Lucas segurou a mão de Rita e se aproximou de José, que olhava fixamente para Rita com um olhar incrédulo.Os olhos de José permaneceram fixos no rosto de Rita por um bom tempo.Até que Amanda, ao lado de José, segurou a mão enrugada e disse:- Vovô José, você ainda não respondeu! A Ritinha é bonita ou não?José recuperou a compostura e acariciou a cabeça de Amanda, sorrindo:- Seu pai sempre teve bom gosto.Lucas se adiantou e apresentou:- Tio, esta é a Rita, minha esposa.Rita sorriu docemente para José e cumprimentou:- Olá, tio.José olhou para Rita mais uma vez e disse:- Vamos para dentro conversar. Hoje, vocês podem ficar para almoçar aqui em casa, Clarinha também está aqui.Ao entrar na casa, uma jovem de pijama desceu as escadas. Assim que viu Lucas, ela exclamou animada:- Mano!Em seguida, a garota correu em direção a Lucas e se jogou em seus braços, abraçando-o pelo pescoço e dizendo feliz:- Mano, faz tanto tempo que não te vejo. Papai disse que desta vez que voltou para
José sorriu:- Vocês estão fazendo tanto barulho, não vão nos deixar jogar xadrez?Clara fez uma careta:- Vou preparar frutas e café para vocês!Quando Clara saiu da cozinha com duas xícaras de café, ela viu Rita apoiada levemente no ombro de Lucas, sorrindo docemente para ele. Os dois trocaram algumas palavras e Lucas também sorriu de canto. O fogo dentro de Clara se acendeu quando ela entregou uma xícara de café para Rita, e em um tom estranho e irônico disse:- Cunhada, por favor, toma esse cafezinho!- Obrigada.Rita estava prestes a pegar a xícara quando Clara soltou subitamente, derramou o café fervente nas costas da mão de Rita. A xícara caiu e se quebrou no chão.Rita gritou de dor, e Lucas rapidamente segurou sua mão, verificando:- Está queimada?A pele clara da mão dela rapidamente ficou vermelha. Lucas a envolveu e a levou até a pia para lavar com água fria.Clara se aproximou fingindo preocupação:- Cunhada, você está bem?Lucas a olhou severamente e sua voz ficou fria co
No caminho de volta para a Mansão da Baía Rasa, Rita ainda estava pensando sobre o encontro de José e Inês com sua mãe.- Lucas, você não acha que o tio José e a tia Inês reagiram de forma estranha ao me ver?Rita notou, e Lucas também notou, mas ela estava grávida e não queria pensar demais.- Talvez estejam surpresos, afinal, já se passaram tantos anos e eles encontraram a filha de uma velha amiga. Além disso, a filha dessa amizade se tornou minha esposa.Rita assentiu com a cabeça.- É verdade.Amanda, que estava apoiada no colo de Rita, contava o dinheiro que tinha no envelope vermelho, agindo como uma verdadeira amante do dinheiro. Rita riu e perguntou:- Amanda, você consegue contar tudo?Amanda assentiu e estendeu sua pequena mão, dizendo:- Sim! Eu contei durante todo o caminho. Finalmente terminei de contar, são cinquenta notas, Ritinha, quanto dinheiro são cinquenta notas?- São cinquenta, então são cinco mil.- Com apenas duas notas, posso comprar um grande boneco de pelúcia
Quinta do Paraíso.Luísa estava sentada no sofá, assistindo às notícias. Na TV, transmitiam uma reportagem sobre um acidente de carro na Cidade S. O motorista, que dirigia alcoolizado, foi atingido por um caminhão e lançado ao rio na Autoestrada Estrela Dourada. Ambos morreram.Fabio saiu do escritório e encontrou Luísa concentrada assistindo a essas terríveis notícias. Ele pegou o controle remoto e desligou a TV. Luísa ficou surpresa e olhou para ele, mas Fabio se aproximou, a levantou nos braços e deu um beijo nela.Enquanto a beijava, ele perguntou:- Por que você está assistindo a esse tipo de notícia? Não está com medo?Ela quase morreu no mar naquele ano, e agora Fabio sentia medo só de olhar para rios e lagos. Ela não tinha medo?Luísa parecia perdida em pensamentos, um pouco distraída. Só quando Fabio a colocou na cama macia e abaixou a cabeça para beijá-la apaixonadamente, ele disse com carinho:- Você está distraída mesmo estando comigo?...Ele tirou as roupas que ela estava
