Amélia aproveitou o momento em que Tiago foi tomar banho para procurar seu antigo celular que usava na escola.Já que estava há tanto tempo sem uso e não ligava mais, Amélia revirou a gaveta atrás do carregador e colocou o aparelho para carregar.Com olhares furtivos em direção ao banheiro, ela esperava que o celular iniciasse. Devido aos anos de inatividade, o aparelho só ligou normalmente após alguns minutos.Assim que ligou, uma mensagem não lida surgiu na tela.Amélia abriu: "Amélia, vamos para a mesma universidade, ok?"Ela rapidamente retirou e cortou o chip do celular, inutilizando-o, e perguntou à sua mãe:- Mãe, tem algum lugar que recicle celulares antigos? Vamos vender este.- Ninguém mais recicla esses modelos antigos.Amélia desligou o celular novamente e o colocou de volta na gaveta original, selando-o ali para sempre....Quando Tiago saiu do banho, Amélia já estava enrolada no cobertor, adormecida.Tiago, ainda com o calor do banho em seu corpo, a abraçou.- Por que voc
Naquela noite, Fábio se sentou sozinho no hall da escada, atualizando o Twitter incessantemente até o amanhecer, mas Matilde não respondeu ao comentário da conta desconhecida. O Natal era dia de festa, mas para Fábio, este Natal era como todos os outros; não havia nada para esperar.A relação entre Fábio e seu pai sempre fora distante. Quando Luísa ainda estava viva, Fábio não era tão frio. Mas ele perdeu a única pessoa que realmente se importava. O alvoroço do Natal, para Fábio, não tinha sentido algum....O Natal terminou, deixando uma sensação de saudade nas pessoas, e Cidade S finalmente acolheu a primavera.Durante esse período, Fábio vinha seguindo o Twitter de Matilde anonimamente. Devido às mensagens frequentes, Matilde começou a responder à conta chamada Sr. Q. Passado algum tempo, Matilde percebeu que Sr. Q a seguiu no Twitter, e, por algum motivo, ela aceitou.Matilde sempre achou que conhecia o Sr. Q de algum lugar, mas não conseguia colocar o dedo em que era. Ela abriu a
Matilde não esperava que o Sr. Q, concordasse em doar para a escola.- Não tem medo de que eu seja uma fraude? - Questionou Matilde, que estava inquietamente curiosa, sobre a origem desse Sr. Q, e em dúvida, se deveria dizer que o cavalheiro era audacioso ou simplesmente muito rico.- Eu não faço nada sem ter certeza. Se concordei em doar para a sua escola, certamente fiz uma pesquisa prévia sobre vocês. - Respondeu Sr. Q.Matilde ficou sem palavras.Curiosa, ela pesquisou a conta do Sr. Q no twitter e entrou em seu perfil. A conta aparentava ser recém-criada, pois não havia nenhum conteúdo nela…Matilde apenas sentia que o Sr. Q, talvez realmente quisesse fazer caridade, optando por não revelar sua identidade e por esta razão utilizava uma conta nova no twitter.- Obrigada. Como devo te chamar? - Questionou Matilde.- Pode me chamar de Sr. Q. - Respondeu o homem misterioso.Sr. Q, era realmente uma pessoa misteriosa....Imediatamente Matilde foi procurar o diretor, pois não poderia t
O mês de junho na cidade das Montanhas não é tão sufocante quanto nas grandes cidades, o sol não castiga a terra com sua fúria e a brisa matinal da montanha traz um leve frescor, proporcionando um conforto encantadoramente romântico.Matilde, ultrapassando o quinto mês de gestação, via sua barriga crescer cada dia mais.Domingos era um bom homem. Além de não ter desprezado Matilde por ter engravidado antes do casamento, aceitou a criança e se dispôs a compartilhar a responsabilidade de cuidar dela como se fosse seu próprio filho.Em contrapartida, o amor de Matilde por Domingos não era o mesmo. Porém, dia após dia, Matilde se sentia tocada com as gentis atitudes de Domingos, mesmo ela tendo o rejeitado, Domingos ainda a ajudava constantemente.Na região da montanha, para uma moça grávida, muitas coisas são inconvenientes, mas Domingos não deixava Matilde desamparada, nem por um segundo.Com o tempo, todos da região da montanha, passaram a os ver como um casal de fato.Os camponeses, co
