Dungeon.O corpo de Jéssica estava suspenso no ar, seus braços estavam amarrados por cordas. Se a pessoa capturada hoje não fosse uma mercenária, mas sim uma garota comum e frágil, o mero ato de ser deixada pendurada já seria suficiente para esgotar suas forças, sem necessidade de outras formas de tortura.No calabouço de luz tênue, Isaac desceu as escadas com imponência, olhando para Jéssica suspensa no ar como se estivesse olhando para um cadáver. - Quem deu permissão para tratar Srta. Uxía assim? Srta. Uxía é minha convidada de honra. Se vocês a tratam desta forma e Marco descobrir, imaginem como ele lidará com vocês? - Disse Isaac, de forma cortês. As palavras hipócritas de Isaac soaram aos ouvidos de Jéssica, que apenas riu ironicamente.Seus olhos estavam vendados com um pano preto, mas ela ainda assim soltou uma risada fria.- É assim que o presidente me convida para um chá? Realmente, que falta de cortesia. - Disse Jéssica.- Soltem a Srta. Uxía. - Ordenou Isaac, acenando par
- Nunca imaginei que o presidente do país R fosse tão brutal e desumano, a ponto de recorrer ao ferro em brasa. Se eu sobreviver, por cada marca que vocês deixarem em mim, devolverei dez vezes mais. - Disse Jéssica, com desdém.Ao dizer isso, seu olhar direto e incisivo se fixou nas pessoas que a torturavam, como águas mortas, mas com uma ferocidade que penetrava os ossos, fazendo com que aqueles segurando as armas, embora fossem os carcereiros, ficassem intimidados pelo olhar de Jéssica.Por um momento, eles hesitaram com o ferro em brasa em mãos, sem coragem de se aproximar.- Vão ficar parados? Querem que eu use o ferro em vocês? - Gritou o secretário, impaciente.Com alguma hesitação, os carcereiros avançaram, e o secretário, pegando o ferro, o pressionou com força contra o peito de Jéssica.Um cheiro de queimado se espalhou pelo ar.Jéssica desmaiou de dor.Os carcereiros se aproximaram para examinar ela.- Senhor secretário, ela desmaiou. - Disse o carcereiro.- É sério que vou t
Isaac olhou calmamente para Marco, cheio de intenção assassina à sua frente e abriu um leve sorriso. - Marco, o que você quer dizer com isso? - Perguntou Isaac, calmamente. Marco, sem vontade de falar demais, fixou o olhar afiado e frio em Isaac.- Minha pessoa, onde ela está agora, Isaac? Não tenho tempo para brincar com você. - Perguntou Marco, furioso.- Marco, eu realmente não sei quem é essa pessoa que você está falando. Além disso, por que eu capturaria alguém de sua posse, sem motivo? - Retrucou Isaac, fingindo ignorância.- Então você não vai entregar a pessoa, não é? Não sei se você sabe, Maia foi passar férias na minha ilha Baía Norte ilha de montanha. Como você sabe, é comum ter ondas naquela ilha, e Maia está em constante perigo de vida. - Ameaçou Marco. Isaac ficou chocado, com raiva nos olhos.- Marco, eu pensei que você fosse uma boa pessoa, não esperava que você fosse tão desprezível! - Disse Isaac.- Enquanto eu estava fora, você se aproveitou para sequestrar a minh
- Mas o que...? - Indagou Marco. Rogério, ao lembrar da marca de ferro em brasa abaixo da clavícula da garota, franziu levemente a testa.- É apenas que o lado esquerdo do peito dela foi queimado com um ferro em brasa, aquela pele já está necrosada. Para não deixar cicatrizes, teremos que esperar a ferida cicatrizar antes de tratar. - Concluiu Rogério.- Ferro em brasa? - Indagou Marco, desacreditado com tamanha crueldade e com um olhar assassino nos olhos.Eles ousaram usar tortura de ferro em brasa contra ela. Naquele momento, Marco só sabia que ela estava coberta de marcas de chicotadas, e por estar coberta de sangue, não notou a marca no peito esquerdo.- Dessa vez, a residência presidencial realmente passou dos limites. Eu já tinha ouvido falar das masmorras do Isaac, mas nunca imaginei que Isaac permitiria que seus homens tratassem uma garota com tal brutalidade. Mas, Marco, essa garota é realmente resiliente. Sob tal tortura, até eu provavelmente já teria dito tudo. - Disse Rog
