Resolvi parar de me martirizar com algo que não daria em lugar nenhum e saí do banheiro, eu ia embora, não ia assistir a aula coisa nenhuma, já tinha me formado e me livrado da escola.Ao dobrar a esquina do corredor, encontrei meu antigo treinador.— Big Bear, quanto tempo — ele me cumprimentou. — Continua bonitão. — Deu dois tapinhas em meu braço e sorriu. Ele estava pouca coisa mais velho, e eu achei que devia ter crescido alguns centímetros, pois não me lembrava de ele ser mais baixo que eu. O cabelo escuro agora possuía alguns fios brancos, mas seu rosto continuava o mesmo, claro que com algumas rugas da idade, mas ele não mudou quase nada.— Como vai sua esposa? — questionou. Franzi o cenho.— Esposa?— Sim, da última vez que tive notícias suas, você estava indo ao altar se casar com a Kath.— Kath? A da foto no corredor? — ele assentiu. A gente é casado? Caramba, eu me esqueci do meu casamento também?Ao olhar novamente para o treinador, escutei o barulho de alguém engatilhan
Passei o restante do caminho mexendo meus dedos e virando de um lado para o outro no banco, só para ter certeza de que eu conseguia me mexer. Quando Bryan estacionou o carro, fui o primeiro a descer. Perguntei na recepção em que quarto Eve estava internada, e me disseram que era no quarto 369, peguei o elevador quando Bryan já estava ao meu lado e juntos fomos até o quarto dela. Com duas batidinhas, entramos no quarto. O quarto era branco do teto ao chão, o que me causou um arrepio por todo corpo, o único contraste eram as flores coloridas no vaso ao lado da cama. Eve estava dormindo ainda, e seu irmão Tyler estava sentado na poltrona ao lado enquanto segurava sua mão.— Que bom que vieram — Tyler disse ao se levantar. Primeiro me cumprimentou e logo fez o mesmo com Bryan.— Ela acabou de pegar no sono, daqui a pouco acorda — falou ele.— Estou acordada, querido irmão. — A voz de Eve soou pelo quarto e chamou a atenção dos presentes. — Podem nos dar licença? Preciso trocar algumas
Logo após Eve contar como foi a chegada da minha garota ao que deve ter sido um inferno de lugar, chegou a hora de ela fazer exames e tomar um banho. Bryan disse que ia para casa, pois ia ajudar mamãe a se internar em uma clínica de reabilitação, Tyler pediu para que eu ficasse como acompanhante da Eve enquanto ele ia para casa descansar um pouco, e eu aceitei de bom grado, estava mesmo precisando tirar umas dúvidas.Eu tinha em mente que foi difícil para Kath ficar naquele lugar, mas não que ela tinha se encontrado com o primeiro namorado e que ele foi seu primeiro cliente. Muitas coisas precisam ser esclarecidas.Quando o sol estava se pondo, Eve saiu do banheiro acompanhada de uma enfermeira que, após deixá-la acomodada em sua cama, se retirou do quarto.— Aonde o Tyler foi? — perguntou.— Foi para casa, ele está aqui desde o seu resgate. Sem contar que ele deveria estar se recuperando do tiro que tomou e… — Ela me interrompeu.— Que tiro? Ele parece perfeitamente saudável aos meus
A hora da Kath subir no palco chegou, e ela estava com medo de receber vaias, tentei acalmá-la do único jeito que eu sabia. Eu a segurei pelos ombros e dei um tapa em seu rosto.— Quem é a minha vadia? — perguntei. Ela apontou para si mesma. — Quem é que vai fazer o público gozar só de te olhar? — Apontou para si mesma outra vez. — Quem é que, se não der tudo de si naquele palco, vai levar mais dois tapas na cara? — Rindo, ela apontou para si mesma. — Vai lá, meu amor, mostra para esses homens de pau pequeno quem é a dona desse palco, minha Ghost Lady. — Dei um tapinha em sua bunda, e ela riu ao subir as escadinhas do palco. Esse foi o nome de palco que Dylan escolheu e, assim que seu nome foi falado por Mad no microfone, ela respirou fundo e subiu no palco. Corri para dar a volta e ver sua apresentação, “Take you down” do Chris Brown, escolhida por ela, começou a tocar e a luz se acendeu, minha pequena estava tão sexy naquele conjunto de lingerie azul todo trabalhado de renda que n
