Amanda foi buscada na noite anterior por alguém enviado por George e levada de volta para a Mansão dos Souza. A justificativa de George Souza foi que não podia permitir que Amanda atrapalhasse a gestação de Rita.Isso soou como se Rita tivesse concordado, mesmo que a atitude de George em relação a ela ainda fosse um pouco fria.Mas Rita estava confiante de que, no futuro, ela iria se dar muito bem com George.Depois do café da manhã, Lucas precisou ir para a empresa, e Rita o acompanhou até o pátio, como de costume.- Não se contente com um almoço qualquer. Se não quiser fazer, em alguns dias, eu contratarei alguém para te ajudar a preparar o almoço.- Vá logo para o trabalho. No almoço, não vou improvisar.Lucas assentiu e disse:- Eu volto mais cedo, à noite, para conferir.O rosto de Rita ficou vermelho, ela o empurrou em direção ao carro, e Lucas se curvou ligeiramente, apontando para sua própria bochecha com o dedo. Rita se aproximou com o rosto vermelho e o beijou desajeitadament
- Está bonita?Matilde segurou delicadamente a cauda do vestido enquanto saía do provador, e Fabio tinha um brilho nos olhos.O gerente elogiou ao lado:- Sra. Lemes, você está deslumbrante usando este vestido, sua cintura é tão fina.Matilde, por um momento, não estava acostumada a receber tantos elogios, suas orelhas ficaram levemente vermelhas. Ela levantou a mão para ajeitar os fios de cabelo que caíam em seu rosto e engoliu a seco ao olhar para Fabio.Ele a olhava com um olhar profundo e intenso.Matilde corou.Fabio aproximou-se dela, abaixou os olhos e a encarou:- A maneira como você está usando o vestido de noiva, mesmo que eu tenha imaginado inúmeras vezes em minha mente, não se compara a vê-la assim na minha frente, é ainda mais deslumbrante.Esses elogios tão generosos fizeram com que Matilde não ousasse olhar para cima.- Não é tão exagerado como você diz.Fabio sorriu levemente e disse:- Vamos ficar com este, está muito bonito.- Mas... por que comprar um vestido de noiv
- Não... não...Lucas tinha ido trabalhar cedo pela manhã, mas por que ele iria para a Ponte da Liberdade?O dono desse carro acidentado com certeza não era o Lucas... com certeza não.A dona do restaurante a encarava, vendo as lágrimas surgirem em seus olhos, ficou perplexa por um momento, olhou para a televisão e perguntou com cuidado:- Moça, esse acidente no noticiário, não é um parente seu, é?-Não... não é possível...O celular que havia caído no chão começou a tocar novamente.Rita recuperou-se do choque e do medo, pegou o celular do chão e atendeu apressadamente.- Alô, pai, aquilo foi apenas um mal-entendido, não foi?George falou com a voz rouca.- A polícia me contatou para ir até lá, você é esposa do Lucas, acho que tem o direito de saber o que está acontecendo.O coração dela disparou....Rita não sabia como tinha parado na delegacia. Quando chegou lá, desceu do táxi com as pernas trêmulas e o corpo fraco.George estava em pé na entrada da delegacia, apoiado em uma bengal
Sob as sombras amareladas dos postes de luz, a Ponte da Liberdade se difundia em meio a noite escura da cidade. O vento frio, gerado pelas correntes de ar que se sopravam do mar, sibilavam em torno do pescoço de Rita.Ela estava parada na ponte, olhando para o vasto e sereno oceano, perdendo o total controle de suas emoções, Rita gritava para o mar.- Lucas! Lucas! Estou esperando você voltar! Por favor, volte rápido...Sua voz desesperada estava rouca e seca, embargada pelo soluço.O vento cortante do início do inverno parecia lâminas em seu rosto, e mesmo que suas lágrimas saissem quentes de seus olhos marejados, já logo quando caiam, no chão da ponte ou até mesmo algumas em sua pele, ficam elas completamente frias. Com a visão embaçada, e em complete solidão, Rita continuou olhando para o mar.“Lucas... Onde você está afinal?” – indagações passam em sua mente.O motorista, Rui, permanecia ao lado, observando atentamente Rita.O telefone tocou, mostrando que era vinda da Quinta do
