Assim que Muriel me deixou em casa, decidi ir até a casa de Sam, sem nem mesmo entrar na minha. Era um pouco tarde, mas como não havia trabalho ou faculdade no dia seguinte, não teria problema.
Acelerei o passo nas ruas escuras e logo cheguei ao meu destino, sem cruzar com nenhuma outra pessoa durante todo o caminho, e só então percebi que não poderia simplesmente bater porque acordaria os pais dele.
“Sam, estou na sua porta.” – enviei.
“Sam, por favor.” – mandei dois minutos depois.
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- Sarah? – escutei Sam me chamando, mas estava tão confortável que apenas afundei um pouco no colchão – Sarah? – ele insistiu tocando meu ombro. - O que é? – rolei para ficar de barriga para cima, mas cobri o rosto com o braço. O colchão se moveu e senti o corpo dele ao lado do meu. - Acorda. – falou no meu ouvido. - Já acordei. – reclamei – Mas é sábado e eu queria dormir até mais tarde.&n
Muriel estava impecável quando entrei no carro, e seu sorriso era encantador. - Oi. – cumprimentei me acomodando no banco. - Oi. – ele se inclinou e me beijou profundamente. Assim que ele se afastou para dirigir, conferi se havia alguém nos espiando da minha casa. Não captei nenhum movimento, mas isso não garantia nada. - Onde estamos indo? – perguntei decidida a não me preocupar. - É uma
Quando entrei em casa, eu estava com várias coisas na cabeça. Por que essas mudanças de atitude? Por que as vezes tão confiante e as vezes tão tenso? Por que ele me beijava de formas tão distintas? Entrei no quarto e por um momento tomei o maior susto com Sam deitado na minha cama. Eu havia esquecido completamente da sua presença na minha casa aquela noite. Ele estava dormindo de barriga para cima, com um braço acima da cabeça. Seus lábios estavam entreabertos e o cabelo espalhado pelo meu travesseiro. Parecia completamente relaxado, entregue ao sono mais profundo. Eu n&
A semana seguinte começou a desenhar uma nova rotina na minha vida. Me encontrei com Muriel todas as noites, apenas para dar algumas voltas de carro e conversar um pouco, e claro, também trocar uma série de beijos, antes de ele me levar para casa cedo. A parte estranha foi que Sam pareceu estar se afastando um pouco com a desculpa de que estava precisando estudar. Ele já era veterano e nunca tinha ficado tão distante para estudar. Quando a quinta feira chegou, fui direto do trabalho para a casa de Sam depois de ter duas chamadas não atendidas. Algo parecia estar errado e eu precisava descobrir o qu
O jantar daquela noite foi realmente muito parecido com o da última vez que estive na casa do meu namorado. A mesa posta, a música suave... Todo um ambiente muito íntimo e romântico. Muriel estava cheio de confiança novamente, me lançando olhares que faziam arrepios correrem pela minha pele. Havia algo no ar, e nenhum de nós estava falando, uma tensão e um pouco de ansiedade pelo que viria a seguir. Não hesitei quando ele levantou da mesa, e logo estávamos nos atracando no sofá. Seu corpo mais uma vez pesava sobre o meu, e a minha mente estava longe, deixando que o corpo decidisse o que queria sentir naquele momento.&n
Comecei a hiperventilar. Gêmeos? - Sarah? – Sam se inclinou na minha direção – Você está muito branca. – sua mão tocou meu rosto – E muito gelada. - Me tira daqui. – pedi afundando no banco. - Sarah, eu preciso arrebentar alguém hoje. – ele retrucou, exalando raiva – É só me dizer, nem precisa me acompanhar. - Sam, por favor. – implorei com uma nova onda de lágrimas.&n
Quando acordei no meu quarto, as memórias da noite anterior começaram a pipocar na minha mente imediatamente, fazendo meus olhos marejarem. Eu não sabia o que era mais difícil de lidar. As mentiras de Muriel ou a declaração de Sam? Parecia que eu estava dentro de um furacão, rodando sem rumo e sem ter onde me segurar. Peguei meu celular, mas não havia absolutamente nada nele. O que eu esperava? Um contato de Muriel, algo que pudesse explicar tudo? Ou Sam? Não importava, porque não havia nada de nenhum dos dois. Ou eu deveria dizer três? Tentei buscar na minha mente
Em um instante os dois viraram um bolo de corpos no chão e eu gritei. Sam parecia estar em vantagem e, embora Muriel merecesse cada soco, eu não queria que nada da minha casa fosse destruído. - Parem! – gritei, sem saber como pará-los – Parem! Agora! Sam o largou primeiro, com uma expressão selvagem no rosto e sangue escorrendo do canto da boca. Eu nunca tinha visto meu melhor amigo desse jeito... - Sarah... – Muriel se levantou do chão com a camiseta rasgada – Por favor, me lig