Após uma refeição farta, Jéssica, exausta pelo consumo excessivo de energia, adormeceu novamente.Marco, a observando por um momento, se dirigiu até o escritório para voltar trabalhar.Leandro, retornando do interrogatório no quarto escuro, bateu na porta do escritório.- Marco, os dois carcereiros disseram que a marca de ferro quente no corpo da Srta. Uxía foi obra do secretário do presidente, Denis. - Relatou Leandro.- Denis? O assistente de Isaac? - Indagou Marco. De repente, um lampejo assassino brilhou nos olhos de Marco e ele disse:- Escolha uma noite apropriada para convidar ele a passar algum tempo no quarto escuro.- Marco, após a lição, devemos libertar ele ou não? - Perguntou Leandro.- Após uma boa lição, pode o soltar. Quando ele retornar a Isaac, este não confiará mais nele. É melhor deixar Isaac lidar com seu próprio cão. - Disse Marco.- Entendido. - Respondeu Leandro, assentindo. - Há mais alguma coisa? - Perguntou Marco, franzindo a testa, notando que Leandro não p
Na manhã do dia seguinte.Embora Jéssica ainda estivesse deitada na cama se recuperando, ela conseguia andar normalmente. Wilma tinha oferecido trazer o café da manhã para ela no quarto, mas Jéssica, que não era do tipo que conseguia ficar na cama, decidiu descer para tomar o café da manhã.Mas, logo cedo, ela não viu Marco em lugar nenhum.- Wilma, onde está Marco? Ele foi para uma reunião? - Perguntou Jéssica. - Não tenho certeza, Marco saiu bem cedo, mas não acho que tenha ido para uma reunião. Ele disse que voltaria logo. - Respondeu Wilma....Marco foi pessoalmente para a câmara escura.Lá, o secretário do presidente estava meio morto, coberto de feridas, mas isso não era suficiente.Marco, como um deus, desceu e olhou para o ferro em brasa ao lado. Entendendo a intenção de Marco, Leandro passou o cabo longo do ferro em brasa para ele.Denis arregalou os olhos em terror ao ver o ferro em brasa, tremendo.- Marco, por favor, não faça isso comigo. Nada disso é culpa minha! Foi tud
Jéssica abraçou Marco de repente.Marco ficou surpreso, pois embora Jéssica fosse falante, momentos como esse, em que ela o abraçava por iniciativa própria, eram raros.Marco levantou a mão e retribuiu o abraço, batendo suavemente em suas costas.- Marco, eu vou valorizar muito essa pele que você transplantou para mim. - Disse Jéssica, emocionada.Marco sorriu levemente.Jéssica, segurando seu pescoço, afrouxou o abraço, fixando seus olhos em Marco. Não se sabe quem se moveu primeiro, mas quando seus lábios estavam prestes a se tocar, uma voz jovem e feminina soou de repente do lado de fora da porta do escritório:- Onde está Marco? Eu preciso ver ele. Por que ele me deixou sozinha na ilha montanhosa da Baía Norte? Ele disse que me encontraria lá!O clima íntimo foi interrompido, e Jéssica franziu a testa levemente.- O que você fez com a Srta. Maia? - Perguntou Jéssica.Um brilho travesso passou pelos olhos de Marco.- Para te salvar, eu a enganei para ficar dois dias na ilha montanho
- Mire no centro do alvo e tente atirar. - Disse Marco. O primeiro tiro desvia, acertando o terceiro anel. Ainda assim, recebe elogios de Marco:- Acertar o terceiro anel na primeira tentativa não é nada mau.- Marco, você ensina todas as suas mulheres a atirar? - Pergunta Jéssica, enquanto manipula a arma.Marco fica surpreso por um momento, ajudando Jéssica a carregar a arma. Esta pistola de treino carrega uma bala por vez, então é necessário recarregar após cada disparo.- Por que você pergunta isso? - Retrucou Marco.- Eu só penso que você já é tão forte, capaz de me proteger, mas ainda assim insiste em me ensinar a atirar. Você deve querer que eu tenha a capacidade de me defender, não é? - Disse Jéssica.Depois de carregar a arma, Marco a abraçou por trás, passando a pistola para as mãos delicadas dela e segurando suas mãos, com o cano apontado para o centro do alvo.- Minha mãe também pensava assim. Meu pai era muito forte, mas quando eu tinha dez anos, minha mãe morreu nas mãos