Naquela noite, resolvi ignorar tudo que tinha acontecido na minha vida e o dia traumático de hoje, eu simplesmente ia comemorar meu aniversário de dezoito anos como se não houvesse amanhã. Não merecia nada disso, mas era o que meus pais iriam querer se ainda estivessem aqui, eles iriam querer me ver feliz e vivendo a minha vida, aproveitando cada segundo como se fosse o último. Por isso não me importei de rebolar com as minhas amigas, de ir até o chão e de beber sem moderação, não me importei com as pessoas ao redor e também não me importei se iria me arrepender de algo no dia seguinte. Eu apenas aproveitei o momento.Depois do quinto, ou talvez décimo-quinto shot da tal La Fruta, eu já estava enxergando as pessoas turvas e a música ecoava em meus ouvidos. Lembro-me de ter visto o capitão no balcão com seu irmão, se refrescando com uma garrafa de cerveja, ele seria o responsável por nos levar para casa naquela noite e, para isso, não estava interessado em beber como todos nós.Ele da
Se eu tinha certeza? Sim, eu tinha. Pensei nisso durante muito tempo e agora estava pronta para me entregar a ele, seria somente dele.— Me faça sua, Andrew — sussurrei em seu ouvido antes de mover um pouco o rosto e tomar seus lábios em um beijo cheio de desejo, beijei-o com tanta vontade que o ar se esvaiu de meus pulmões. Era ele, tinha que ser ele. Minha primeira vez tinha que ser com o cara que eu amava.Ofegantes, rompemos o beijo na boca, mas ele continuou a distribuir beijos por meu pescoço e desceu até meu busto descoberto pelo decote. A cada beijo, uma nova sensação. Movendo de forma involuntária meu quadril em seu colo, ouvi-o soltar o ar entredentes e agarrar minha bunda com força em um pedido mudo para continuar.Entre beijos, arfares e gemidos, quando dei por mim, já estávamos nus e deitados, seu corpo quente por cima do meu, ele chupando meus seios como um bezerro faminto, e eu arfando e aproveitando aquele momento.Descendo seus selinhos por minha barriga, ele se posic
Puxando sua calcinha pelos lados com demasiada força, parti o tecido e joguei o que tinha em mãos para trás, coloquei dois dedos em seus lábios, e ela os chupou como se fosse o mais doce pirulito. Desci minha mão até o meio de suas pernas e a penetrei, fazendo um gemido sair de sua boca. Desejei sentir o quão quente estava sua boceta, tirei meus dedos e a penetrei com meu pau, ambos gememos dessa vez.Segurando seu quadril, ajudei Maree a cavalgar em meu colo, sua boca próxima da minha, para que eu sentisse sua respiração quente, e seu olhar focado no meu, para que eu visse todo o prazer que causei a ela.O momento que eu imaginei em minha mente estava se tornando realidade de uma forma excitantemente, sobrenatural e prazerosa.Pouco depois chegamos ao nosso ápice, e ela uniu sua testa à minha, ambos ofegantes e suados. A morena sorriu e me deu um selinho.— Você está se lembrando — disse ela de olhos fechados, um sorriso nos lábios.— Graças a você, estou me lembrando do meu passado.
