— Confiança? — Ele balança a cabeça, o desdém evidente. — O sangue desses Genuínos é podre. Miguel é igual aos pais dele — Lukan rebate, seus olhos brilhando com rancor. — Um egoísta, arrogante que só pensa em si mesmo. Você sabe disso melhor do que ninguém.— Pare. — Sasha murmura, apertando os punhos, mas ele continua.— Não me diga que esqueceu o que ele te fez, Sasha. — Lukan se inclina, a voz baixa, mas cheia de veneno.Lukan dá um passo na direção de Sasha, apontando com o indicador para ela.— Você era apenas uma humana para ele, protegida pelo acordo entre os deuses, e mesmo com a ameaça de toda a nossa espécie ser extinta, ele a tomou como escrava para seu próprio prazer. E mesmo quando descobriu que você era sua companheira destinada, ele te rejeitou friamente, pouco se importando se você morreria no processo. Continuou a fazer da sua vida um inferno, obrigando você a servir a todos.— Já chega! — Sasha grita, sua voz ecoando pela caverna. Seus olhos estão cheios de raiva,
Pedro caminha até Miguel, que anda de um lado para o outro, com passos pesados e claramente impaciente. A tensão no ar é quase tangível, e os passos de Miguel reverberam pela mansão silenciosa e o ar parecia estar muito mais denso.Assim que Miguel o vê, interrompe sua caminhada abruptamente, virando-se para Pedro com olhos afiados e carregados de expectativa.— E aí, ela já conseguiu contatar as irmãs? — Miguel pergunta, a voz carregada de urgência.Pedro balança a cabeça, a expressão cansada, ele suspira enquanto passa aos mãos pelos cabelos.— Ainda não. Aqui é horrível de sinal — ele responde, sem muito ânimo.Miguel bufa alto, os músculos do maxilar tensos.— Ela é uma bruxa! — Miguel se exalta, jogando as mãos para o alto. — Deveria abrir a porra de um portal direto para o território delas!Pedro cruza os braços, encarando Miguel com uma calma forçada.— Quem tem a joia do portal e pode abrir portais é Alys, não Mariana — Ele rebate, encarando Miguel de frente. — E antes que com
A caverna é iluminada apenas pelas chamas tremulas das velas que Mara acendia meticulosamente uma a uma na borda do altar no centro da caverna, sua expressão fria e concentrada. Cada vela parecia lançar sombras que dançavam nas paredes rochosas, dando ao ambiente uma aura opressora e inquietante.Ao redor do altar de pedra, Melody movia-se, posicionando as plantas que traziam uma energia inquietante de forma estratégica. O cheiro pesado de terra úmida e algo amargo permeava o ar, tornando o ambiente ainda mais opressor. As folhas das plantas brilhavam levemente, como se estivessem vivas, pulsando com energia mágica.Sasha, presa às correntes que a segura contra a parede da caverna, mexe os pulsos mais uma vez, tentando se soltar. Seus músculos queimam pelo esforço, mas o metal não cede. O som das correntes ecoa, misturando-se com o estalar das velas e o farfalhar das folhas que Melody manipulava.— Que tipo de ritual pretendem fazer comigo? — Sasha grita, sua voz reverberando pela cav
Lukan senta-se no altar, as pernas cruzadas ao lado de Sasha. Os olhos desse lycan brilham com uma mistura de ansiedade e ambição. Sua respiração está acelerada, quase ofegante, ele já consegue sentir o gosto eminente da vitória que o aguarda enquanto observa Melody preparando os últimos retoques necessários. Tudo o que ele planejou por anos está prestes a se realizar. Ele sente o peso do momento, a expectativa crescendo dentro dele como uma fera prestes a ser libertada. Ele se concentra em controlar sua respiração. Antes o ritual seria para evocar um entidade que desse mais poder a Lukan, em troca de um sacrifico, mas agora, com Sasha em suas mãos, o ritual seria outro.Com o poder da atual Genuína Lunam e do próximo Genuíno Alfa em seu ventre, Melody irá transferir os poderes dos lobos para Lukan, ninguém nunca conseguirá ser mais forte do que ele.Melody pausa, observando os olhos de Lukan brilharem com um desejo quase infantil. Um riso baixo escapa de seus lábios, um som frio e d
