inicialmente sombrio torna-se libertação de almas sofredoras e perdidas, ensina-as a viver com os erros e a aprender com eles fazendo com que tudo seja mais fácil.

Pelo menos foi isso que o Marcos disse a si mesmo durante 12 meses sozinho na estrada e se convenceu que estava certo quando conheceu Sofia Santeli, ela conseguiu despertar nele coisas que achou que nunca mais sentiria, ela o fez desejar um lar.

Este lar poderia ser a estrada, poderia ser qualquer coisa desde que ela estivesse ao seu lado, ela era tudo o que sempre quis e o fez perceber que os arrependimentos do passado, não eram tão arrependimentos assim.

Pela primeira vez ele estava ansioso para viver o presente.