Rita, assustada, despertou no meio da noite.Ao acordar, estava coberta de um suor frio.Ela sonhara com Lucas lutando inquieto para sair do fundo d mar gelado, chamando-a pelo nome. Ela queria salvá-lo, mas seu corpo parecia preso no lugar, incapaz de se mover.Ao seu lado, Amanda dormia profundamente.Rita olhou para o rosto adorável da menina dormindo e, respirando fundo, muito por se sentir impotente e perdida, cobriu o seu próprio com as mãos.“Se Lucas realmente... como ela poderia contar a Amanda sobre isso?” – passou em sua cabeça.Rita não conseguiria fazer isso, não podia dizer algo tão cruel. As palavras simplesmente não sairiam de sua boca.Lá fora, a luz da lua brilhava intensamente, com tons de frieza e solidão.Rita se levantou, pegou o casaco grande de Lucas e o colocou sobre os ombros. Ficou de pé junto à janela, observando a lua.Aquele casaco parecia ainda guardar o calor e o cheiro de Lucas. Rita segurou a manga do casaco e o cheirou profundamente, sentindo suas lág
Fábio deu remédio para Matilde e continuou trocando a toalha fria em sua testa.Ao ver isso, Lílian rapidamente disse:- Senhor, deixe-me cuidar da Srta.Brito. Fábio não mostrou nenhum sinal de que iria sair e continuou olhando para o rosto de Matilde.- Não precisa, você pode sair. – disse Fábio.- Está bem, se precisar de algo, é só me chamar. – respondeu Lilian. Lílian então saiu e fechou a porta do quarto.Sempre foi raro, mas finalmente, Fábio encontrou uma garota que gostava.Ele não sabia quanto tempo tinha passado, mas o remédio para baixar a febre finalmente começou a fazer efeito, fazendo assim Matilde suar na testa.- Estou com calor... Matilde, que estava inconsciente, instintivamente estendeu a mão para afastar o cobertor.Fábio segurou sua mão inquieta e disse carinhosamente: - Aguente um pouco, suar um pouco vai lhe fazer bem. Pouco depois, Matilde já estava molhada de suor.Fábio não ousava levá-la para tomar banho, pois temia que Matilde pudesse pegar um resfriad
Rita fixou-se no bolo caído no chão, seus olhos, com uma expressão vazia, estavam piscando sem parar.Nancy viu que ela não reagia e despejou todas as refeições que preparou no lixo.- Rita! Eu vou te dizer! O Lucas não pode comer essas coisas! Você só traz desgraça! Desde que entrou na Família Souza, o Lucas sempre está em apuros! Rita permanecia sentada, silenciosa de uma forma estranha.Nancy a encarava intensamente.- Por que parou de falar? Está admitindo que está errada? O barulho na sala atraiu o George.- O que vocês estão discutindo? Nancy ficou um pouco surpresa. - Pai... - A Amanda e o Mateus estão desenhando no quarto. Vocês estão fazendo tanto barulho, querem que as crianças venham aqui? Já estou preocupado com várias coisas esses dias, vocês não podem minimamente se dar bem? Nancy não podia perder a face e mordeu o lábio inferior. - Pai, desculpe, eu só... Eu só acho que o Lucas não merecia partir assim. - Nancy, eu sei que você não gosta da Rita, mas ela é a espo
Ao chegar ao hospital, Rita foi logo conduzida para dentro do quarto.Amélia, ansiosamente, segurou a manga do jaleco branco de Tiago, o médico, e disse: - Mestre, você deve garantir que o filho de Rita estará proteido! Tiago olhou para a pequena mão de Amélia e respondeu friamente: - Escondeu-se de mim por tantos dias, mas agora está disposta a me ver? A mão de Amélia se soltou inconscientemente, e ao soltar o último botão do jaleco branco de Tiago, ele a segurou firmemente. Com a outra mão, ele afagou sua cabeça e disse em voz baixa: - Não se preocupe, não haverá problemas. Vou verificar a situação. Você fique aqui tranquila. - Certo. Observando a figura elegante e distinta de Tiago, Amélia sentiu-se aliviada por um momento.Com Tiago aqui, tanto Rita quanto o bebê estariam seguros!Amélia olhou para Nancy, que estava sentada ao lado, e franziu a testa:- Srta.Nancy, você é a cunhada de Rita. Por que empurrou ela? Você não sabia que Rita estava grávida? E se algo acontecesse