Levei Jessy ao hospital e por sorte o tiro pegou de raspão, não foi nada grave e logo ela teve alta. Tive que mentir para o médico sobre o que aconteceu, disse que fomos assaltados na volta para a casa, e ele pareceu acreditar, já que isso estava mais frequente que o normal ultimamente. Pensei que a morena iria para casa comigo e iria continuar contando o que sabia, mas ela me deixou em casa e disse que, por segurança, ia sumir por um tempo, assim poderia se proteger de Ryan.Novamente minha cabeça estava cheia de dúvidas, e ninguém podia saná-las, o que significa que eu precisava fazer alguma coisa. Mas, antes, eu precisava melhorar e tirar o gesso ou poderia me colocar em perigo.Abri a biblioteca um pouco antes do horário, o que Jessy tinha falado ainda estava perturbando minha mente, mas se eu quisesse descobrir alguma coisa sobre Ryan precisava agir normalmente. Esperava que, além da câmera, não tivesse uma escuta aqui. Emilly chegou às oito como de costume e ficou feliz ao me
Estacionei na frente do orfanato, e a garota desceu, o lugar tinha um portão grande e grades bem altas, um belo jardim e uma casa ao fundo, típica daqueles filmes de terror, me senti mal por ela morar ali. Notando que eu estava reparando no lugar, Emilly sorriu e disse:— Não é tão assustador quanto parece.— Se aparecer algum fantasma, você me liga. — A garota sorriu e acenou, se despedindo antes de entrar no orfanato.Dei partida no carro e segui meu caminho para casa, o som ainda estava ligado, e uma música começou a tocar, “Yo” do Chris Brown ecoou pelo veículo, e eu comecei a fazer uma dancinha esquisita ao som da melodia. Não sabia que meu pai curtia esse tipo de música, mas também não sabia que ela era tão… nostálgica.Será que ela foi especial para mim no passado?Ignorando as possíveis novas perguntas que iriam surgir, eu estacionei o carro na garagem e entrei em casa. Não fiquei espantado ao ver minha mãe sentada no sofá com uma garrafa de vinho nas mãos, ela estava assistin
Espontânea, divertida, travessa, mas, acima de tudo, uma pessoa que me trazia uma sensação de conforto, eu sabia que podia contar qualquer coisa a ela e que ela levaria meus segredos junto onde fosse, mas guardado a sete chaves.— Desde que eu não tenha que entrar em um vestido minúsculo e calçar um salto menor que meu pé, por mim tudo bem. — Dei de ombros mais uma vez e estacionei na frente da sorveteria, como ela me pediu mais cedo.Dezoito anos, uma idade que traz um caminhão de responsabilidades e também muitos problemas quando não se tem sabedoria. Será que existe uma máquina do tempo, uma que seja capaz de fazer eu parar de envelhecer?Depois de deixar Annabella em seu colégio, segui caminho para o meu, ainda ouvindo música no rádio, mas completamente alheia a tudo ao meu redor, pensamento longe e corpo presente. Isso era algo que nem a ciência explicava, nem eu entendia.Estacionei o carro na minha vaga e estiquei meu corpo para pegar minha mochila no banco de trás. Antes de sa
Durante o resto dia, tentei criar uma boa desculpa para não ir para a balada com eles, mas nem criativa eu conseguia ser. Resolvi ceder, mesmo se eu criasse o melhor argumento do mundo para ficar em casa largada na cama assistindo a alguns filmes, eles não iriam me deixar em paz.Na hora de ir embora, não encontrei o capitão e nem Eve, eles provavelmente deviam estar treinando na quadra, e eu não estava a fim de interrompê-los. Peguei minhas coisas no armário e fui para o estacionamento, mas, para a minha surpresa, alguém que eu jamais imaginei encontrar estava lá.— Você demorou — ele disse se aproximando de mim, com ambas as mãos no bolso.— Não sabia que estava esperando por mim. — Parei de andar quando ele estava a quatro passos de distância, coloquei minha mão no bolso, rezando para meu canivete estar no lugar de sempre e quase pulei de alegria ao sentir o objeto gelado em meus dedos. — O que quer, Ryan? — Tentei ser o mais direta possível sem parecer uma pessoa grossa.Ryan era
