No caminho de volta para a Mansão da Baía Rasa, Rita ainda estava pensando sobre o encontro de José e Inês com sua mãe.- Lucas, você não acha que o tio José e a tia Inês reagiram de forma estranha ao me ver?Rita notou, e Lucas também notou, mas ela estava grávida e não queria pensar demais.- Talvez estejam surpresos, afinal, já se passaram tantos anos e eles encontraram a filha de uma velha amiga. Além disso, a filha dessa amizade se tornou minha esposa.Rita assentiu com a cabeça.- É verdade.Amanda, que estava apoiada no colo de Rita, contava o dinheiro que tinha no envelope vermelho, agindo como uma verdadeira amante do dinheiro. Rita riu e perguntou:- Amanda, você consegue contar tudo?Amanda assentiu e estendeu sua pequena mão, dizendo:- Sim! Eu contei durante todo o caminho. Finalmente terminei de contar, são cinquenta notas, Ritinha, quanto dinheiro são cinquenta notas?- São cinquenta, então são cinco mil.- Com apenas duas notas, posso comprar um grande boneco de pelúcia
Quinta do Paraíso.Luísa estava sentada no sofá, assistindo às notícias. Na TV, transmitiam uma reportagem sobre um acidente de carro na Cidade S. O motorista, que dirigia alcoolizado, foi atingido por um caminhão e lançado ao rio na Autoestrada Estrela Dourada. Ambos morreram.Fabio saiu do escritório e encontrou Luísa concentrada assistindo a essas terríveis notícias. Ele pegou o controle remoto e desligou a TV. Luísa ficou surpresa e olhou para ele, mas Fabio se aproximou, a levantou nos braços e deu um beijo nela.Enquanto a beijava, ele perguntou:- Por que você está assistindo a esse tipo de notícia? Não está com medo?Ela quase morreu no mar naquele ano, e agora Fabio sentia medo só de olhar para rios e lagos. Ela não tinha medo?Luísa parecia perdida em pensamentos, um pouco distraída. Só quando Fabio a colocou na cama macia e abaixou a cabeça para beijá-la apaixonadamente, ele disse com carinho:- Você está distraída mesmo estando comigo?...Ele tirou as roupas que ela estava
Amanda foi buscada na noite anterior por alguém enviado por George e levada de volta para a Mansão dos Souza. A justificativa de George Souza foi que não podia permitir que Amanda atrapalhasse a gestação de Rita.Isso soou como se Rita tivesse concordado, mesmo que a atitude de George em relação a ela ainda fosse um pouco fria.Mas Rita estava confiante de que, no futuro, ela iria se dar muito bem com George.Depois do café da manhã, Lucas precisou ir para a empresa, e Rita o acompanhou até o pátio, como de costume.- Não se contente com um almoço qualquer. Se não quiser fazer, em alguns dias, eu contratarei alguém para te ajudar a preparar o almoço.- Vá logo para o trabalho. No almoço, não vou improvisar.Lucas assentiu e disse:- Eu volto mais cedo, à noite, para conferir.O rosto de Rita ficou vermelho, ela o empurrou em direção ao carro, e Lucas se curvou ligeiramente, apontando para sua própria bochecha com o dedo. Rita se aproximou com o rosto vermelho e o beijou desajeitadament
- Está bonita?Matilde segurou delicadamente a cauda do vestido enquanto saía do provador, e Fabio tinha um brilho nos olhos.O gerente elogiou ao lado:- Sra. Lemes, você está deslumbrante usando este vestido, sua cintura é tão fina.Matilde, por um momento, não estava acostumada a receber tantos elogios, suas orelhas ficaram levemente vermelhas. Ela levantou a mão para ajeitar os fios de cabelo que caíam em seu rosto e engoliu a seco ao olhar para Fabio.Ele a olhava com um olhar profundo e intenso.Matilde corou.Fabio aproximou-se dela, abaixou os olhos e a encarou:- A maneira como você está usando o vestido de noiva, mesmo que eu tenha imaginado inúmeras vezes em minha mente, não se compara a vê-la assim na minha frente, é ainda mais deslumbrante.Esses elogios tão generosos fizeram com que Matilde não ousasse olhar para cima.- Não é tão exagerado como você diz.Fabio sorriu levemente e disse:- Vamos ficar com este, está muito bonito.- Mas... por que comprar um vestido de noiv
