Jéssica abraçou Marco de repente.Marco ficou surpreso, pois embora Jéssica fosse falante, momentos como esse, em que ela o abraçava por iniciativa própria, eram raros.Marco levantou a mão e retribuiu o abraço, batendo suavemente em suas costas.- Marco, eu vou valorizar muito essa pele que você transplantou para mim. - Disse Jéssica, emocionada.Marco sorriu levemente.Jéssica, segurando seu pescoço, afrouxou o abraço, fixando seus olhos em Marco. Não se sabe quem se moveu primeiro, mas quando seus lábios estavam prestes a se tocar, uma voz jovem e feminina soou de repente do lado de fora da porta do escritório:- Onde está Marco? Eu preciso ver ele. Por que ele me deixou sozinha na ilha montanhosa da Baía Norte? Ele disse que me encontraria lá!O clima íntimo foi interrompido, e Jéssica franziu a testa levemente.- O que você fez com a Srta. Maia? - Perguntou Jéssica.Um brilho travesso passou pelos olhos de Marco.- Para te salvar, eu a enganei para ficar dois dias na ilha montanho
- Mire no centro do alvo e tente atirar. - Disse Marco. O primeiro tiro desvia, acertando o terceiro anel. Ainda assim, recebe elogios de Marco:- Acertar o terceiro anel na primeira tentativa não é nada mau.- Marco, você ensina todas as suas mulheres a atirar? - Pergunta Jéssica, enquanto manipula a arma.Marco fica surpreso por um momento, ajudando Jéssica a carregar a arma. Esta pistola de treino carrega uma bala por vez, então é necessário recarregar após cada disparo.- Por que você pergunta isso? - Retrucou Marco.- Eu só penso que você já é tão forte, capaz de me proteger, mas ainda assim insiste em me ensinar a atirar. Você deve querer que eu tenha a capacidade de me defender, não é? - Disse Jéssica.Depois de carregar a arma, Marco a abraçou por trás, passando a pistola para as mãos delicadas dela e segurando suas mãos, com o cano apontado para o centro do alvo.- Minha mãe também pensava assim. Meu pai era muito forte, mas quando eu tinha dez anos, minha mãe morreu nas mãos
Jéssica observava a microbomba em suas mãos, paralisada no lugar, seu rosto exibia uma série de expressões.Enquanto isso, escondido nas sombras, Marco mantinha um cigarro preso aos lábios finos. Seus dedos longos e fortes brincavam com um isqueiro, o acendendo e apagando repetidamente.Na escuridão, a luz do isqueiro revelava os olhos profundos e penetrantes do homem, observando a mulher à sua frente como uma águia observa sua presa.O coração de Jéssica estava acelerado, tomado por uma ansiedade inexplicável.Separados por uma distância curta, Jéssica, estava de costas parcialmente voltadas para Marco, e sentia o suor formar na palma da mão que segurava a microbomba. Ela respirou fundo, buscando manter a compostura diante dele.Apesar do perigo iminente, ela ainda tentava flertar com Marco.- Marco, você está brincando comigo ou falando sério? Estou realmente assustada agora!Ele esboçou um leve sorriso, se aproximando com passos largos. No escuro, o isqueiro se acendeu repentinament
Naquela noite, Jéssica dormiu profundamente.Quando acordou, o homem ao seu lado já havia desaparecido.Ela se vestiu com uma camiseta branca e um short jeans que ele havia deixado e saiu da caverna.Quando saiu, ela viu Marco com as pernas da calça arregaçadas, pescando com um bastão de madeira à beira do riacho.Ela se sentou diante da fogueira, apoiou o queixo nas mãos e ficou observando Marco à beira do riacho.Ele era indubitavelmente bonito, tinha um charme distinto que o distinguia. Tinha a aparência de um nobre, bem diferente do belo e distante Tiago. Marco possuía uma beleza mais robusta e despreocupada, que somada à sua posição de prestígio, exibia a determinação e a postura de um líder.De qualquer ângulo, Marco era um homem encantador.A Srta. Vasco jamais imaginaria que Marco se interessaria por ela, pois, a julgar pela situação, normalmente seria o contrário.Quem foi seduzido primeiro era uma incógnita.Ela contemplou as longas pernas do homem, as panturrilhas fortes e ág