Chutei a porta e passei por ela com a minha garota em meus braços, ela me olhava com tanto amor que eu mal sentia as batidas do meu coração, porém sabia que ele batia alto o suficiente para ela ouvir. Fechei a porta com o pé e fui em direção ao quarto, deitei-a em cima da cama e a enchi de beijos.— Procurei por você feito um louco. — Beijei a bochecha. — Pensei que nunca mais veria você. — Beijei a testa. — Na minha cabeça, eu jamais iria sentir seu cheiro novamente. — Beijei o pescoço. — Pensei que não iria mais poder beijar sua boca e sentir seu gosto. — Beijei os lábios e deixei que a saudade que eu sentia dela fizesse o resto do trabalho.Passei a mão lentamente por seu corpo a fim de memorizar cada pedacinho, apertei sua cintura e colei mais meu corpo ao seu, meu corpo estava aceso e o dela parecia não estar muito diferente. Meus pulmões me traíram e faltou ar, separei nossos lábios e fiquei olhando para seu rosto.— Diga alguma coisa — falei.— Tenho medo de falar algo e acorda
A porta foi aberta, e eu achei que fosse a enfermeira, mas quem passou pela porta com certeza não tinha um diploma nessa área. Eve e eu ficamos alertas ao ver Jessy entrar no quarto, vestida com uma roupa de couro toda preta e com os cabelos presos em um rabo de cavalo alto, em seus dedos, um cigarro e na outra mão, uma arma. — O que veio fazer aqui? — perguntei.— Vim visitar meu cunhado quase namorado — falou Jessy.— Vá embora, você tem muitos parafusos soltos — disse Eve.A fumaça do cigarro ativou o sprinkler, e uma cachoeira de água caiu sobre nós.— Vá embora, Jessy — falei. Mas foi um erro, ela atirou para cima, não só me assustando como também a Eve. Para mim, aquela arma não estava carregada. Jessy e Eve começaram a discutir, mas eu parei de prestar atenção quando notei alguém atrás dela. Vestindo um vestido amarelo molhado e coberta de sangue, lá estava minha garota. Sua boca se movia dizendo algo, mas eu escutava apenas um zumbido que irritava meus ouvidos, vi quando Jes
Depois de deixá-la no estúdio e resolver minhas coisas na biblioteca, voltei para casa. Arrumei nossa bagunça e me sentei na varanda para relaxar um pouco, meu coração também estava apertado hoje, algo muito ruim estava prestes a acontecer. Ouvi meu celular apitar na sala.. eEu o pguei e fiquei contente ao ver a mensagem de Bryan, porém nem um pouco satisfeito com o conteúdo dela.“O Dylan sumiu, cara, Ryan e Jessy foram encontrados no galpão amarrados. Eles disseram que ele está indo atrás de vocês, pega sua garota e some daí amanhã mesmo. Reservei para vocês um quarto em um hotel em Washington, me encontro com vocês lá assim que cair a noite.”Droga! Não, não, agora não. Nossas vidas estavam perfeitas aqui, tudo como sempre sonhamos, e justo agora ele apareceu para estragar nossa alegria, puxar nosso tapete. — Cheguei. — Ouvi a porta da sala bater e a voz da minha garota, não podia contar isso a ela, não agora. Foi difícil para mim vê-la passar por todas aquelas sessões de terapia
Dylan passou por mim enfurecido e correu em direção a ela, peguei a primeira coisa por perto e joguei em sua cabeça, o abajur fez com que ele ficasse desacordado no chão.— Como ele nos achou? — perguntou minha garota enquanto pegava nossa mochila e eu, as chaves do carro.— Não sei, mas não quero ficar para descobrir, tenho medo de que ele não tenha vindo sozinho. — Peguei sua mão e saímos correndo do hotel. Já dentro do carro escutamos disparos ricocheteando na traseira do veículo, era óbvio que ele estaria armado, por que raios eu não peguei minha arma na gaveta de casa? Pisei fundo no acelerador e corri o mais rápido que pude pela estrada, desviei de todos os carros que surgiram na minha frente, eu suava frio e nem conseguia olhar direito para minha garota ao meu lado, estava desesperado.— Ele está nos seguindo — ela disse e, logo em seguida, um carro bateu na traseira do nosso, olhei pelo retrovisor e vi Dylan apontando uma arma para minha cabeça.— Abaixa. — Assim que nos aba