Além disso, Jaque realmente jogou água no rosto de Ângela. Fique tranquilo, era apenas água morna, mas para você até água morna deve ser dolorosa. A voz de Nádia estava cheia de ironia.— Mãe, não me force! — O olhar de Roberto estava cada vez mais sombrio.— Estou forçando você? Eu só estou dizendo a verdade, mas você não aceita a verdade. Você ouviu a explicação da Jaque sobre por que ela jogou água? Você não ouve nada, só escuta a Ângela.Ângela começou a chorar na cama:— Tia, eu sei que a culpa é minha, não importa se você me culpa, mas, por favor, não seja dura com o Roberto, está bem? Se você tem algo contra mim, venha direto a mim.— Cale a boca, eu falei com você? — Nádia disse furiosamente. — Quando é sua vez de responder, você não responde, mas para interromper, você é bem ativa. Não pense que eu não sei que você está tentando causar discórdia!— Chega! — Roberto agarrou o braço de Nádia e a puxou para fora do quarto.Jaqueline estava do lado de fora do quarto e, ao ver Rob
Roberto ainda permanece no hospital ao lado de Ângela.Ângela chora inconsolável, e Roberto não a interrompe, ao invés disso, se senta pensativo ao lado da cama, mergulhado em reflexões.Quando Ângela finalmente cessa o choro, percebendo que Roberto não tentou consolá-la, decide que não vale mais a pena continuar chorando.Depois que Ângela cessou o choro, Roberto olhou para ela e perguntou: — Está se sentindo melhor agora?Com tristeza, Ângela responde:— Roberto, me desculpe, fui eu quem causou a discussão entre vocês.Roberto explica:— Você almoçou com minha mãe, e foi ela quem te convidou. Jaque provavelmente não estava ciente, pois também foi convidada individualmente pela minha mãe. Deve ter havido um mal-entendido.Ângela sente um calafrio no coração."Roberto está defendendo Jaqueline? Ele não acredita que elas possam ter se unido contra mim?"— Eu...Ângela, ocultando as mãos sob os cobertores, as aperta em punhos.Agora que esse homem tinha expressado sua opinião, ela defin
— Qual é o problema?— Se eu não tivesse nada, você ainda estaria comigo?Ângela olhou para ele, confusa:— Roberto, por que você está perguntando isso?— Responda a minha pergunta primeiro.— Você não confia em mim, o que você acha que eu sou? — Ângela ficou um pouco irritada. — Acha que estou com você por causa da sua posição? Como pode me ver dessa forma?As palavras de Ângela, assumindo uma postura moral elevada, conseguiram fazer com que Roberto se sentisse culpado.— Ângela, não foi isso que eu quis dizer, mas você sabe, minha família aprecia muito a Jaque. Se eu simplesmente me divorciar dela, posso perder tudo.Ângela se surpreendeu:— Você quer dizer que não quer nenhum dos seus bens?Ela havia ouvido Nádia mencionar isso ao meio-dia e pensou que fosse apenas conversa fiada. Como a família Santana poderia deixá-lo sem nada? Afinal, ele é o único neto dos Santana. Mas agora, ouvindo isso da boca dele, ela se assustou.— Pode chegar um dia. — Roberto disse. — A avó gosta muito d
Nádia dirigiu Jaqueline de volta para casa. Ao descer do carro, Jaqueline disse:— Mãe, por que você não fica aqui esta noite?— Não é necessário, estou acostumada a viver sozinha. Vá para casa e descanse bem. — Recusou Nádia.Jaqueline tossiu algumas vezes. Nádia já tinha percebido a tosse dela durante a viagem e aconselhou:— Quando chegar em casa, beba bastante água quente. Parece que você pegou um resfriado, tente não tomar remédios e descanse bastante.Jaqueline assentiu:— Está bem, eu entendo. Tenha cuidado no caminho.Jaqueline não insistiu para que ela ficasse, pois parecia que Nádia realmente não queria ficar.Depois que Jaqueline entrou no hall, ela ajustou o casaco sobre o corpo, já era tarde e estava um pouco frio.O mordomo a cumprimentou:— Sra. Santana, você voltou.— Mordomo, por que você ainda está acordado?— Vi um carro entrando e pensei que poderia ser você ou o Sr. Roberto.Jaqueline forçou um sorriso:— Ele não vai voltar. Você pode ir dormir.Apertando os punh
