George olhava fixamente para a mulher à sua frente, sentindo de repente uma onda de ternura em seu coração.Naquela manhã, ele ainda estava um pouco irritado com ela, e até havia descontado suas emoções pessoais nos subordinados.Mas agora, ele percebia que a irritação havia desaparecido. Nem mesmo o problema com o projeto o incomodava mais.Ao contrário, se sentia satisfeito.Essa satisfação em seu coração era hierárquica. Cada nível era como um saco vazio, aguardando ser preenchido antes de passar ao próximo.O segundo nível era um saco maior. Ele sentia que o primeiro saco já estava cheio, e ele havia avançado para o segundo estágio.Ele não tinha muitas exigências para Jaqueline, as expectativas que ele havia definido inicialmente eram baixas, mesmo que ela apenas sorrisse para ele ou lhe falasse suavemente, já era suficiente.Ao saber que Jaqueline estava tão preocupada com ele naquele dia, o primeiro saco vazio foi rapidamente preenchido.O segundo saco estava aberto, ainda vazio
Mais uma vez, aquele olhar dele naquele instante...— George. — O olhar de Jaqueline era diretamente voltado para ele. — Somos bons amigos, você me ajudou quando eu estava triste, estou apenas retribuindo a gentileza, não há outro significado, por favor, não pense além.George sentiu como se um balde de água fria tivesse sido derramado sobre sua cabeça.Ele não tinha certeza se Jaqueline estava deliberadamente o lembrando para não pensar demais ou se realmente não havia outro significado em suas palavras.Mas a intenção de Jaqueline era clara, era para que ele não pensasse demais, que eles eram apenas amigos, que ela se preocupava apenas como uma amiga."Somente... Apenas amigos..."A mente de George estava emaranhada como um novelo de lã.Era como se uma lâmina afiada cortasse seus nervos, repetidamente.Ele sabia que eram apenas amigos, sempre soube, por isso era tão cauteloso, mas o tom sério de Jaqueline fez com que se sentisse como se tivesse caído num abismo.Jaqueline estava inq
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde
— Eu não quis dizer isso. — Jaqueline estava um pouco irritada.Se ela tivesse essa intenção, como poderia ter deixado ele se aproximar na noite passada, estando grávida?Roberto não disse mais nada, carregou ela de volta para o quarto e a colocou na cama, cada movimento era suave e atencioso.Jaqueline quase levou toda a sua força para conter as lágrimas.Ele arrumou as roupas dela e sua mão grande acidentalmente tocou sua barriga.O coração de Jaqueline deu um salto e ela rapidamente empurrou a mão dele.Mesmo com sua barriga ainda plana, ela se sentia instintivamente culpada, preocupada que ele descobrisse algo.Roberto fez uma pausa.— O que houve?Estava para se divorciar, então agora não o deixava tocar ela?— Nada, apenas não dormi bem, minha cabeça está um pouco confusa. — Ela inventou uma desculpa.— Vou chamar um médico para vir aqui, você não está com uma boa aparência. — Ele disse e colocou a mão na testa dela, a temperatura estava normal, mas ele sentia que algo estava err
— Eu ainda te vejo como um primo, assim como você me vê como uma prima.A garganta de Jaqueline estava ficando cada vez mais dolorida, a ponto de quase não conseguir emitir mais um som, caso contrário, ela se revelaria, levantaria o cobertor e correria para os braços dele, chorando e dizendo “Eu nunca te vi como um primo, te amo!”.Ela se conteve para não fazer algo tão humilhante, já que ele tinha outra mulher em seu coração, por que ela deveria se rebaixar para manter ele?— Assim está bom. — Roberto esboçou um leve sorriso. — Você pode encontrar um homem que você realmente ame.O coração dolorido de Jaqueline foi cortado mais uma vez.Ela sorriu e disse:— Sim, está bom.Então ele poderia ficar com seu amor livremente.— Jaque. — Ele a chamou de repente.— Sim? — Ela respondeu com dificuldade.— Eu... — Ele de repente parou.Ela ficou em silêncio e esperou.— Eu vou embora agora, descanse bem.Roberto se virou e saiu.Jaqueline se encolheu debaixo do cobertor e começou a chorar.Ela
Osvaldo se endireitou e disse:— O acordo tem erros de digitação, preciso levá-lo de volta para corrigir, desculpe.Jaqueline ficou sem palavras.Erros de digitação?Ela pensou que havia alguma reviravolta.Haha, ela ainda estava se iludindo com uma esperança tola.Depois que Osvaldo saiu, Jaqueline voltou para o quarto. Ela não sabia como tinha passado o dia, mas almoçou e jantou direitinho.Talvez por causa da tristeza extrema, ou por ter comido demais, ela, que nunca tinha tido náuseas intensas, vomitou violentamente a noite toda.Enquanto vomitava, ela chorava. No final, se encolheu no chão, tremendo enquanto abraçava a barriga.Já passava das onze. Antes, se ele estivesse fora depois das dez, sempre ligava para avisar onde estava.Agora não precisava mais.De repente, o toque do celular ecoou.Jaqueline aguçou os ouvidos, o som do toque ficava cada vez mais claro.Ela se levantou rapidamente do chão e correu do banheiro para pegar o celular na cama.O identificador de chamadas mos
Todos os pensamentos de Jaqueline foram bombardeados, deixando sua mente uma bagunça, completamente vazia.— O que você já...? — Roberto perguntou.Jaqueline fechou os olhos em desespero. Durante o dia, ele a acusou de estar ansiosa para se distanciar dele, dizendo que ainda não estavam divorciados.Mas quem estava ansioso claramente era ele, já querendo ansiosamente ficar com Ângela Neves.— Eu já estou cansada, quero dormir.Toda a coragem foi esmagada pela dura realidade.Ela nunca foi páreo para Ângela, nem mesmo merecia ser sua adversária, porque no coração de Roberto, Ângela era a única.Ela ainda queria reconquistar ele, que ridículo!— Ok, então durma. — A voz de Roberto continuava calma, sem demonstrar emoção.Depois de desligar o celular, Jaqueline se jogou na cama e chorou.“Roberto, eu já estou grávida de dois meses.” Ela disse silenciosamente em seu coração, mas ele nunca saberia....No dia seguinte.Jaqueline acordou grogue, já era meio-dia.Ela se levantou da cama, aind