FAZENDO O CEO DE CADELINHA
FAZENDO O CEO DE CADELINHA
Por: Dona Morena
Capitulo 1

 Minha mãe sempre me ensinou a ser auto suficiente e não depender de ninguém nunca, ela teve uma vida boa com meu pai, até ele falecer, ela prometeu a ele que não ficaria triste e sempre viveria intensamente pelos dois, inclusive namorar muito. E foi assim que aos 22 anos comecei a me virar sozinha.... Não, minha mãe não morreu, Deus meu, não... ela conheceu um irlandês e foi em busca dos seus sonhos desbravando litorais, escalando montanhas e namorando na natureza, argh que nojo, mas fico feliz por ela. 

 Fiquei com a casa e comecei a trabalhar de dia enquanto fazia faculdade à noite, e foi assim que conheci Júnior, estávamos numa fase de curtição e tínhamos muita química, enquanto estávamos no intervalo, sempre estávamos nos tocando e nos provocando, ele é muito bonito, cabelos castanhos brilhantes e sorriso cafajeste que eu amo, de acordo com ele éramos perfeitos um para o outro.

Em um dia de bebedeira desregrada acordo com uma baita dor de cabeça, na cama de Júnior, tomo banho para ir pra casa, estou super enjoada e mais uma vez prometo nunca mais beber nada alcoólico... sempre digo isso. Semanas depois sinto que esse enjoo não é nada normal e chamo Júnior para me levar ao médico, ele sempre está na minha casa ou eu na dele, chegando no pronto socorro, faço alguns exames e aguardo os resultados, recebo uma ligação da minha tia que é também minha vizinha.

— Oi Lolô, minha bonequinha.

— Fiquei sabendo que você não está nada bem, fiquei preocupada, se sua mãe fica sabendo que você está à Deus dará eu tiro o meu da reta, pois ela pediu pra eu ficar de olho em você.

— Não se preocupe Lolô, foi só algo que comi e me fez mal, estou bem agora.

— Nem venha me dizer que foi minha comida porque eu sou a melhor cozinheira do mundo e se foi algo que comeu, e disser a alguém que fui eu que lhe deu, arranco suas orelhas.

— Está bem dona “Melhor cozinheira do mundo”, eu ... o médico chegou, depois nos falamos.

— Senhorita Jenkins, seus exames já saíram me encontre na minha sala por favor.

— Ok doutor, já estamos indo.

O médico vai na frente e o seguimos para sua sala, enquanto Júnior vai repassando os nossos planos para depois da formatura, planejamos viajar por dois meses antes de começar nosso estágio e programar nossa mudança para Nova York, até imaginávamos nossa vida de namorados, num apartamento pequeno mas aconchegante e conhecendo pessoas novas a cada saída, e iríamos conhecer cada canto da cidade até não haver mais lugares para ir e termos que nos firmar em algum trabalho.

— Eu já estou com as malas prontas, gata e espero que melhore logo antes de viajarmos.

— Minhas malas também estão prontas, Ah nem acredito que só faltam 6 meses para o fim.

— Se prepare para conhecer o mundo. -

Dou risada de seu entusiasmo e foi por isso que me apaixonei por ele.

— Que mundo seu bobo, um passo de cada vez.

— Vamos encher a cara na porra da estátua da liberdade.

Entramos na sala do médico e ele está sentado em sua mesa branca me olhando sério, e diz.

— Você pode até ser meu jovem, mas ela não vai poder encher a cara na P0rra da estátua da liberdade.

Meu rosto fica branco, será que estou com alguma doença no fígado? porque não posso mais beber?

— O que houve, doutor? O que minha garota tem?

— Ela vai ser mãe!

Meu chão se abre e pareço cair num abismo sem nenhuma raiz de salvação, minhas vistas estão turvas e não consigo pronunciar nenhuma palavra, Júnior também esta pasmo e não solta nenhuma palavra. 

— Ah garotos vamos lá, não é o fim do mundo, são jovens e terão muito o que curtir na vida, só vão dar uma pausa.

— Isso não pode estar acontecendo, eu tomo remédio doutor como isso pode acontecer.—

Falo aos prantos.

— Nada é 100 % Senhorita Jenkins, o mais seguro mesmo é não fazer nada e tomar remédio de forma irregular, vomitar depois de tomar, usar alguns antibióticos... enfim, há muitas possibilidades de falhar.

Olho para Júnior e ele ainda está parado sem falar nada, nesse momento me sinto sozinha e é como se o peso do mundo estivesse nas minhas costas.

— Vou te passar as vitaminas necessárias para você e o bebê permanecerem saudáveis, e o encaminhamento para o pré- natal.

 Saímos do consultório, pessoas totalmente diferentes, sem planos, assustados e sem nenhuma ideia do que fazer.

Já no carro, Júnior não disse nenhuma palavra, desde antes da notícia, eu por outro lado tenho muitas perguntas.

— O que vamos fazer Júnior?

Ele permanece calado.

— Júnior, estou ficando nervosa com esse silêncio, fala alguma coisa pelo amor de Deus.

— Não vamos levar isso adiante, um filho agora não está em meus planos.— Ele diz sem rodeios.

— E você acha que estava nos meus planos? Acha que eu teria feito isso de propósito? 

Chegando na porta da minha casa ele vira o rosto pro outro lado e diz: 

— Pensa direito e amanhã venho para conversar.

— Você nem consegue me olhar, faz o seguinte, não precisa voltar amanhã.

Dito isso, saio do carro batendo a porta. Entro em casa e choro até adormecer, pensando como será minha vida com um ser crescendo dentro de mim.

[...]

Acordo destruída pela noite entre choro e insônia, quando dormia acordava assustada como se estivesse tendo um pesadelo, mas constatava que era muito real. Me levanto, tomo um banho e depois vou tomar um chá calmante, decido que irei sim, ter meu bebê, pois ele não tem nada haver com todos os nossos erros.

A campainha toca e quando abro a porta, lá está Júnior parecendo tão *mal quanto eu, dou passagem para ele entrar, e espero que Júnior tenha pensado bem no que disse.

— Oi, como você está?– Ele pergunta.

— Como acha que estou? Estou grávida e o pai do meu bebê não está me dando apoio.

Ele estende um pacote e um envelope, pego sem saber o que é.

— Não estou preparado para isso, mas vou te dar uma ajuda para lidar com tudo.

Meus olhos não contém as lágrimas e percebo que é real o fato de eu estar sozinha nisso. Abro o envelope maior e tem uma quantia grande de dinheiro, e no segundo envelope um cheque com um valor simbólico. Aquilo foi pior que um soco no estômago e num momento de fúria parto pra cima dele com todo *ódio que sinto por ele nesse momento. Ele não me impede da *agressão. Sinto mãos em minha cintura me puxando pra longe dele, Júnior não me olha nos olhos 

-SEU *DESGRAÇADO, NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA VIDA E NÃO OUSE A TENTAR SE APROXIMAR DA MINHA FAMÍLIA. LEVE SEU DINHEIRO SUJO INFELIZ.

Júnior se vira e vai embora, depois disso nunca mais o vi. Abraço minha tia e ela sussurra no meu ouvido que jamais nos abandonará e assim aconteceu.

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