O dia foi tranquilo na biblioteca, no fim da tarde quase não tínhamos clientes, e eu disse para Emilly ir descansar um pouco. Voltei para casa e coloquei uma roupa confortável para a festa de hoje à noite, uma jaqueta de couro preta e uma camiseta branca caíram bem, um jeans escuro e meu querido Vans.Antes de sair, tentei entrar no quarto da minha mãe para ver se ela estava bem, mas a porta estava trancada, então decidi deixá-la em paz e saí de casa. Maree não apareceu durante o dia, e eu estava torcendo para vê-la hoje na festa ou em casa quando eu chegasse.O táxi estacionou na frente do galpão onde Tyler estava dando a festa e de longe podia-se ouvir a música, as pessoas estavam em todo lugar. Tanto dentro do galpão quanto do lado de fora, a maioria com copos de bebidas dançando no ritmo da música.Assim que entrei, fui recebido pelas luzes coloridas que iluminavam o ambiente e o cheiro forte de erva misturado com bebida, era bem diferente do que os filmes mostravam, mas sabia que
Algumas horas depois, naquele mesmo dia, eu acordei com uma baita dor de cabeça. O ambiente onde eu estava era frio e escuro, eu não conseguia enxergar nem mesmo minha mão em meio ao breu, um cheiro de mofo e coisa velha era a única coisa que eu conseguia identificar.Onde eu estava? Talvez muito longe de casa. Gritar por socorro seria inútil, não? Então eu decidi ficar ali, esperando meu sequestrador aparecer, mesmo já sabendo quem ele era.Minutos, talvez horas depois, a porta foi aberta, e a luz recém acesa me cegou por alguns segundos, porém a curiosidade em mim falou mais alto, e eu os abri outra vez. Eram três homens ao todo, bem-vestidos e engravatados, sérios e de óculos escuros, altos e intimidadores. E, parado no meio deles, Ryan, me encarando com óculos escuros na cabeça e os braços cruzados sobre o peito. Um sorriso zombeteiro em seus lábios me deixou furiosa, porém permaneci tranquila e tentando não entrar em pânico.— Deplorável. — Foi a primeira palavra que ele falou de
Ergui o lençol de seda e tirei minhas dúvidas, eu não estava com a camisa do Andrew, e sim com um pijama novo, muito caro por sinal. Onde diabos eu estava? Será que estava no céu? Eu morri?Reunindo um pouco de forças, me levantei da cama e, descalça mesmo, saí para explorar o ambiente. Abri uma das portas de frente para a pequena sala. Saí em um corredor e, depois de passar por algumas portas, cheguei a uma espécie de sala de jantar com lareira.No sofá, um homem descabelado estava sentado segurando um copo com alguma bebida alcoólica, não precisei perguntar quem era, seu perfume estava em todo o cômodo e, por mais que eu tentasse, eu jamais iria esquecer seu perfume favorito.— Daqui a algumas horas, alguém virá te buscar. — Ele virou o líquido no copo de uma vez e deixou o objeto em cima da mesinha de centro. — Você vai trabalhar na boate junto com as outras meninas, só irá sair de lá quando me pagar tudo que me deve. — Ele não se virou para falar comigo em momento algum, ele não
Seria egoísta da minha parte dizer que ver minha mãe na cama de hospital não estava me torturando a cada segundo. O tique-taque do relógio ecoava na minha cabeça, e o cheiro de hospital estava me causando náuseas, preso em um quarto branco outra vez.Não sabia onde estava com a cabeça quando imaginei que estar sentado na poltrona seria mais confortável do que estar deitado na cama, essa poltrona era dura e desconfortável. Como aguentaram ficar meses sentado nisso?A porta foi aberta e o médico entrou junto com a enfermeira.— Não é um prazer revê-la, sra. Cooper. — Ele se aproximou e olhou o prontuário no pé da cama. Negou com a cabeça e torceu os lábios. — Coma alcoólico outra vez? Vamos fazer alguns exames e ver como está esse fígado. — Deu algumas instruções à enfermeira e se aproximou de mim na poltrona. — Há quantos dias ela começou a beber descontroladamente?— Tem quase uma semana. — Ajeitei minha postura. — Ela vai acordar, não vai? — Mesmo estando distante, ela ainda era minh
Fiquei encarando o closet e resolvi ir até lá, mexi em algumas gavetas, embaixo de toda a papelada encontrei o carregador do notebook, coloquei o cabo na tomada e conectei no aparelho, me sentei na cama e esperei até ele dar algum sinal de que ainda estava funcionando.— Você tem certeza de que vai querer saber a verdade? — Maree apareceu na porta e se aproximou de mim. — É informação demais em poucos dias. — Ela se sentou no meu colo com uma perna de cada lado do corpo. — Veja, seu nariz está sangrando. — Limpei o nariz com o dorso da mão, estava sangrando e muito, como não percebi?— Eu preciso, minha vida inteira parece uma mentira, e eu me sinto perdido desde a hora em que acordo até a hora em que vou dormir. — Minha voz estava embargada pelo choro preso na garganta, mas ainda sim, algumas lágrimas teimosas escorriam por meu rosto. — Eu não sei se a minha mãe é minha mãe, não sei se posso confiar na minha família. Onde está o meu irmão? Ele é mesmo meu irmão? Um milhão de pergunta