- Não... não...Lucas tinha ido trabalhar cedo pela manhã, mas por que ele iria para a Ponte da Liberdade?O dono desse carro acidentado com certeza não era o Lucas... com certeza não.A dona do restaurante a encarava, vendo as lágrimas surgirem em seus olhos, ficou perplexa por um momento, olhou para a televisão e perguntou com cuidado:- Moça, esse acidente no noticiário, não é um parente seu, é?-Não... não é possível...O celular que havia caído no chão começou a tocar novamente.Rita recuperou-se do choque e do medo, pegou o celular do chão e atendeu apressadamente.- Alô, pai, aquilo foi apenas um mal-entendido, não foi?George falou com a voz rouca.- A polícia me contatou para ir até lá, você é esposa do Lucas, acho que tem o direito de saber o que está acontecendo.O coração dela disparou....Rita não sabia como tinha parado na delegacia. Quando chegou lá, desceu do táxi com as pernas trêmulas e o corpo fraco.George estava em pé na entrada da delegacia, apoiado em uma bengal
Sob as sombras amareladas dos postes de luz, a Ponte da Liberdade se difundia em meio a noite escura da cidade. O vento frio, gerado pelas correntes de ar que se sopravam do mar, sibilavam em torno do pescoço de Rita.Ela estava parada na ponte, olhando para o vasto e sereno oceano, perdendo o total controle de suas emoções, Rita gritava para o mar.- Lucas! Lucas! Estou esperando você voltar! Por favor, volte rápido...Sua voz desesperada estava rouca e seca, embargada pelo soluço.O vento cortante do início do inverno parecia lâminas em seu rosto, e mesmo que suas lágrimas saissem quentes de seus olhos marejados, já logo quando caiam, no chão da ponte ou até mesmo algumas em sua pele, ficam elas completamente frias. Com a visão embaçada, e em complete solidão, Rita continuou olhando para o mar.“Lucas... Onde você está afinal?” – indagações passam em sua mente.O motorista, Rui, permanecia ao lado, observando atentamente Rita.O telefone tocou, mostrando que era vinda da Quinta do
Rita, assustada, despertou no meio da noite.Ao acordar, estava coberta de um suor frio.Ela sonhara com Lucas lutando inquieto para sair do fundo d mar gelado, chamando-a pelo nome. Ela queria salvá-lo, mas seu corpo parecia preso no lugar, incapaz de se mover.Ao seu lado, Amanda dormia profundamente.Rita olhou para o rosto adorável da menina dormindo e, respirando fundo, muito por se sentir impotente e perdida, cobriu o seu próprio com as mãos.“Se Lucas realmente... como ela poderia contar a Amanda sobre isso?” – passou em sua cabeça.Rita não conseguiria fazer isso, não podia dizer algo tão cruel. As palavras simplesmente não sairiam de sua boca.Lá fora, a luz da lua brilhava intensamente, com tons de frieza e solidão.Rita se levantou, pegou o casaco grande de Lucas e o colocou sobre os ombros. Ficou de pé junto à janela, observando a lua.Aquele casaco parecia ainda guardar o calor e o cheiro de Lucas. Rita segurou a manga do casaco e o cheirou profundamente, sentindo suas lág
Fábio deu remédio para Matilde e continuou trocando a toalha fria em sua testa.Ao ver isso, Lílian rapidamente disse:- Senhor, deixe-me cuidar da Srta.Brito. Fábio não mostrou nenhum sinal de que iria sair e continuou olhando para o rosto de Matilde.- Não precisa, você pode sair. – disse Fábio.- Está bem, se precisar de algo, é só me chamar. – respondeu Lilian. Lílian então saiu e fechou a porta do quarto.Sempre foi raro, mas finalmente, Fábio encontrou uma garota que gostava.Ele não sabia quanto tempo tinha passado, mas o remédio para baixar a febre finalmente começou a fazer efeito, fazendo assim Matilde suar na testa.- Estou com calor... Matilde, que estava inconsciente, instintivamente estendeu a mão para afastar o cobertor.Fábio segurou sua mão inquieta e disse carinhosamente: - Aguente um pouco, suar um pouco vai lhe fazer bem. Pouco depois, Matilde já estava molhada de suor.Fábio não ousava levá-la para tomar banho, pois temia que Matilde pudesse pegar um resfriad