Depois de esconder o bolo de aniversário, Jéssica saiu correndo da cozinha, animada, e viu Marco subindo as escadas para o escritório com uma expressão sombria no rosto. Jéssica não resistiu e se virou para Leandro.- O que houve com seu chefe? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, se não tiver nada importante hoje, por favor, tente não incomodar Marco. Ele não está de bom humor. - Respondeu Leandro, apertando os lábios. Jéssica torceu a boca, despreocupada.- Quando é que eu o irritei? Parece que estou sempre chateando ele. - Disse Jéssica.Ela até fez um bolo de aniversário com suas próprias mãos para agradar ele, tentando melhorar o relacionamento deles. Ela realmente estava se esforçando.- Então, o que exatamente está acontecendo com o Marco? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, isso é um segredo do Marco, e eu, como subordinado, não devo falar demais. Seria melhor você perguntar diretamente a ele. - Disse Leandro, sem saber como explicar.Depois que Leandro saiu, Jéssica não foi imed
A caixa de disjuntores geral da mansão foi desligada, e a casa ficou envolta em trevas. Marco estava prestes a se levantar para acender as luzes, quando de repente, uma fonte de luz fraca e calorosa surgiu na escuridão. Jéssica, segurando um bolo de aniversário decorado com velas, caminhou em direção a Marco enquanto cantava a canção de aniversário.- Feliz aniversário para você, feliz aniversário para você, feliz aniversário para você. - Cantarolava Jéssica.A bela e jovem voz feminina entrou nos ouvidos de Marco. Essas simples canções soavam como batidas de tambor, atingindo a parte mais macia do coração de Marco. Desde os dez anos, ele nunca mais celebrou seu aniversário. Após a morte de sua mãe, ninguém mais cantou para ele a canção de "Feliz Aniversário". Para Marco, seu aniversário era apenas um dia para lembrar da morte de sua mãe.Jéssica, segurando o bolo de aniversário, se aproximou de Marco. A luz das velas iluminava seu rosto delicado e bonito, e seus olhos brilhavam suavem
No dia seguinte ao seu aniversário, Marco precisava ir trabalhar fora da cidade.Marco disse que estava viajando a trabalho, mas Jéssica, que também é uma agente secreta e mercenária, sabia que ele estava indo para uma missão secreta. - Marco, para onde você está indo a trabalho? Quando você volta? - Perguntou Jéssica, propositalmente.- Se tudo correr bem, volto em uma semana. Se demorar, pode ser meio mês ou até um mês. - Disse Marco, sorrindo levemente e estendendo a mão para acariciar a cabeça de Jéssica. - Então não se esqueça de me ligar. - Disse Jéssica.Os olhos profundos de Marco não desviavam de Jéssica.- Uxía, durante este tempo não poderei entrar em contato com você, então fique em casa me esperando. - Disse Marco.Jéssica torceu o canto dos lábios.- E se eu sentir saudades? - Indagou Jéssica, fazendo um biquinho.Marco estendeu a mão, puxou a garota para perto e a abraçou forte, baixou a cabeça e beijou sua bochecha.- Então você terá que aguentar. Ou pode contar formi
Dungeon.O corpo de Jéssica estava suspenso no ar, seus braços estavam amarrados por cordas. Se a pessoa capturada hoje não fosse uma mercenária, mas sim uma garota comum e frágil, o mero ato de ser deixada pendurada já seria suficiente para esgotar suas forças, sem necessidade de outras formas de tortura.No calabouço de luz tênue, Isaac desceu as escadas com imponência, olhando para Jéssica suspensa no ar como se estivesse olhando para um cadáver. - Quem deu permissão para tratar Srta. Uxía assim? Srta. Uxía é minha convidada de honra. Se vocês a tratam desta forma e Marco descobrir, imaginem como ele lidará com vocês? - Disse Isaac, de forma cortês. As palavras hipócritas de Isaac soaram aos ouvidos de Jéssica, que apenas riu ironicamente.Seus olhos estavam vendados com um pano preto, mas ela ainda assim soltou uma risada fria.- É assim que o presidente me convida para um chá? Realmente, que falta de cortesia. - Disse Jéssica.- Soltem a Srta. Uxía. - Ordenou Isaac, acenando par
