Dimenor— Eu já estou cansada de ficar neste maldito buraco.— É melhor que tu cale essa maldita boca.— Estou com fome.— Come o resto de ontem.— Eu poderia ter te entregado, mas não fiz, devia me tratar melhor. — Pego ela pelo pescoço, começo apertar.— Tu tá querendo morrer mesmo, eu te salvei pra você não me dedurar, mas nada me impede de te matar agora — ela se debatia, tentava tirar minhas mãos. — Me, me sol.solta, está me, me machu.machucando.— Essa não é minha intenção, a minha intenção mesmo é te matar. Quase que tu bota tudo a perder.— Já, já con.conseguiu o VH? — ela me pergunta com dificuldade. — Solto o pescoço dela, ela cai no chão respirando fundo.— Não consegui ver o quanto ele é fiel ao Magrin ainda. Desapareci por dias pra cuidar de você, precisarei ir hoje, e você analisa essa pasta, vê o que ele tinha de provas contra mim, e qualquer coisa me liga.— Tá bom, mas você volta hoje de noite?— Não sei, talvez sim.— Me traz comida.— Tá bom, não tente nenhuma grac
MilaNa consulta…— Bom dia, doutora.— Olá, casal! É um prazer conhecê-los pessoalmente. Como posso ajudar? — Doutora! Estamos grávidos há dois meses — digo sorrindo — e queremos saber mais sobre nossa gravidez. — Claro! Primeiro, eu posso realizar uma ultrassonografia para ver o bebê e verificar se está tudo bem. Depois, podemos conversar sobre alguns cuidados que vocês devem tomar durante a gravidez, como dieta e exercícios. Além disso, também podemos conversar sobre questões mais específicas, como nascimento prematuro, complicações, etc.— Por mim perfeito — Magrin fala empolgado.— O ultrassom nos mostrará o tamanho do bebê, seu desenvolvimento e se tem alguma anomalia. Além disso, podemos ver se o bebê está se desenvolvendo normalmente.— Que ótimo, eu não sei nada sobre gravidez, e estamos muito animados para ver como está o nosso bebê — falo empolgada.— Gestação não é um bicho de sete cabeças, claro que terá algumas restrições, terá que se alimentar direito, excluir refrige
MilaAcordo com o Magrin me dando beijinhos por todo o rosto— Bom dia, meu amor — digo sonolenta e triste. — Hoje é meu julgamento.— Vai dar tudo certo minha deusa.— Eu sei que vou ser condenada.— O que farei sem você aqui?— Você não vai poder ver o desenvolvimento do nosso bebê — digo chorando.— Nem me lembra, porque só de imaginar, dá vontade de te prender aqui e não te deixar sair daqui nunca mais.— Eu não acharia ruim.— Não me provoca — ele diz beijando minha barriga. — Bom dia, bebê do pai!— Amor, agora é sério, eu não vou voltar pra casa hoje, e provavelmente por um bom tempo. — Assim que falei, ele me abraça forte, e fala.— Eu te amo tanto que chega doer. — Sinto lágrimas descendo do meu rosto.— Eu também te amo muito, vamos tomar banho? — Me dá aquele sorriso maravilhoso, que sentirei falta.No banheiro, ele coloca a banheira para encher enquanto escovo os dentes, ele se junta a mim para escovar também e começamos a nos provocar, na verdade, comecei, empurrando ele,
MilaGraças a Deus vim pra cela, porque é tudo humilhante demais.Chego na cela e me deparo com uma morena linda, agora entendi o porquê do apelido Pocahontas.— Bem-vinda a nova casa.— Oi, Pocahontas, certo?— Isso mesmo, mas pode me chamar de Poca, você é a Mila, a mulher que conseguiu dominar o bandido mais galinha do mundo — ela diz sorrindo, mas uma pontada de ciúmes gritou dentro de mim, será que eles já ficaram?— Não, respondendo a sua pergunta.— Não perguntei nada.— Sua cara gritou a pergunta — ela diz gargalhando — eu nunca fiquei nem com o PJ e nem com o Magrin, não gosto de misturar serviço com prazer, se é que me entende.— Ah, ok.— Olha, isso é para você.— O que é? — Dinheiro, cigarro e um celular.— Pra que isso? — Ela sorri.— Meu Deus, tu é realmente inocente como me falaram, vem aqui que te explico tudo…Resumidamente ela me falou que era para comprar nosso sossego. Deito na cama e começo alisar minha barriga, que já tem uma bolinha amostra.— Tu tá grávida?—
