- Mas o que...? - Indagou Marco. Rogério, ao lembrar da marca de ferro em brasa abaixo da clavícula da garota, franziu levemente a testa.- É apenas que o lado esquerdo do peito dela foi queimado com um ferro em brasa, aquela pele já está necrosada. Para não deixar cicatrizes, teremos que esperar a ferida cicatrizar antes de tratar. - Concluiu Rogério.- Ferro em brasa? - Indagou Marco, desacreditado com tamanha crueldade e com um olhar assassino nos olhos.Eles ousaram usar tortura de ferro em brasa contra ela. Naquele momento, Marco só sabia que ela estava coberta de marcas de chicotadas, e por estar coberta de sangue, não notou a marca no peito esquerdo.- Dessa vez, a residência presidencial realmente passou dos limites. Eu já tinha ouvido falar das masmorras do Isaac, mas nunca imaginei que Isaac permitiria que seus homens tratassem uma garota com tal brutalidade. Mas, Marco, essa garota é realmente resiliente. Sob tal tortura, até eu provavelmente já teria dito tudo. - Disse Rog
Após uma refeição farta, Jéssica, exausta pelo consumo excessivo de energia, adormeceu novamente.Marco, a observando por um momento, se dirigiu até o escritório para voltar trabalhar.Leandro, retornando do interrogatório no quarto escuro, bateu na porta do escritório.- Marco, os dois carcereiros disseram que a marca de ferro quente no corpo da Srta. Uxía foi obra do secretário do presidente, Denis. - Relatou Leandro.- Denis? O assistente de Isaac? - Indagou Marco. De repente, um lampejo assassino brilhou nos olhos de Marco e ele disse:- Escolha uma noite apropriada para convidar ele a passar algum tempo no quarto escuro.- Marco, após a lição, devemos libertar ele ou não? - Perguntou Leandro.- Após uma boa lição, pode o soltar. Quando ele retornar a Isaac, este não confiará mais nele. É melhor deixar Isaac lidar com seu próprio cão. - Disse Marco.- Entendido. - Respondeu Leandro, assentindo. - Há mais alguma coisa? - Perguntou Marco, franzindo a testa, notando que Leandro não p
Na manhã do dia seguinte.Embora Jéssica ainda estivesse deitada na cama se recuperando, ela conseguia andar normalmente. Wilma tinha oferecido trazer o café da manhã para ela no quarto, mas Jéssica, que não era do tipo que conseguia ficar na cama, decidiu descer para tomar o café da manhã.Mas, logo cedo, ela não viu Marco em lugar nenhum.- Wilma, onde está Marco? Ele foi para uma reunião? - Perguntou Jéssica. - Não tenho certeza, Marco saiu bem cedo, mas não acho que tenha ido para uma reunião. Ele disse que voltaria logo. - Respondeu Wilma....Marco foi pessoalmente para a câmara escura.Lá, o secretário do presidente estava meio morto, coberto de feridas, mas isso não era suficiente.Marco, como um deus, desceu e olhou para o ferro em brasa ao lado. Entendendo a intenção de Marco, Leandro passou o cabo longo do ferro em brasa para ele.Denis arregalou os olhos em terror ao ver o ferro em brasa, tremendo.- Marco, por favor, não faça isso comigo. Nada disso é culpa minha! Foi tud
Jéssica abraçou Marco de repente.Marco ficou surpreso, pois embora Jéssica fosse falante, momentos como esse, em que ela o abraçava por iniciativa própria, eram raros.Marco levantou a mão e retribuiu o abraço, batendo suavemente em suas costas.- Marco, eu vou valorizar muito essa pele que você transplantou para mim. - Disse Jéssica, emocionada.Marco sorriu levemente.Jéssica, segurando seu pescoço, afrouxou o abraço, fixando seus olhos em Marco. Não se sabe quem se moveu primeiro, mas quando seus lábios estavam prestes a se tocar, uma voz jovem e feminina soou de repente do lado de fora da porta do escritório:- Onde está Marco? Eu preciso ver ele. Por que ele me deixou sozinha na ilha montanhosa da Baía Norte? Ele disse que me encontraria lá!O clima íntimo foi interrompido, e Jéssica franziu a testa levemente.- O que você fez com a Srta. Maia? - Perguntou Jéssica.Um brilho travesso passou pelos olhos de Marco.- Para te salvar, eu a enganei para ficar dois dias na ilha montanho