Depois de deixar a Montanha do Polo Leste, Tiago embarcou no helicóptero. Voando alto no céu, Thomson tirou a máscara, suspirou e disse:- Sr. Vasco falou alguma coisa sobre quando a Jéssica vai voltar? Nosso trio foi desfeito, eu estou realmente sentindo falta dela!- Do que você sente falta? Das bofetadas que ela te dá?Thomson sorriu, mas ao se lembrar dos acontecimentos da missão, ele franziu a testa e disse:- Esse Marco é mesmo corajoso, até se arriscou por uma agente infiltrada como a Jéssica.Tiago ajustou os punhos da camisa, notando uma marca de queimado de bala nos botões de punho.Thomson também viu.- Foi a Jéssica quem atirou, não foi? Ela estava realmente mirando em você! Ela teve coragem de atirar em você! E por pouco não acertou seu braço! Será que ela se virou contra nós por causa dele?Tiago franziu a testa, preocupado:- Espero que ela não tenha se apaixonado por Marco. Caso contrário, o Sr. Vasco não vai perdoá-la. Mas ela atirou em mim... Embora não quisesse realm
Leandro e Sérgio estavam sentados na biblioteca, aguardando a chegada de Marco para uma conversa importante. Leandro, expressando suas suspeitas, comentou:- Pelo que vejo, deve ter sido quando Marco foi com a Srta. Uxía para a Montanha do Polo Leste. Ele deve ter se envolvido com a Srta. Uxía à força, por isso agora está mais atraído por ela.Sérgio, cruzou os braços em desacordo e rebateu:- Não acho que tenha sido iniciativa do Marco. Ele nunca se interessou por mulheres antes, certamente foi a Uxía quem seduziu ele.Leandro ficou sem palavras. " A Srta. Uxía, uma jovem de apenas dezoito anos, seria tão maliciosa e calculista como Sérgio sugere?"Leandro olhou para o relógio e franziu a testa, e então fez uma observação:- Marco marcou conosco para as três e meia, e já são quase quatro horas. Ele nunca se atrasou antes.Sérgio, bateu na mesa com raiva e exclamou:- Deve ser aquela Uxía que está atrasando ele. Ela é uma espiã! Por que Marco não confia em nós, que estamos juntos há a
Depois que os dois se retiraram, ao descerem as escadas do escritório, encontraram Jéssica na sala, sentada no tapete com as pernas cruzadas, mexendo em seu sorvete com uma colher.Sérgio olhou para ela com uma expressão feroz e apontou para ela com o dedo.- Melhor você não brincar com os sentimentos de Marco! Senão, eu não te deixarei em paz! Leandro acenou educadamente para Jéssica, preocupado que Marco os seguisse e os repreendesse, e apressou Sérgio para sair, sorrindo em tom de desculpas:- Srta. Uxía, nós vamos indo. Marco pode ter ficado chateado com Sérgio, se puder, tente acalmá-lo!Jéssica assistiu Sérgio e Leandro partirem com desprezo.- Vocês agem dessa maneira e ainda esperam que eu fale bem de vocês? Sonham alto.Ela nem pensava em delatar eles.Aquele Sérgio, com certeza, devia ter falado mal dela para Marco.O olhar feroz de Sérgio parecia que ele queria ver ela morta, e ainda assim ela deveria falar bem dele?Jéssica se levantou e correu para o escritório no andar d
Ao raiar do dia, na mesa do café da manhã.Marco e Jéssica se sentaram frente a frente, saboreando a refeição.- Você teve pesadelos ontem à noite? - Perguntou ele.Jéssica hesitou por um instante.- Não, por que a pergunta, Marco?Marco olhou intrigado para ela.- Por que você estava chorando na noite passada?- Eu estava?Jéssica leva um pedaço de ovo frito à boca, fingindo ignorância.Marco assentiu com a cabeça.- Na segunda metade da noite, você estava me abraçando e pedindo desculpas repetidas vezes.Ela colocou os talheres de lado, apoiou o queixo com uma mão e olhou para Marco, dizendo:- Eu tive um sonho, mas não foi um pesadelo. Sonhei que havia recuperado minha memória, mas por alguma razão especial, eu tinha que deixar você, Marco. Chorei porque não queria me separar de você.Marco sorriu levemente, incerto se acreditava ou não.- Você se lembra bem do sonho.Na verdade, ela estava inventando; ela já tinha esquecido o sonho da noite anterior.Marco ponderou por um momento.