O olhar de Ângela pousou em George."Um homem atraente. Quem é ele? Roberto o chamou de George, parecendo conhecê-lo. Será que Jaqueline também está envolvida com outro homem e Roberto sabe disso?"Ao ver George vestido como um garçom, Ângela questionou se ele seria um funcionário dali, permitindo que Jaqueline se infiltrasse.Com esse pensamento, Ângela sentiu um prazer especial."Ser atraente não significa nada se não há status ou identidade para acompanhar, Roberto é inigualável nesse sentido. Jaqueline, vinda de um background humilde, só poderia se associar a um garçom de classe baixa."George sentiu uma repulsa física por Ângela, ele franzia a testa e se virava para falar com Jaqueline:— E agora, Jaqueline, o que você vai fazer?— É, Jaqueline, por que você não se divorcia logo?Ângela, sentada na beira da cama segurando a mão de Roberto, exibia um ar de satisfação repulsiva.Jaqueline, por sua vez, riu subitamente."Por que devo chorar e ficar triste? Por que devo ficar tão irri
— Então, por que você está com Ângela? Como tem coragem de me acusar? Não tem vergonha?— Estou com Ângela! — Disse Roberto, enfurecido. — Deixei isso claro antes de nos casarmos. E pedi o divórcio, ao qual você rapidamente concordou. Você também estava ansiosa para nos divorciarmos, então pare de agir como se fosse uma vítima!Jaqueline tremia de raiva. Aquele homem estava completamente fora de si.— Bom, Roberto, você nem quer fingir mais, né? Isso é demais!George puxou Jaqueline para trás dele e confrontou Roberto com raiva:— Ainda é homem? Como pode tratar a Jaque dessa maneira!— Se eu sou homem? — Roberto riu de repente, mas seu sorriso era terrivelmente sinistro. — George, pergunte à Jaque se sou homem. Ela sabe melhor.Jaqueline apertou os punhos, furiosa e envergonhada, ele realmente se atreveu a dizer tais coisas humilhantes sobre ela em público.— Roberto, seu desgraçado! — George, furioso, avançou e agarrou a gola de Roberto, e os dois homens começaram a brigar.— Ah! — Â
George sabia que Jaqueline estava muito emocionada, então decidiu não complicar ainda mais as coisas, se mantendo silencioso atrás dela. Jaqueline se virou para George, segurando seu braço:— Vamos embora, George.Ela realmente não queria mais ficar ali, tinha visto o suficiente e estava exausta. Jaqueline puxou George para sair, mas Roberto deu um passo à frente:— Jaque. — Roberto! — Jaqueline virou a cabeça, lançando a ele um olhar frio. Seus olhos pareciam não ter mais a ternura de antes. — Você e Ângela podem ficar aqui namorando. De agora em diante, nosso casamento é só de nome. Eu não vou interferir na sua vida, e você também não deve interferir na minha. Ela estava profundamente desapontada com aquele homem! Jaqueline puxou George e saiu. Roberto sentiu como se seus pés estivessem presos a dois grandes blocos de pedra, incapazes de se mover, apenas assistindo a figura dela se afastar cada vez mais, como se nunca fosse olhar para trás. — Roberto. — Ângela correu até
Roberto observava silenciosamente a mulher no chão. O olhar sombrio em seus olhos parecia se dissipar com as lágrimas dela, sendo aos poucos substituído por um traço de culpa. "De fato, o que Ângela fez de errado? Eu que disse à Ângela que casaria com ela, até mesmo que me divorciaria de Jaqueline por ela. Agora, como posso repreendê-la por querer dormir comigo? Isso é ridículo." Inicialmente, Roberto estava furioso, querendo culpar Ângela, mas acabou se sentindo desencorajado, sem vontade de dizer mais nada. Ele havia tomado o remédio para dormir e, naturalmente, não poderia ter feito nada enquanto dormia, mas para os outros, parecia outra história. O choro de Ângela se tornava rouco. Ela mal conseguia respirar e caiu de repente no chão, segurando o coração. — Ângela! — Roberto rapidamente se aproximou e a levantou do chão, colocando ela na cama. — Roberto, você não vai me culpar, vai? Eu só queria que você tivesse uma boa noite de sono. Não tinha outras intenções, era só
