Capítulo 14
BELINDA.

Todo o meu corpo estava envolto por uma neblina densa. O ambiente à minha volta era opressor e severamente silencioso.

“Oi”

“Olá”

“Tem alguém aí ?”

Gritei em busca de respostas mas não as obtive.

Caminhando sem destino, eu avancei rumo à escuridão diante dos meus olhos.

“Tic tac”

“Tic tac”

“Tic tac”

O relógio toca mas eu não vejo nenhuma sombra do mesmo.

De repente, eu escuto um estrondo similar a uma porta batendo.

“Isso tudo é sua culpa. Se você fosse digno, minha filha ainda estaria viva. Maldito bastardo!”

“Plaft!”

Uma mulher esbofeteou a face de um homem maduro. Quando os olhos fixaram-se nos meus a mulher desabou, o homem avançou na minha direção e eu corri.

Meu peito começou a doer.

As minhas pernas embolaram.

Eu caí com o rosto rente ao chão como morta.

“MAMÃE!”

Uma voz distante gritou.

A sua dor era palpável e angustiante.

Eu conhecia perfeitamente aquela dor.

“Mamãe ?”

Escuto uma outra voz, mas agora é diferente.

Essa é uma voz que eu não conheço, eu a pro
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