Capítulo 5

Samantha

Uma semana se passou, Ana e eu conversamos todos os dias, desenvolvemos uma amizade e gostamos muito de nos falar,

Cansada de passar essa semana em casa, resolvo passar por cima de tudo e abrir o restaurante, aviso metade dos funcionários e programo para abrir pelo menos a noite, hoje é sábado e esse movimento do final de semana vai me render pelo menos parte dos salários.

= MENSAGEM ON =

— Bom dia Ana, como foi seu dia?

— Olá, daquele jeito né, aquela, mal amada me fez correr faltando 15 minutos a lavandaria para ir buscar o terno do Sr Carmichael, e ainda me ameaçou dizendo que se eu me atrasasse eu e o meu marido perderíamos o emprego, porque ele é motorista da empresa como te falei, mas Deus parece que ajudou a dar tudo certo.

— Então Sr Carmichael tem compromisso a noite é?

— Ele vai se encontrar com os pais, e vai levar uma acompanhante, pois pediu para solicitar uma na agência.

— Como assim? Ele usa uma agência para ter mulheres... nossa que capaz ele hein, patético.

— Sim, ele quer tudo para ontem não parece que quer perder tempo cortejando alguém.

— Onde vai ser esse encontro?–

Silêncio…

— Não posso falar isso para você, sei que quer se aproximar... quer saber, vou te contar sim, te passo o endereço já, quero saber o que tem planejado por ele.

— Hahaha, eu não vou fazer nada, não tenho planos agora, mas preciso achar um jeito.

— Espero que consiga tudo que deseja, mas se fosse você procuraria um lugar para montar o seu restaurante.

— Bom, estou indo agora abrir o meu restaurante, vou tentar funcionar esse final de semana.

— Cuidado Sam, de verdade!

— Boa noite Ana, um beijo para toda sua família.

— Boa noite Sam!

= MENSAGEM OFF =

Ela passa o endereço e horário, fica perto daqui e conheço uma recepcionista lá, vou sondar e tentar me aproximar dele, preciso marcar um horário e tentar convencê-lo de pelo menos nos dar um tempo para mudar, não podemos sair em tão pouco tempo.

— Tia, você abre o restaurante às 16 horas e mais tarde estarei lá. – Falo indo na direção do quarto para tomar banho e me vestir adequadamente para o local.

— Como assim abrir hoje, está louca? Eu que não vou me colocar em perigo enfrentando aquela gente.

— Relaxa tia, já liguei para alguns funcionários e jajá estarão lá, mas eu preciso fazer algo antes, estarei lá o mais rápido possível. Avisa a Maria para ficar com Ben.

Corro pro meu quarto e enquanto tomo banho já penso na roupa que vou vestir,

Decido colocar um vestido social preto com uma fenda na perna e decote quadrado simples colado, uma sandália de salto nude de 2 tiras, no meu cabelo faço um rabo de cavalo bagunçado, com um pedaço do franjão descendo pela minha bochecha, na maquiagem eu coloco um gloss rosado discreto, dou uma esfumada nos olhos e aplico rímel à vontade, me olho no espelho e fico satisfeita com que vejo, para completar uma pulseira dourada discreta, pego a minha bolsa carteira nude.

Ligo pra minha amiga Susan e peço pra ela conseguir me deixar entrar pelo menos para ficar no balcão, sem mesa reservada, ela me confirma que posso ir e saio de casa na direção do restaurante.

[...]

Chego no local e logo o manobrista abre a minha porta e lhe entrego a chave para estacionar, algum tempo depois ele me entrega a chaves e agradeço. O meu coração está palpitando de ansiedade, estou repassando o que preciso falar com o Sr Carmichael, mas não faço ideia. Logo na entrada Susan me espera animada, dou um abraço nela e me segue até o balcão.

— Susan, muito obrigada por me deixar entrar, te devo uma.

— Pelos bons tempos, sinto saudades das nossas saídas malucas, trabalhando aqui quase não tenho vida, porque funciona principalmente nos finais de semana.

— Bom, quando sair sempre terá um lugar pra você no meu restaurante, pense nisso. – Pisco o olho pra ela e a mesma sai para receber os clientes na porta.

— O que a Senhorita vai querer? – Ouço a voz do Barman, ele é gatinho, moreno claro, olhos escuros, feito a noite, boca carnuda e rosada.

— Você parece saber do que os clientes gostam, então me surpreenda doce rapaz.

Ele dá um sorriso simpático e começa a preparar o drink, seu porte é muito bonito, mas ele parece ser muito novo.