- Nunca imaginei que o presidente do país R fosse tão brutal e desumano, a ponto de recorrer ao ferro em brasa. Se eu sobreviver, por cada marca que vocês deixarem em mim, devolverei dez vezes mais. - Disse Jéssica, com desdém.Ao dizer isso, seu olhar direto e incisivo se fixou nas pessoas que a torturavam, como águas mortas, mas com uma ferocidade que penetrava os ossos, fazendo com que aqueles segurando as armas, embora fossem os carcereiros, ficassem intimidados pelo olhar de Jéssica.Por um momento, eles hesitaram com o ferro em brasa em mãos, sem coragem de se aproximar.- Vão ficar parados? Querem que eu use o ferro em vocês? - Gritou o secretário, impaciente.Com alguma hesitação, os carcereiros avançaram, e o secretário, pegando o ferro, o pressionou com força contra o peito de Jéssica.Um cheiro de queimado se espalhou pelo ar.Jéssica desmaiou de dor.Os carcereiros se aproximaram para examinar ela.- Senhor secretário, ela desmaiou. - Disse o carcereiro.- É sério que vou t
Isaac olhou calmamente para Marco, cheio de intenção assassina à sua frente e abriu um leve sorriso. - Marco, o que você quer dizer com isso? - Perguntou Isaac, calmamente. Marco, sem vontade de falar demais, fixou o olhar afiado e frio em Isaac.- Minha pessoa, onde ela está agora, Isaac? Não tenho tempo para brincar com você. - Perguntou Marco, furioso.- Marco, eu realmente não sei quem é essa pessoa que você está falando. Além disso, por que eu capturaria alguém de sua posse, sem motivo? - Retrucou Isaac, fingindo ignorância.- Então você não vai entregar a pessoa, não é? Não sei se você sabe, Maia foi passar férias na minha ilha Baía Norte ilha de montanha. Como você sabe, é comum ter ondas naquela ilha, e Maia está em constante perigo de vida. - Ameaçou Marco. Isaac ficou chocado, com raiva nos olhos.- Marco, eu pensei que você fosse uma boa pessoa, não esperava que você fosse tão desprezível! - Disse Isaac.- Enquanto eu estava fora, você se aproveitou para sequestrar a minh
- Mas o que...? - Indagou Marco. Rogério, ao lembrar da marca de ferro em brasa abaixo da clavícula da garota, franziu levemente a testa.- É apenas que o lado esquerdo do peito dela foi queimado com um ferro em brasa, aquela pele já está necrosada. Para não deixar cicatrizes, teremos que esperar a ferida cicatrizar antes de tratar. - Concluiu Rogério.- Ferro em brasa? - Indagou Marco, desacreditado com tamanha crueldade e com um olhar assassino nos olhos.Eles ousaram usar tortura de ferro em brasa contra ela. Naquele momento, Marco só sabia que ela estava coberta de marcas de chicotadas, e por estar coberta de sangue, não notou a marca no peito esquerdo.- Dessa vez, a residência presidencial realmente passou dos limites. Eu já tinha ouvido falar das masmorras do Isaac, mas nunca imaginei que Isaac permitiria que seus homens tratassem uma garota com tal brutalidade. Mas, Marco, essa garota é realmente resiliente. Sob tal tortura, até eu provavelmente já teria dito tudo. - Disse Rog
Após uma refeição farta, Jéssica, exausta pelo consumo excessivo de energia, adormeceu novamente.Marco, a observando por um momento, se dirigiu até o escritório para voltar trabalhar.Leandro, retornando do interrogatório no quarto escuro, bateu na porta do escritório.- Marco, os dois carcereiros disseram que a marca de ferro quente no corpo da Srta. Uxía foi obra do secretário do presidente, Denis. - Relatou Leandro.- Denis? O assistente de Isaac? - Indagou Marco. De repente, um lampejo assassino brilhou nos olhos de Marco e ele disse:- Escolha uma noite apropriada para convidar ele a passar algum tempo no quarto escuro.- Marco, após a lição, devemos libertar ele ou não? - Perguntou Leandro.- Após uma boa lição, pode o soltar. Quando ele retornar a Isaac, este não confiará mais nele. É melhor deixar Isaac lidar com seu próprio cão. - Disse Marco.- Entendido. - Respondeu Leandro, assentindo. - Há mais alguma coisa? - Perguntou Marco, franzindo a testa, notando que Leandro não p