MagrinFiz como da outra vez, eu contratei o hacker e estou assistindo o julgamento sozinho na minha sala, quando o juiz diz dez anos, eu não acreditei, eu enlouquecerei, se ficar dez anos sem a minha mulher.Peguei minha moto e fui até o tribunal, vi quando chegou uma ambulância, de longe fique observando, tentando entender o que estava acontecendo, até que a Gabi entra na ambulância, eu pego meu celular tremendo, pois não consegui ver quem estava dentro, só vi a Gabi entrando, ela atende no primeiro toque.— Oi Gui. — Pra ela me chamar assim, tinha policiais com ela.— O que aconteceu, quem está na ambulância com você.— Como você sabe?— Só responde.— É a Mila— O que aconteceu com a minha mulher?— Ela desmaiou, estamos indo para o hospital. O Paulo ficou, pra conversar com a mãe dela.— Tô indo atrás de vocês.Chego no hospital com a ambulância, vejo-os tirarem a Mila lá de dentro, ela está branca como papel.— Meu amor, eu estou aqui, fica bem! — Dou um beijo na testa dela, enq
VHJá são quinze para as dez, preciso ir pra casa do Magrin, mas como vou entrar sem que ninguém me veja?Já sei, pego o telefone e ligo para o pequeno.— Irmão, preciso de ajuda, precisa arrumar uma bagunça pro Dimenor ir aí.— O que você está aprontando?— Papo é reto, quebra essa pra mim, que depois te conto.— Já é, tá me devendo.— Fecho moleque. — Desligo o telefone e vou indo entre os becos, como suspeitei, o desgraçado está na frente do Magrin, certeza que ele está aprontando. Observo de longe, e vejo quando ele atende o celular, e sai com seus seguranças, minha chance, entro na casa e os seguranças fazem toque comigo, certeza que Magrin avisou que eu estava indo.— Tu tá querendo falar comigo?— Sim, chefe. — Passo a mão na cabeça. — Nem sei como começar.— Que tal do início? — Ele pega uma garrafa de whisky. — Quer?— Aceito sim. — Ele coloca pra mim, eu viro de uma vez só, porque se eu estiver errado, tô morto.— Eita porra, vai devagar, caralho, vamos pro meu escritório, m
VHSaio à espreita do túnel, vou me escondendo nos becos, até que dou de cara com o Dimenor.— Onde você estava?— Desculpa Dimenor, mas agora não é da sua conta o que faço fora do meu horário de serviço.— Perdeu o respeito meu irmão?— Não estou faltando com respeito, só não te devo explicação, na boa, me deixa passar.— Tô de olho vacilão! — O que é seu tá guardado, eu penso comigo e sigo pra casa.No dia seguinte ligo para o pequeno e marco de nos encontrar no asfalto, ele acha estranho, mas não questiona, quando chego ele já vai perguntando.— O que está pegando?— É o seguinte, eu estou em uma missão e preciso de ajuda, e não confio em mais ninguém.— Que missão?— Temos um X9 e suspeito ser o Dimenor.— CARALHO, como tu solta uma porra dessa assim? Por que tu acha que é ele?— Ele anda estranho desde que a novinha chegou. E eu acho que ele esconde alguma coisa na mata, não sei o que é, mas sei que está, eu vi ele saindo esses dias, pareceu meio estranho.— Entendi, então como v
MilaAbro os olhos e ainda sinto o vazio em meu ventre, faz exatamente uma semana hoje.A Pocah já teve alta, mas vem todos os dias me ver, e sempre tem uma carcereira do meu lado.— Hoje você volta para a cela! — diz o médico.— Ótimo, preciso fazer uma ligação.— Ok. — Ele olha para a mulher robusta ao meu lado e diz: — leve-a, depois pode deixá-la na cela dela. — A mulher me levou ao telefone, e liguei para o PJ que atende no primeiro toque.— Como ela está Pocah?— Oi Paulo, sou eu a Mila.— Como você está? Estamos preocupados com você.— Estou bem, ele já sabe?— Sim, eu tive que contar — ele diz com a voz em sussurro.— Como ele está?— Acredito eu que devastado, como você.— Sim, a Milena ficou sem chão, chorou, gritou, quis morrer, mas a Fênix não, a Fênix quer vingança, nem que isso faça com que apodreça nesse lugar.— Do que está falando? Quem é Fênix?— A Milena morreu com seu bebê, e as grandes merdas que a deixava fraca, o que ela sentia, morreu com sua compaixão ao próxim