Aproveito enquanto ele prepara a bebida e dou uma olhada no ambiente, o lugar é muito sofisticado e claros nos lugares certos e mais escuro pontos estratégicos, mesas redondas e toalhas brancas compunha o lugar com vasos de flores sutis, e o brilho dos utensílios da mesa em contraste com o lustre, dá um toque especial.

Vejo uma agitação na porta e quem eu esperava chegou, bem pontual por sinal.

Senhor Carmichael está impecável com o seu terno que quase custou o emprego da pobre Ana e do seu marido. Me b**e um ranço maior dele, o homem nem olha pras pessoas a sua volta, se sentindo a *porra de um rei. Ele está sozinho, pensei que a acompanhante estaria junto dele, o garçom fala algo e ele aponta pro balcão.

" *Cacete, o que faço agora?"

Me viro novamente pro balcão no mesmo instante em que o Barman me entrega a minha bebida parece enjoativa e, ao mesmo tempo, bonita, experimento e não me contenho ao gemer de satisfação.

— Isso é muito bom, Humm... o que é?

— Gostou mesmo? me diz o que achou?

— É bonito, saboroso, álcool na medida certa e o doce está bem sutil sem ser enjoativo e o aroma que sai pelo nariz me surpreendeu, preciso saber o nome dessa bebida.

— Olhei pra você e imaginei do que gostaria, agora o nome você vai dar a ele.– Ele me olha intensamente.

"Humm que delícia."

— Então você sabe os gostos da pessoa com poucas palavras trocadas, interessante... isso está a seu favor em muitas coisas.

Dou uma piscada pra ele o mesmo cora, em seguida ouço um bufar ao meu lado, e duas cadeiras à minha direita está o dito cujo, olhando pra frente ele balança a cabeça negativamente, prefiro ignorar, a minha hora de enfrentá-lo vai chegar.

— A Senhorita está esperando seu namorado? - O Barman pergunta interessado.

— Não, hoje estou apreciando a minha presença e agora estou pensando se pergunto a hora que seu expediente acaba hoje.

Antes que o Barman responda ouço uma risada sem humor do idiota, olhando de relance para o atendente.

— Não é hora do seu intervalo, Vicente? - A voz rouca de Logan Carmichael se eleva na delicadeza do ambiente.

O rapaz olha o relógio e diz:

— Está sim, mas vou continuar trabalhando.

— O gerente não vai gostar de saber, que está fazendo seu próprio horário.

— E o senhor é...? – Vicente pergunta.

— Logan Carmichael!

Como se fosse um estalo, Vicente pede desculpas e sai sem olhar pra mim, em seguida entra uma moça, com ações mecânicas ficando em seu lugar.

— Eiii, nem dei nome a minha bebida ainda, por que dispensar o rapaz assim?

— Você não deveria interagir desta forma com um serviçal, ele não faz o seu trabalho direito e devia se dar ao respeito cantando um garoto.

E ele começou muito mal, já percebi o tipo de pessoa que ele é. Pior que eu imaginava. Me viro no meu banco, cruzo as minhas pernas e noto o seu olhar sutil no meu movimento.

— Ah, então quem nesse lugar seria digno da minha cantada? – Olho para os dois lados e volto a olhar pra ele. – Não tem ninguém interessante.

— Você iria se surpreender, prazer sou Logan Carmichael. – Fala se apresentando.

— Tanto faz. - Volto a bebericar a minha bebida.

— Grosseria não responder a uma apresentação e não se apresentar.

— Não acho que eu seja obrigada, sou gentil com as pessoas gentis, não com pessoas egoístas que não se importam em pisar nas pessoas.

— Whisky duplo! – Ele pede pra nova atendente e toma de uma vez, sinalizando para trazer outro.

— Alguém aqui está tenso, problemas no paraíso?

— Sabe que sou um homem ocupado, tenho direito a relaxar como qualquer um.

— Eu não faço ideia de quem você é - Minto sabendo que vou ferir o seu ego.– Mas aparentemente é cruel e extremamente ganancioso.

— Aham, acredito, e deduziu tudo isso de mim com 2 minutos de conversa? – Fala e bebe mais um copo.

— Porque eu deveria saber quem voce é? É algum ator de cinema ou um político? E sobre seu estilo, você expôs assim que sentou ai e abriu a boca.

Ele me olha cético, em seguida franze a testa mudando a sua expressão, como se estivesse pensando em algo.

— O que foi? o gato comeu sua língua?

Ele solta uma gargalhada como se eu tivesse contado uma piada.

" Agora pronto, enlouqueceu de vez"

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