Corri para o quarto e desatei a chorar, vê-lo depois de tanto tempo me trouxe um misto de emoções e lembranças que eu jamais iria esquecer. A porta foi aberta, e uma Eve saltitante entrou no cômodo.— Deu certo? — Assenti, e ela deu gritinhos de felicidade.— Agora eles só precisam bolar um plano para nos tirar daqui, espero que sejam espertos o suficiente para isso.— Eu também, Eve, eu também espero que eles não demorem a fazer isso. — A porta foi aberta novamente, e um dos seguranças me chamou. Era hora de eu ir dormir na casa do Dylan, me despedi de Eve e segui meu caminho para fora da boate sendo rodeada de seguranças.Achei que no dia seguinte estaria longe daquele lugar, mas se passaram meses e nada. Pouco a pouco, fui perdendo a esperança. Meu príncipe encantado não viria me salvar.Gemi quando gozei em sua boca, vi ela passar a língua no que ficou para fora, e aquela foi a cena mais erótica que já vi. Ela engatinhou para cima de mim e me beijou, um beijo afoito que foi quebr
Depois de tudo que Jessy fez enquanto namorava meu irmão, era compreensível essa reação dela. Eu me lembrava de quando ela vinha em casa dormir com o meu irmão e invadia meu quarto durante a noite, de quando ela invadia meu banho sedenta por uma foda, mas eu nunca permiti que ela realizasse suas fantasias, uma só mulher era digna desse corpinho aqui.— Vem logo, vai me deixar esperando? — Ergui uma de minhas sobrancelhas.Um pouco acanhada, ela deixou a mochila no chão e veio engatinhando até mim. Estiquei meu braço e permiti que ela usasse como travesseiro.— Eu acho que estou sonhando — falou ela me apertando em seus braços. Ela tinha um perfume tão enjoativo que eu estava me sentindo uma grávida em início de gravidez.— Posso te mostrar que não é um sonho — Eu me ajeitei na cama, ficando por cima do seu corpo. Ela arregalou os olhos e tentou olhar para baixo do lençol, que ficou cobrindo apenas a minha cintura. Impedi o gesto, ficando no meio de suas pernas.— Drew — protestou.— E
Terminei de me secar sozinho, pois Kath sumiu minutos depois e não disse mais nada. Claro que não diria, não havia mais nada a ser dito. Estava claro que, se eu não a encontrasse, ela iria sumir para sempre. Precisava falar com Eve o mais rápido possível, ela podia saber onde a minha garota estava.Com a toalha enrolada na cintura, voltei para meu quarto, ou melhor dizendo, meu antigo quarto. Morei aqui sozinho por cerca de dois anos até Suzan descobrir que minha avó Diane tinha falecido e resolver tomar a casa de mim, mas nem me importei, eu tinha dinheiro para comprar outra, então só saí de casa.Jessy dormia na minha cama toda esparramada e tranquila, como se estivesse em sua casa e, como sempre, eu a ignorei. Abri meu velho guarda roupa e fiz uma careta ao ver as roupas que usava antes. Eu não tinha senso, não? Por que raios eu usava uma blusa quadriculada?Mas como não tive tempo de trazer roupas decentes de casa teria que usar essas mesmo, peguei uma cueca e vesti, procurei a m
Eu tinha me esquecido de como o cheiro de hospital era repugnante, remédio misturado com soro seria uma péssima essência para perfume ou para ser inalada.Ver minha mãe deitada naquela cama me fez perceber que perdi muito tempo tendo ódio dela e não fui capaz de amá-la. Queria ter mais lembranças felizes com ela que não fossem na cozinha ou discutindo por algo idiota. Ela poderia estar morta agora, mas felizmente estava bem e logo voltaria para casa, para nossa casa.— Andrew? Filho? — Saí de meus pensamentos ou estava dormindo de olhos abertos e não sabia. Meu pai estava me cutucando para chamar minha atenção, de pé bem na minha frente. — Você tem que sair daqui, meu filho, está no hospital já faz dois dias — falou ele.— Não posso deixá-la aqui sozinha. — Eu me ajeitei na poltrona dura e desconfortável daquele quarto.— Vá para casa comer algo. — Fez careta ao olhar pra mim. — Tomar um banho e tirar esse cheiro podre que grudou em você. Não se preocupe, eu fico aqui. — Segurou minh