Miguel fecha os punhos, sua respiração pesada e carregada de ansiedade. Cada músculo do seu corpo está tenso, e o peso da responsabilidade o sufoca. O momento exige pressa, mas o feitiço para localizar sua companheira gastou mais tempo do que ele esperava, deixando-o ainda mais impaciente. Cada segundo arrastando-o para um abismo de tensão crescente.— Muito bem, cheguem mais perto — diz Alys, com firmeza, e estende suas mãos para as suas irmãs. O brilho determinado em seus olhos mascara a ansiedade que sente, mas há um vislumbre de nervosismo em sua expressão.Alys quer muito conhecer a lycan que sua irmã mais nova amadrinhou, contudo, ela sente um arreio ao pensar que finalmente, depois de tantos anos, finalmente irá reencontrar sua irmã mais velha, Melody.Há cinquenta anos, quando viu o massacre horrendo que Melody fez, a interação entre elas foi amarga, e agora, a culpa que carrega só faz as suas mãos suarem.Liana, ao lado de Alys, aperta a mão dela, tentando transmitir uma calm
— Soltem-na agora! — Miguel rosna, sua respiração pesada e rouca, seus olhos fixos em Sasha, mas o fedor da magia negra e a presença dos lobos solitários o impedem de agir com descuido. Ele sente cada fibra de seu corpo gritar pela luta, sua fêmea está presa e vulnerável, e ele não pode permitir que o ritual continue, precisa tirá-la de lá.Melody não reage, continua focada no livro nas mãos da Luna Cimex Mara, recitando cada palavra com precisão e frieza. Sua postura é rígida, sua mão segura a adaga. As palavras que saem de sua boca são incompreensíveis, mas carregam uma energia opressora, que parece absorver o ar ao redor.— Oh, Genuíno, até que você demorou de chegar — a voz de Lukan corta o ambiente, carregada de sarcasmo e desdém, um sorriso sínico brinca em seus lábios, mas ele não pode um músculo para se levantar do altar, seus os fixos em Sasha, aguardando ansiosamente a transferência dos poderes. — Só estava faltando você para o show.Miguel trinca os dentes. Ele sente seu sa
— Última chance, Pedro — Miguel diz, sua voz carregada de advertência, seus olhos fixos nos de Pedro. — Muito bem, tomo seu silêncio como um aceite da minha proposta. Como disse, se você vencer, a liberdade e o dinheiro serão seus — reafirma, dando a Pedro esperanças de conseguir se livrar da dívida de mais de duzentos mil dólares. — Se eu perder... o que acontecerá? — Pedro pergunta, sua voz quase um sussurro impregnado de medo, utilizando seu último resquício de consciência, mas o álcool em seu corpo inebriando seu senso de perigo. Miguel sorri de maneira predatória, sua expressão revelando a satisfação com as reações do humano à sua frente, alimentando seu lobo com o desespero nas feições humanas. — Você entregará sua filha para mim. Ela se tornará minha escrava — Miguel diz friamente. Pedro engole seco, as palavras frias ecoam em seus ouvidos, mas logo são silenciadas pelo acelerar de seu coração, a adrenalina corre novamente em suas veias, a excitação de poder jogar novamente
— Por que você fez isso? — Sasha indaga, as lágrimas escorrendo pelo rosto, misturando-se com a dor do ardor que o café quente jogado em si deixou.— Por que contrataram uma incompetente como você? Toda vez que venho a este café e você me serve, as bebidas e a comida são terríveis, ou muito salgadas ou muito doces. Você quer me matar, sua miserável? — A mulher histérica acusa.— Esta é a primeira vez que te vejo aqui, senhora — Sasha tenta se defender, sua voz trêmula, quase suplicante.— Você ousa me chamar de mentirosa, sua idiota? Isso é muita audácia — a mulher diz com desdém, lançando um olhar fulminante de cima a baixo para Sasha.— Não sou eu quem prepara os pedidos, só... — Sasha tenta argumentar novamente, a desesperança crescendo em seu peito.— Ainda ousa me responder? Ei, você, vá chamar o gerente! Um dos funcionários dele não sabe o seu lugar — a mulher grita para um colega de Sasha, sua voz estridente ecoando pelo café.Sasha sente seus músculos tremerem de raiva. Ela fe