— Você ainda está brava comigo? — Ao ver o rosto da mulher cheio de ressentimento, ele percebeu que ela provavelmente o detestava profundamente.— Como eu poderia ter coragem de ficar com raiva de você? Vá ficar com a Ângela, assim não precisa ver uma mulher tão maldosa como eu e se decepcionar!Dizer que ela não estava brava seria mentir, seu coração estava repleto de rancor contra ele.Ao ouvir a palavra "maldosa", o homem sentiu uma dor súbita no coração; ela havia escutado todas as suas palavras de raiva.Justamente quando Roberto não sabia o que dizer, Jaqueline começou a tossir novamente.Roberto rapidamente a puxou para perto, batendo levemente em suas costas, com uma voz suave:— Que tal medirmos sua temperatura? Seja boa.— Me solte. — Jaqueline resistiu contra seu peito, tentando empurrá-lo.Mas ele a segurou firmemente, não permitindo que ela se movesse.— Vamos medir sua temperatura, e então eu te solto, caso contrário, continuarei te abraçando assim.Ele poderia ficar abra
Ela mantinha o termômetro na boca, aparentando exaustão, mas havia um lampejo de irritação em sua expressão que a tornava um tanto adorável e também despertava compaixão.À medida que o tempo passava, Roberto retirava o termômetro de sua boca e observava a temperatura, trinta e oito graus.Era uma febre moderada.Contudo, ao ver esse número, Roberto franzia a testa, preocupado:— Vou te levar ao hospital para te hidratar.— Não, eu não quero ir ao hospital. — Jaqueline se mostrava bastante resistente à ideia.— Mas você está febril, precisa de cuidados...— Roberto, por que insiste em me levar ao hospital? Você me traumatizou com isso, lembra? Foi você que me trouxe ao hospital e por isso estou assim, o que mais você quer?Jaqueline falava isso propositalmente, ela tinha um grande receio de ir ao hospital, preocupada que exames pudessem revelar sua gravidez.Roberto pausava, então respondia:— Você não precisa ir ao hospital, posso chamar um médico para vir aqui e te aplicar soro.— O
Ele passou a noite em claro, ficando ao lado dela, atento a qualquer movimento para verificar se ela estava desconfortável ou precisava de água. Somente ao amanhecer, Roberto levantou a mão para verificar a temperatura da testa de Jaqueline. Ao perceber que a febre havia passado, ele finalmente respirou aliviado. Roberto estava exausto. Se sentou na cama, esfregou o nariz com os dedos e caminhou sonolento em direção ao banheiro, acidentalmente chutando a lixeira no caminho. Ele se assustou, preocupado em acordar Jaqueline, mas, por sorte, ela continuava dormindo profundamente. Ao se agachar para recolocar a lixeira no lugar, notou duas pílulas dentro dela. Ele estava com uma expressão de confusão."A Jaque não disse que tomou o remédio? Mas por que está no lixo? Por que ela mentiria para mim? São só duas cápsulas, por que ela não as tomou? Ela não é de evitar remédios." Uma inquietação cresceu dentro dele. Se virou e olhou intensamente para a mulher adormecida na cama.
Jaqueline desejava nunca ter feito aquela ligação, ela até conseguia imaginar aquela cena. Ela não conseguia suportar, então simplesmente desligou o telefone. Com força, jogou o celular de lado e caiu chorando na cama.— Roberto, seu canalha, canalha!Pensar no que Roberto estava fazendo no banheiro com Ângela, talvez esfregando o corpo dela, ou talvez eles dois tomando banho juntos, quase a partia como um raio. Ainda assim, havia espaço para ela sentir dor. Ela pensou que bastava não olhar, não pensar, mas acabou ouvindo e não conseguia controlar seus pensamentos. Até respirar era doloroso, sentindo uma opressão no peito. Por causa do bebê em seu ventre, ela tinha que se esforçar para respirar fundo.O almoço foi rapidamente preparado, e Jaqueline foi até a sala de jantar para comer. Ela não tinha apetite, mas por causa do bebê, se forçou a comer, empurrando a comida goela abaixo com dificuldade. Seu estômago revirava, especialmente ao pensar no que Roberto e Ângela faziam no ba