— Você é tolo? Eu te dei a senha, você poderia ter entrado e me esperado lá dentro. Por que ficou esperando aqui embaixo?George sorriu suavemente:— Você não estava em casa, e eu não me sentiria à vontade ficando lá sem você. Afinal, é a sua casa.Ele demonstrava um grande senso de limite.Jaqueline, sem opções, disse:— Seu tolo. Se lembre, minha casa é sua casa também. Você pode entrar. Não faça isso novamente. E se fosse inverno? E se estivesse nevando? Você ficaria aqui fora esperando?George assentiu:— Tudo bem, entendi.Ele parecia realmente um pouco tolo, mas, estranhamente, sua aparência extremamente atraente fazia dele um tolo charmoso, o que de alguma forma o tornava irresistivelmente encantador.Jaqueline suspirou resignada. "Por que alguns homens são tão canalhas, enquanto outros são tão bondosos?"— O que aconteceu aqui? — Jaqueline levantou a mão e tocou delicadamente os lábios dele, notando que estavam secos e rachados, até mesmo sangrando um pouco.Esse gesto simples
Foi o próprio Reginaldo quem lhe disse, que mesmo que George deixasse a Mansão dos Cardoso, faria com que sua vida se tornasse insuportável, impedindo o filho até mesmo de deixar o país.George, com uma expressão confusa, perguntou:— Jaqueline, ele falou algo com você?Jaqueline assentiu:— Sim, ele ainda deseja que eu te convença a se casar, mas agora eu também não sei o que fazer. Se você se casar, vai casar com uma mulher que não ama, mas se não se casar, ele vai destruir sua vida.De qualquer forma, George não seria feliz.— Eu já fiz minha escolha. — Disse George, com determinação. — Não vou me casar, mesmo que perca tudo. Passei a vida sendo manipulado e não quero mais viver assim.Jaqueline mal conseguia imaginar como George se sentia, caindo do céu ao inferno."O pai dele tem um forte desejo de controle e certamente pode fazer algo que complique a vida de George. Se por acaso George não conseguir lidar com a situação e algo ruim acontecer?"— Ah, é verdade. — Jaqueline de repe
— Tudo bem, eu prometo, agora fala.Jaqueline estava cada vez mais curiosa.George pensou um pouco e começou:— Lembra que meu pai achava que nós éramos namorados? Se...— George! — Jaqueline subitamente gritou seu nome, o interrompendo. Ela já tinha compreendido completamente o que George queria dizer. — Você não vai me pedir em casamento, vai?Ele ainda não tinha terminado de falar, mas com a grande reação de Jaqueline, as palavras seguintes foram engolidas.— Você prometeu que não ficaria brava comigo, vamos fingir que você não ouviu.George olhava para ela com um olhar de compaixão.Jaqueline olhou para aqueles olhos cheios de mágoa de George e imediatamente amoleceu um pouco.— George, eu não estou brava, mas como você pôde pensar em algo tão radical? Somos amigos.— Eu sei, eu tinha pensado que nós dois poderíamos ter um casamento falso, mas eu senti que você não concordaria, então eu estava hesitante. Eu sei que não deveria ter mencionado isso, desculpe, não devia ter pensado ne
— O quê? — Exclamou Jaqueline, surpresa. — O que aconteceu? George baixou o olhar, seus olhos estavam inundados de desolação, e contou a Jaqueline um evento da sua infância. Após ouvir a história de George, Jaqueline mergulhou em silêncio, seu olhar estava intensamente sério enquanto se fixava nele. "Por que o pai dele insiste em ser tão cruel?" — Então, você entendeu? — Perguntou George, revelando um leve cansaço nos olhos. — Não quero resistir mais, tenho medo que ele te machuque. Ele é capaz de qualquer coisa. Por isso, mudei de ideia e decidi me casar. Já disse tudo, estou indo. George se virou para sair. Jaqueline rapidamente se levantou e agarrou a manga de sua camisa: — George, você está aceitando os planos do seu pai por minha causa? George se virou, oferecendo a ela um sorriso gentil: — Jaqueline, não fique com peso na consciência, este é o meu destino, apenas estou me entregando a ele. Eu sei que você vai partir, então você precisa ir para longe. Talvez seja
"Isso é do que Reginaldo se orgulha, um casamento de conveniência? Um casal só pode durar se for por interesse, mas que significado tem essa duração? Até seus próprios filhos são tratados dessa maneira. Se a humanidade continuar a se reproduzir dessa forma, quem sabe o que se tornará da natureza humana."— Jaqueline, o que houve? Por que você está em silêncio? — Isabelly notou que Jaqueline estava distraída.Se recuperando, Jaqueline disse:— Eu simplesmente não sei o que dizer. Estou muito preocupada com seu irmão, ele mencionou que aceitou se casar.— Sim, a mulher com quem ele vai se casar é praticamente uma estranha para ele, alguém que ele viu uma ou duas vezes quando era criança.— Você sabe algo sobre essa garota? — Perguntou Jaqueline.— Ouvi alguns boatos.— Que boatos? — Insistiu Jaqueline.— Assim. — Disse Isabelly. — Eu sei onde ela estará esta noite, que tal eu te levar para vê-la com seus próprios olhos? Afinal, só vendo para crê.— Nós duas vamos vê-la? — Hesitou Jaqueli
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde
— Eu não quis dizer isso. — Jaqueline estava um pouco irritada.Se ela tivesse essa intenção, como poderia ter deixado ele se aproximar na noite passada, estando grávida?Roberto não disse mais nada, carregou ela de volta para o quarto e a colocou na cama, cada movimento era suave e atencioso.Jaqueline quase levou toda a sua força para conter as lágrimas.Ele arrumou as roupas dela e sua mão grande acidentalmente tocou sua barriga.O coração de Jaqueline deu um salto e ela rapidamente empurrou a mão dele.Mesmo com sua barriga ainda plana, ela se sentia instintivamente culpada, preocupada que ele descobrisse algo.Roberto fez uma pausa.— O que houve?Estava para se divorciar, então agora não o deixava tocar ela?— Nada, apenas não dormi bem, minha cabeça está um pouco confusa. — Ela inventou uma desculpa.— Vou chamar um médico para vir aqui, você não está com uma boa aparência. — Ele disse e colocou a mão na testa dela, a temperatura estava normal, mas ele sentia que algo estava err