Eu me sentei de sobressalto no sofá, não percebi que tinha adormecido no estofado, estava tão cansado que dormi com o telefone na orelha. Lembrei-me do sonho que tive com Maree, olhei ao redor e estava sozinho, minha cabeça estava explodindo.Acredito que foi mais uma memória da minha mente distorcida.Fui até o banheiro me arrastando e tirei as roupas, a água quente relaxou um pouco a tensão do meu corpo, porém não ajudou com a dor de cabeça. Levei um susto quando a porta do boxe foi aberta e a minha garota apareceu completamente nua.— Desculpa, Bear. — Senti suas mãos em minhas costas, e logo meu corpo foi abraçado pelo seu. — Que tal uma massagem nas costas, hm? Além de tirar toda essa tensão que está no seu corpo — apertou seus braços ao meu redor, e eu resmunguei por sentir pela primeira vez o resultado de dormir por uma semana na poltrona do hospital —, eu posso ficar um pouco com o amor da minha vida. O que acha? Assenti e terminei meu banho, eu estava mesmo precisando de um
Pedimos uma pizza e, enquanto a gente comia, fui contando com calma tudo que eu sabia até agora e, para um menino de apenas dezenove anos, ele até que entendeu as coisas melhor que eu, talvez eu estivesse ficando caduco aos vinte ou estivesse paranoico demais.— Deixa eu ver se entendi, o Ryan é gay e te ama, mas isso não o impediu de juntar os trapos com o Ex da Kath e tentar te matar? — Deixou a pizza de lado e falou com as mãos sob o queixo.Assenti, pegando mais um pedaço.— Sua vida ficou mais emocionante, hein. — Fez o mesmo que eu.— E ainda tem a Eve, ela está no mesmo hospital que a mamãe.— Será que ela sabe de algo?— Talvez.Ficamos um tempo em silêncio até eu lembrar o motivo de ele estar aqui.— Andrew, escuta. — Respirou fundo e tomou mais um gole, logo deixando a garrafa na mesa e me encarando com um semblante sério. O fato de ele, justo ele, estar sério era um problema. — Você passou por muita coisa, suas memórias estão todas distorcidas.Isso explicava muita coisa...
Resolvi parar de me martirizar com algo que não daria em lugar nenhum e saí do banheiro, eu ia embora, não ia assistir a aula coisa nenhuma, já tinha me formado e me livrado da escola.Ao dobrar a esquina do corredor, encontrei meu antigo treinador.— Big Bear, quanto tempo — ele me cumprimentou. — Continua bonitão. — Deu dois tapinhas em meu braço e sorriu. Ele estava pouca coisa mais velho, e eu achei que devia ter crescido alguns centímetros, pois não me lembrava de ele ser mais baixo que eu. O cabelo escuro agora possuía alguns fios brancos, mas seu rosto continuava o mesmo, claro que com algumas rugas da idade, mas ele não mudou quase nada.— Como vai sua esposa? — questionou. Franzi o cenho.— Esposa?— Sim, da última vez que tive notícias suas, você estava indo ao altar se casar com a Kath.— Kath? A da foto no corredor? — ele assentiu. A gente é casado? Caramba, eu me esqueci do meu casamento também?Ao olhar novamente para o treinador, escutei o barulho de alguém engatilhan
Passei o restante do caminho mexendo meus dedos e virando de um lado para o outro no banco, só para ter certeza de que eu conseguia me mexer. Quando Bryan estacionou o carro, fui o primeiro a descer. Perguntei na recepção em que quarto Eve estava internada, e me disseram que era no quarto 369, peguei o elevador quando Bryan já estava ao meu lado e juntos fomos até o quarto dela. Com duas batidinhas, entramos no quarto. O quarto era branco do teto ao chão, o que me causou um arrepio por todo corpo, o único contraste eram as flores coloridas no vaso ao lado da cama. Eve estava dormindo ainda, e seu irmão Tyler estava sentado na poltrona ao lado enquanto segurava sua mão.— Que bom que vieram — Tyler disse ao se levantar. Primeiro me cumprimentou e logo fez o mesmo com Bryan.— Ela acabou de pegar no sono, daqui a pouco acorda — falou ele.— Estou acordada, querido irmão. — A voz de Eve soou pelo quarto e chamou a atenção dos presentes. — Podem nos dar licença? Preciso trocar algumas