Hidratei meu corpo com um creme perfumado e me vesti, coloquei uma pulseira acima do cotovelo, um brinco de brilhante para combinar com o vestido e dois anéis, um no mindinho e um no dedo do meio. Estava me perfumando quando Eve abriu a porta e ficou parada me encarando.— Isso é algum tipo de miragem? Estou sonhando? — Dando tapinhas em suas bochechas, fechou os olhos algumas vezes e voltou a abrir segundos depois, mais arregalados do que antes. — Annabella, liga para a polícia, sequestraram sua irmã — ela disse, dando um passo para trás e olhando para a mais nova no corredor.Annabella entrou no quarto e teve uma reação semelhante à de Eve, porém mais discreta.— Finalmente está aprendendo alguma coisa — a caçula falou se sentando na minha cama. — Seu namorado que se cuide, hoje você vai dominar aquela pista. — Sorri pelo elogio “discreto” que ela fez e me virei para o espelho, peguei o gloss que escolhi e passei em meus lábios.— Do jeito que vocês falam, parece que eu não sei me
Naquela noite, resolvi ignorar tudo que tinha acontecido na minha vida e o dia traumático de hoje, eu simplesmente ia comemorar meu aniversário de dezoito anos como se não houvesse amanhã. Não merecia nada disso, mas era o que meus pais iriam querer se ainda estivessem aqui, eles iriam querer me ver feliz e vivendo a minha vida, aproveitando cada segundo como se fosse o último. Por isso não me importei de rebolar com as minhas amigas, de ir até o chão e de beber sem moderação, não me importei com as pessoas ao redor e também não me importei se iria me arrepender de algo no dia seguinte. Eu apenas aproveitei o momento.Depois do quinto, ou talvez décimo-quinto shot da tal La Fruta, eu já estava enxergando as pessoas turvas e a música ecoava em meus ouvidos. Lembro-me de ter visto o capitão no balcão com seu irmão, se refrescando com uma garrafa de cerveja, ele seria o responsável por nos levar para casa naquela noite e, para isso, não estava interessado em beber como todos nós.Ele da
Se eu tinha certeza? Sim, eu tinha. Pensei nisso durante muito tempo e agora estava pronta para me entregar a ele, seria somente dele.— Me faça sua, Andrew — sussurrei em seu ouvido antes de mover um pouco o rosto e tomar seus lábios em um beijo cheio de desejo, beijei-o com tanta vontade que o ar se esvaiu de meus pulmões. Era ele, tinha que ser ele. Minha primeira vez tinha que ser com o cara que eu amava.Ofegantes, rompemos o beijo na boca, mas ele continuou a distribuir beijos por meu pescoço e desceu até meu busto descoberto pelo decote. A cada beijo, uma nova sensação. Movendo de forma involuntária meu quadril em seu colo, ouvi-o soltar o ar entredentes e agarrar minha bunda com força em um pedido mudo para continuar.Entre beijos, arfares e gemidos, quando dei por mim, já estávamos nus e deitados, seu corpo quente por cima do meu, ele chupando meus seios como um bezerro faminto, e eu arfando e aproveitando aquele momento.Descendo seus selinhos por minha barriga, ele se posic
Puxando sua calcinha pelos lados com demasiada força, parti o tecido e joguei o que tinha em mãos para trás, coloquei dois dedos em seus lábios, e ela os chupou como se fosse o mais doce pirulito. Desci minha mão até o meio de suas pernas e a penetrei, fazendo um gemido sair de sua boca. Desejei sentir o quão quente estava sua boceta, tirei meus dedos e a penetrei com meu pau, ambos gememos dessa vez.Segurando seu quadril, ajudei Maree a cavalgar em meu colo, sua boca próxima da minha, para que eu sentisse sua respiração quente, e seu olhar focado no meu, para que eu visse todo o prazer que causei a ela.O momento que eu imaginei em minha mente estava se tornando realidade de uma forma excitantemente, sobrenatural e prazerosa.Pouco depois chegamos ao nosso ápice, e ela uniu sua testa à minha, ambos ofegantes e suados. A morena sorriu e me deu um selinho.— Você está se lembrando — disse ela de olhos fechados, um sorriso nos lábios.— Graças a você, estou me lembrando do meu passado.