Amanda foi buscada na noite anterior por alguém enviado por George e levada de volta para a Mansão dos Souza. A justificativa de George Souza foi que não podia permitir que Amanda atrapalhasse a gestação de Rita.Isso soou como se Rita tivesse concordado, mesmo que a atitude de George em relação a ela ainda fosse um pouco fria.Mas Rita estava confiante de que, no futuro, ela iria se dar muito bem com George.Depois do café da manhã, Lucas precisou ir para a empresa, e Rita o acompanhou até o pátio, como de costume.- Não se contente com um almoço qualquer. Se não quiser fazer, em alguns dias, eu contratarei alguém para te ajudar a preparar o almoço.- Vá logo para o trabalho. No almoço, não vou improvisar.Lucas assentiu e disse:- Eu volto mais cedo, à noite, para conferir.O rosto de Rita ficou vermelho, ela o empurrou em direção ao carro, e Lucas se curvou ligeiramente, apontando para sua própria bochecha com o dedo. Rita se aproximou com o rosto vermelho e o beijou desajeitadament
- Está bonita?Matilde segurou delicadamente a cauda do vestido enquanto saía do provador, e Fabio tinha um brilho nos olhos.O gerente elogiou ao lado:- Sra. Lemes, você está deslumbrante usando este vestido, sua cintura é tão fina.Matilde, por um momento, não estava acostumada a receber tantos elogios, suas orelhas ficaram levemente vermelhas. Ela levantou a mão para ajeitar os fios de cabelo que caíam em seu rosto e engoliu a seco ao olhar para Fabio.Ele a olhava com um olhar profundo e intenso.Matilde corou.Fabio aproximou-se dela, abaixou os olhos e a encarou:- A maneira como você está usando o vestido de noiva, mesmo que eu tenha imaginado inúmeras vezes em minha mente, não se compara a vê-la assim na minha frente, é ainda mais deslumbrante.Esses elogios tão generosos fizeram com que Matilde não ousasse olhar para cima.- Não é tão exagerado como você diz.Fabio sorriu levemente e disse:- Vamos ficar com este, está muito bonito.- Mas... por que comprar um vestido de noiv
- Não... não...Lucas tinha ido trabalhar cedo pela manhã, mas por que ele iria para a Ponte da Liberdade?O dono desse carro acidentado com certeza não era o Lucas... com certeza não.A dona do restaurante a encarava, vendo as lágrimas surgirem em seus olhos, ficou perplexa por um momento, olhou para a televisão e perguntou com cuidado:- Moça, esse acidente no noticiário, não é um parente seu, é?-Não... não é possível...O celular que havia caído no chão começou a tocar novamente.Rita recuperou-se do choque e do medo, pegou o celular do chão e atendeu apressadamente.- Alô, pai, aquilo foi apenas um mal-entendido, não foi?George falou com a voz rouca.- A polícia me contatou para ir até lá, você é esposa do Lucas, acho que tem o direito de saber o que está acontecendo.O coração dela disparou....Rita não sabia como tinha parado na delegacia. Quando chegou lá, desceu do táxi com as pernas trêmulas e o corpo fraco.George estava em pé na entrada da delegacia, apoiado em uma bengal
Sob as sombras amareladas dos postes de luz, a Ponte da Liberdade se difundia em meio a noite escura da cidade. O vento frio, gerado pelas correntes de ar que se sopravam do mar, sibilavam em torno do pescoço de Rita.Ela estava parada na ponte, olhando para o vasto e sereno oceano, perdendo o total controle de suas emoções, Rita gritava para o mar.- Lucas! Lucas! Estou esperando você voltar! Por favor, volte rápido...Sua voz desesperada estava rouca e seca, embargada pelo soluço.O vento cortante do início do inverno parecia lâminas em seu rosto, e mesmo que suas lágrimas saissem quentes de seus olhos marejados, já logo quando caiam, no chão da ponte ou até mesmo algumas em sua pele, ficam elas completamente frias. Com a visão embaçada, e em complete solidão, Rita continuou olhando para o mar.“Lucas... Onde você está afinal?” – indagações passam em sua mente.O motorista, Rui, permanecia ao lado, observando atentamente Rita.O telefone tocou, mostrando que era vinda da Quinta do