Ciúmes

FREDERICK

Olho atentamente a cada detalhe dela e tento desviar os olhos, entretanto não consigo, é mais forte do que eu.

Suspirei e me rendi a sua beleza.

Linda!

Era isso, estava perfeita naquele vestido azul, que marcavam bem o seu maravilhoso corpo. algo me prendia naquela garota, era algo surreal, não conseguia tirar os meus olhos, o meu domínio próprio se foi, bebia o conteúdo do meu copo, porém, os olhos de águia, avisavam a presa, medindo e acompanhando os seus passos.

A Nola sobrinha da minha madrinha e prima mais velha da Fernanda pulou nos meus braços e me beijou na bochecha, nem notei quando ela se aproximou.

Ela começou a conversar comigo, mas eu dividia a minha atenção a minha amiga e a gostosa que estava a minha frente, Danillo, começou a reclamar baixinho, nem precisei olhar para o meu irmão, para saber que ele reclamava da aproximação de Nola.

O Danillo nunca gostou dela e nem da nossa amizade, ele dizia que ela sentia algo por mim, entretanto não via essa maldade nela, sempre deixei claro que só éramos amigos e que jamais iria rolar, até tentei, pois ela sempre foi bonita, mas química não tinha, então cortei dali, e ela entendeu, desde então somos amigos.

Nola me chamou para Dançar e eu me neguei.

— Agora não, Nola, estou aqui com os meninos e acho que seria bom, você aproveitar e ir paquerar, já que disse que o garoto que gosta estaria aqui, com tanto que ele não seja um cafajeste, tudo é válido.

— Ah, Fred, mas fazia parte do plano... E você não está cumprindo com a sua parte! — Ela bateu o pé.

— Quem sugeriu foi você Nola, te disse que isso não funciona, sabe que te quero bem, mas fica chato se seu namoradinho souber que você namorou comigo, além do que mentir não é bom...

Não gosto de meias verdades, contudo, fiquei de acordo para ajuda-la, entretanto visando o futuro, eu não posso continuar com isso, como cavalheiro que sou, não vou deixa-la em mais lençóis, porém tento mostra-la que é ruim esse plano.

Antes que possa falar mais alguma coisa, ela bufa.

— Como vou provar que é meu namorado assim? — Ela bufou e eu apenas a olhei, já estava cansado daquela historinha.

Segundo Nola as meninas zoavam ela porque ela ainda não tinha namorado, também havia a história dela gostar de um menino e ele não a ver e eu a consolei dizendo que não precisava se precipitar se isso não era de sua vontade e se o garoto tivesse de gostar, ele iria olhar para ela, entretanto se ele não a quisesse, ele seria um burro.

Mas de uns meses para cá, ela está se arrumando mais e disse que agora os meninos começaram a lhe chamar para sair.

Fiquei feliz que os meus conselhos a ajudaram, contudo, em seguida veio a bomba, quando um dia ela veio me pedir desculpas chorando, e eu perguntei o porquê e ela disse que estava envergonhada porque disse as pessoas da sua turma que namoravam comigo, com pena dela, disse que não tinha problemas, mas brinquei dizendo que eu não costumava ser um namorado fiel.

Eu me importava, ela era como uma irmã para mim e sei que ela me considera assim também e disse isso porque muitas pessoas não entendem que cada um tem o seu tempo.

Ela me deu um selinho e estava tão distraído acompanhando os passos da morena dos cabelos longos que não percebi, mas fiquei meio confuso.

— Por que fez isso? — Franzi as sobrancelhas, e a analisei.

— Quis mostrar para as pessoas da minha turma que o que há entre nós é real, não quero mais aquele menino Rick, eu quero você.

Eu ri, entretanto o sorriso se fechou quando vi que ela parecia falar sério, então fui logo pontuando as coisas.

— Olha Nola, sei que você quer um álibi, contudo nesse momento não quero mais continuar com essa farsa, pode embaçar os meus esquemas e sinceramente estou fissurado numa morena que vi aqui na festa.

Ela me olhou com mágoa, mas assentiu.

— Só não me desmente, por favor.

— Fica tranquila, pode até dizer que foi você quem terminou. — Eu sorri e ela bebeu seu refrigerante e se sentou perto de nós, mas estava estranha, eu não quero que isso se estenda e ela venha ter ilusões quanto a mim, quando viu ela se afastando, Danillo assentiu, ele estava satisfeito com a minha atitude.

Eu estava alheio a Nola e qualquer outra naquele momento, pois para mim só existia ela, eu a olhava dançar de costas para mim, observei que ela dançava com a menina que Danillo jurava que não gostava, mas não tirava os olhos dela.

Eu sabia que mesmo ele negando, estava apaixonado pela Anice, menina que ele sempre falava e ficava puto se qualquer menino do colégio dissesse algo dela, elas pareciam ter a mesma idade algo entre os 14, 15 anos, mas enfim, eu não tirava os olhos da morena quando olhei de soslaio para o Danillo que conversava com o Baruc e o Ítalo.

Perguntei.

— Quem é ela?

Ele franziu as sobrancelhas para mim e olhou na direção que eu estava olhando, ele deu um daqueles sorrisos que eu odeio, Danillo sabe ser debochado e bem irritante quando quer.

— Não está reconhecendo a sua canção irmãozinho?

— Canção? — perguntei meio confuso, entretanto, como se avisos enormes surgissem em minha mente, concluí.

É A FERNANDA!

Virei tão rapidamente para ela e depois para o meu irmão totalmente incrédulo, o meu pescoço chegou a estalar com o movimento brusco.

— Ela é a minha Nanda? — Disse ainda incrédulo, achando que o Danillo estava brincando, pois estava muito diferente.

— Sim, irmãozinho e te digo mais, se não se adiantar, vai perder a chance de tirar o BV dela. — Ele deu uma risada debochada e eu senti vontade de esmurrá-lo, Danillo desde sempre dizia que eu iria casa com a Fernanda, coisa que eu debochava, pois para mim, ela era o meu bebê.

— Pare de besteiras Danillo! — Disse puto de raiva, era um sentimento louco, mas há anos o meu padrinho falou comigo e me disse que Fernanda assim que completasse 20 anos se casaria comigo, eu gargalhei, mas o sorriso morreu dos meus lábios ao ver que o meu padrinho Franco e o meu pai falavam sério, olhei o contrato e fiquei puto, não tinha cara de encarar Fernanda, que loucura!

— Besteira? — Ele deu uma risada. — Olhe e tire as suas conclusões...

Nem respondi mais o meu irmão, só segui até onde ela estava, os meus pés criaram vontade própria e me conduziram em sua direção.

Eu estava como um louco, insano, seria a palavra ideal.

O ciúmes me consumia e que eu me considero um cara centrado não resisti. Sentia o corpo tremer de ódio ao pensar em outro tocando a minha Fernanda.

Marchei como um louco e em poucos passos já estava junto dela e a tirei dos braços do garoto que joguei longe e a tomei para mim, ela estava ofegante, como se não entendesse nada do que estava se passando, ergueu os olhos...

Aqueles olhos, eles eram a minha perdição!

Confusa perguntou.

— Frederick?

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