- Mire no centro do alvo e tente atirar. - Disse Marco. O primeiro tiro desvia, acertando o terceiro anel. Ainda assim, recebe elogios de Marco:- Acertar o terceiro anel na primeira tentativa não é nada mau.- Marco, você ensina todas as suas mulheres a atirar? - Pergunta Jéssica, enquanto manipula a arma.Marco fica surpreso por um momento, ajudando Jéssica a carregar a arma. Esta pistola de treino carrega uma bala por vez, então é necessário recarregar após cada disparo.- Por que você pergunta isso? - Retrucou Marco.- Eu só penso que você já é tão forte, capaz de me proteger, mas ainda assim insiste em me ensinar a atirar. Você deve querer que eu tenha a capacidade de me defender, não é? - Disse Jéssica.Depois de carregar a arma, Marco a abraçou por trás, passando a pistola para as mãos delicadas dela e segurando suas mãos, com o cano apontado para o centro do alvo.- Minha mãe também pensava assim. Meu pai era muito forte, mas quando eu tinha dez anos, minha mãe morreu nas mãos
Jéssica observava a microbomba em suas mãos, paralisada no lugar, seu rosto exibia uma série de expressões.Enquanto isso, escondido nas sombras, Marco mantinha um cigarro preso aos lábios finos. Seus dedos longos e fortes brincavam com um isqueiro, o acendendo e apagando repetidamente.Na escuridão, a luz do isqueiro revelava os olhos profundos e penetrantes do homem, observando a mulher à sua frente como uma águia observa sua presa.O coração de Jéssica estava acelerado, tomado por uma ansiedade inexplicável.Separados por uma distância curta, Jéssica, estava de costas parcialmente voltadas para Marco, e sentia o suor formar na palma da mão que segurava a microbomba. Ela respirou fundo, buscando manter a compostura diante dele.Apesar do perigo iminente, ela ainda tentava flertar com Marco.- Marco, você está brincando comigo ou falando sério? Estou realmente assustada agora!Ele esboçou um leve sorriso, se aproximando com passos largos. No escuro, o isqueiro se acendeu repentinament
Naquela noite, Jéssica dormiu profundamente.Quando acordou, o homem ao seu lado já havia desaparecido.Ela se vestiu com uma camiseta branca e um short jeans que ele havia deixado e saiu da caverna.Quando saiu, ela viu Marco com as pernas da calça arregaçadas, pescando com um bastão de madeira à beira do riacho.Ela se sentou diante da fogueira, apoiou o queixo nas mãos e ficou observando Marco à beira do riacho.Ele era indubitavelmente bonito, tinha um charme distinto que o distinguia. Tinha a aparência de um nobre, bem diferente do belo e distante Tiago. Marco possuía uma beleza mais robusta e despreocupada, que somada à sua posição de prestígio, exibia a determinação e a postura de um líder.De qualquer ângulo, Marco era um homem encantador.A Srta. Vasco jamais imaginaria que Marco se interessaria por ela, pois, a julgar pela situação, normalmente seria o contrário.Quem foi seduzido primeiro era uma incógnita.Ela contemplou as longas pernas do homem, as panturrilhas fortes e ág
Depois de deixar a Montanha do Polo Leste, Tiago embarcou no helicóptero. Voando alto no céu, Thomson tirou a máscara, suspirou e disse:- Sr. Vasco falou alguma coisa sobre quando a Jéssica vai voltar? Nosso trio foi desfeito, eu estou realmente sentindo falta dela!- Do que você sente falta? Das bofetadas que ela te dá?Thomson sorriu, mas ao se lembrar dos acontecimentos da missão, ele franziu a testa e disse:- Esse Marco é mesmo corajoso, até se arriscou por uma agente infiltrada como a Jéssica.Tiago ajustou os punhos da camisa, notando uma marca de queimado de bala nos botões de punho.Thomson também viu.- Foi a Jéssica quem atirou, não foi? Ela estava realmente mirando em você! Ela teve coragem de atirar em você! E por pouco não acertou seu braço! Será que ela se virou contra nós por causa dele?Tiago franziu a testa, preocupado:- Espero que ela não tenha se apaixonado por Marco. Caso contrário, o Sr. Vasco não vai perdoá-la. Mas ela atirou em mim... Embora não quisesse realm