Jaqueline e George já haviam trocado de roupas e embarcado no helicóptero para retornar.Jaqueline parecia estar em transe, como se tivesse perdido a alma, e não mencionou para onde queria ir. Apenas quando o helicóptero pousou, ela percebeu que George a havia levado a uma mansão, um lugar que ela desconhecia.— Desça. — Disse George, ajudando ela cuidadosamente, temendo que ela caísse.Jaqueline olhou ao redor e perguntou:— Onde estamos?— Notei que você estava muito triste e não especificou para onde queria ir, então decidi trazê-la para cá. Fique tranquila, aqui estamos apenas eu e alguns empregados, mais ninguém.— George, sinto muito por incomodá-lo. Durante o trajeto, ela sentiu como se tivesse perdido a alma, sem pensar em nada.— Não é incômodo algum. Vamos entrar para descansar um pouco, depois, eu te levo para casa.Jaqueline continuou absorta, sem responder, com o olhar vago.George não insistiu, apenas a guiou para dentro da mansão. Depois de se acomodarem na sala de est
— Não é nada, apenas uma camisa. — Ele sorriu levemente, mas ao fazê-lo, puxou inadvertidamente o canto da boca machucado, causando dor. — Você não quer ir ao hospital dar uma olhada? — Ela perguntou, preocupada ao notar que o ferimento no rosto dele parecia um pouco inchado. — Não é sério, apenas um arranhão superficial. Vai sarar em alguns dias.— Isso não está certo, você deveria pelo menos aplicar um remédio. Não pode deixar assim. Tem uma caixa de primeiros socorros em casa? Me deixe cuidar disso para você. George estava prestes a dizer que não era necessário, mas, percebendo que ela estava triste, pensou que se pudesse fazer algo para distraí-la seria benéfico. Então, ele concordou e permitiu que o empregado trouxesse a caixa de medicamentos. Jaqueline abriu a caixa e começou a tratar cuidadosamente o ferimento de George, evitando causar mais dor. Eles estavam muito próximos, suas respirações quase se entrelaçavamo. Enquanto Jaqueline se concentrava puramente na ferida,
— Eu amei a pessoa errada.Ela olhava fixamente para a carteira de identidade em suas mãos e, em seguida, retirou o celular do bolso para conferir as horas. Contudo, percebeu que o aparelho estava descarregado e havia desligado automaticamente.George notou a situação e prontamente ofereceu:— Tenho um carregador aqui, vou carregar para você.Jaqueline acenou com a cabeça em agradecimento:— Obrigada.George pegou o celular dela e o conectou à tomada, deixando-o carregar por um momento.— Que horas são agora? — Jaqueline perguntou.George olhou para o relógio:— Uma da tarde. Por quê? Você tem algum compromisso?— Eu fui muito impulsiva. Disse que não me divorciaria apenas para não deixá-los em paz. Agora me arrependo. É melhor me divorciar logo, para não ter que vê-lo novamente.Naquele momento, ela estava realmente furiosa e falou sem pensar, apenas para perturbá-los. Parecia ser a única maneira de se vingar, mas agora, mais calma, percebeu que essa atitude não apenas os punia, como
No entanto, após uma longa espera, Roberto não apareceu. Ela ligou para ele, que afirmou estar a caminho e que chegaria em breve. Contudo, uma hora se passou, e ele ainda não havia chegado, ultrapassando significativamente o horário combinado. À frente deles, muitas pessoas aguardavam na fila do cartório para se divorciar, caso Roberto não chegasse a tempo, era possível que os funcionários do cartório já tivessem encerrado o expediente.Quando estava quase perto das quatro horas da tarde e Roberto ainda não havia chegado, Jaqueline ficou muito irritada, pois ele não estava sendo proativo em relação ao divórcio.Estava prestes a ligar novamente para ele quando seu telefone tocou, exibindo um número da delegacia. Curiosa, ela atendeu:— Alô? O quê? Como isso é possível? — Exclamou, chocada. — Entendi, obrigada.Ela desligou o telefone.— O que aconteceu? — Perguntou George.Jaqueline estava visivelmente angustiada.— Roberto foi preso por dirigir embriagado. Agora está na delegacia,