No hospital, no departamento de obstetrícia e ginecologia.Domingos ajudou Matilde a se sentar na cadeira de descanso do lado de fora. Após pegar uma senha para a fila do hospital, ele olhou para o grande monitor acima de sua cabeça.- Há muitas pessoas na fila do hospital agora, provavelmente teremos que esperar pelo menos meia hora. Notei que você não tomou café da manhã, quer que eu compre algo para comer? - Perguntou Domingos.Matilde se sentiu enjoada durante o caminho, e embora não tivesse vomitado, ela realmente não tinha desejo de comer.- Fique tranquilo, não quero comer nada. - Respondeu Matilde.- Mesmo que você não queira comer, o bebê precisa, não acha? Vou comprar um café da manhã gostoso e um café quente para você. Além disso, você está pálida, vai passar mal se não comer. - Insistiu Domingos. Enquanto falava, Domingos se levantou para comprar o café da manhã para Matilde: - Espere aqui, eu volto logo.- Sério, não precisa se incomodar, é muito trabalhoso você ter que ir
Matilde foi forçada por Fabio a entrar no carro e então, ele trancou a porta.Matilde tentou abrir, bateu na janela várias vezes até que, quando Fabio deu partida no carro, ela viu Domingos através da janela, entrando no hospital com o café da manhã que tinha acabado de comprar.Fabio, um homem astuto, percebeu o olhar de Matilde e seguiu sua direção, avistando Domingos não muito distante.- Eu pensei que o homem com quem você iria casar fosse excepcional, mas vejo que ele não é grande coisa. - Disse Fabio, com desprezo. Matilde o encarou furiosamente e o deu um tapa.- Com quem eu me caso não é da sua conta! - Retrucou Matilde. Fabio segurou seu delicado pulso e com sua outra mão grande tocou a elevação do seu ventre, pressionando Matilde entre o assento do carro e seu peito.- Matilde, você se esqueceu do que me disse uma vez? - Disse Fabio, cerrando os olhos.Matilde o encarou.- O nosso relacionamento do início ao fim foi um engano! Já terminou! - Retrucou Matilde.- Se você me e
Matilde estava presa no quarto de Fabio.- Fabio, isso é quase um sequestro! Acredita que eu chamo a polícia? - Disse Matilde, com o celular na mão em tom de ameaça.Com os olhos fixos em Matilde, o olhar de Fabio era de desprezo. Impaciente, ajustou a gravata em seu pescoço e começou a caminhar em sua direção com passos largos.- Tenta. O que acha que a polícia faria se eu dissesse que você é minha esposa? - Disse Fabio.- Louco! Nós nem casamos! - Respondeu Matilde.- Não seja por isso, trouxe o contrato de casamento. Assina! - Disse Fabio, pegando os dois contratos da mesa da suíte e os jogando na frente dela.Matilde engoliu seco, e o encarou com indignação.- Por que você quer se casar comigo? - Questionou Matilde."Primeiro, ele não me ama. Segundo, ele sabe que estou grávida de outro homem, por que ele ainda insiste em me perseguir?"Fabio a olhou e seus olhos frios de repente suavizaram.- Não quero te perder de novo. - Murmurou Fabio.Após a perda de Luísa, ele levou dez anos
- Fabio! Você não deve exagerar na sua brincadeira! - Disse Matilde, tentando se soltar de Fabio.Matilde lutou várias vezes com esforço, Fabio tinha uma pegada forte, ele apertava o pulso dela tão forte que parecia querer esmagá-lo e não estava disposto a soltar.Fabio lançou um olhar para o celular ao lado que ainda estava tocando, com uma mão segurava Matilde em seus braços e com a outra atendeu a chamada, e a colocou próximo ao ouvido de Matilde, dizendo em voz baixa, para que apenas os dois pudessem ouvir:- Você não queria falar com seu noivo? Agora que a chamada está conectada, por que você não fala? - Disse Fabio.- Você! - Murmurou Matilde, irritada com Fabio.- Matilde, onde você está? Por que não consigo te encontrar? - Perguntou Domingos, ansioso, do outro lado da linha.Matilde não sabia como explicar.- Estou bem, Domingos, hoje não poderei fazer o ultrassom, você pode ir de carro para a escola. - Respondeu Matilde, forçando um tom calmo.- Mas nós já estamos na nossa vez