É tão estranho quando você se torna o significado de alguma palavra. Tem gente que se torna o significado de inteligente, quando usa-se mais o cérebro e a inteligência para tudo, até para o amor, quando não se precisa. Tem também os Românticos, sabe, aqueles que tem paixão não só quando se trata à pessoas, mas a tudo o que gosta e tem uma personalidade gentil e amorosa. Um dos mais importantes são os Presos, pessoas que se prendem dentro dos seus pensamentos e dentro de si, que não gostam de demonstrar seus sentimentos e às vezes são incompreendidos por muita gente que não sabe o que eles pensam e passam. Eu sei disso porque eu já vi e vivo.
Eu passei minha vida inteira tentando descobrir o que eu era, quem eu era e o que eu queria. Resposta? Nenhuma.
Minha mãe é outro enigma que talvez eu nunca vá conseguir decifrar, até porque ela não estaria presente seeu quisesse decifra-la.- Bom dia. - Desci as escadas e a vi em frente a pia da cozinha. O que mais chama atenção nela de primeira, são os cabelos loiros esbranquiçados mais bagunçados e secos do que os galhos de uma árvore murcha. Em seu corpo, seus ossos são bem visíveis, principalmente nas costas. -Olá?
Ela virou seu rosto para trás e deu um leve sorriso forçado. Suas olheiras estavam mais escuras do que o normal. Não duvido que tenha acabado de chegar, pois suas roupas ainda são as mesmas que estava ontem de manhã quando saiu.
- O que quer para o café? - Perguntei sorrindo depois de um grande suspiro. Liguei uma boca do fogão e quebrei os últimos dois ovos que tinham, jogando-os na frigideira. Ela me olhou de canto, seus olhos estavam quase se fechando, e negou com a cabeça dizendo que não queria.
- Tem ovos e vou fazer um café pra você.Bufei olhando-a. Ela parecia voar em volta de si e não me deu atenção. Respirei fundo e desliguei o fogo já com raiva.
- Você comeu alguma coisa de ontem pra hoje? - Perguntei olhando em seus olhos. Ela revirou os olhos e me deu as costas, como sempre. - Ou você apenas bebeu?
- Não comece outra vez.- Sua voz autoritária e rouca tomou a cozinha. - Minha cabeça doe, não preciso que você piore.
- Você mesma se piora. Só não resolva me procurar quando lembrar que só tem uma pessoa nesse mundo que ainda se importa com você. - Repliquei subindo às escadas. Minha fome já havia passado, ouvi apenas o barulho da porta da frente se fechando com força dizendo que ela saiu outra vez.
São esses os diálogos aqui em casa, e eu estou farta disso. Abri a porta do meu quarto com agressividade e parei ao ver a pequena mala interminada em cima da minha cama, com roupas jogadas pelo chão e cama. Eu sei que isso não é o certo a se fazer, mas eu não posso mais continuar com isso. Não é mais um convívio entre mãe e filha, é um convívio de mãe e filha.
Tudo deveria ser como no passado, e eu realmente não sei o que aconteceu de lá pra cá. Não sei se foi a separação e ou a angústia de sair da cidade que ela tanto amava. Nunca, nunca me contou o que tanto fazia naquela tão amada floresta que eu queria tanto conhecer, mas ela nunca me deixou.
Eu lembro apenas de flashes da cidade, da minha antiga casa e do meu pai.
Meu pai.
Eu não lembro dele como gostaria, mas sei que ainda continua no Colorado. Pelo o que sei, ele é muito caseiro e gosta da cidade, dúvido muito que tenha se mudado.
Entrei debaixo do chuveiro e tomei um banho quente e rápido. O ônibus sai uma hora da tarde em ponto, eu não posso me atrasar como ontem. Fiquei tanto tempo arrumando a mala e perdi a coragem depois que a vi quase pronta. Eu não consigo decidir o que levar e o que deixar pra trás.
Ao me vestir, peguei o meu cofre e joguei-o no chão. As moedas se espalharam por todo lugar. Juntei tudo em uma bolsa mediana e peguei as minhas economias dos bicos que fiz que venho juntando desde o mês passado.
- Mel?- Chamei minha gata, ou quase minha gata, se demonstrasse que gosta de mim. Ela simplesmente desapareceu ontem e ainda não voltou. Acho que pegou a mania de minha mãe, Amélia.
Depois de arrumar e pegar tudo o que eu iria precisar, desci para a sala com a mala. Peguei os documentos do divórcio da minha mãe que estava escondido em uma caixa velha e os coloquei dobrado em meu bolso. As informações da minha antiga casa estão apenas nele, nem ela lembra mais de cabeça nenhum endereço.
A carta que deixei preparada para hoje coloquei dentro do refrigerador, onde eu sei que ela irá mexer, pois é onde estão suas bebidas.
Eu tomei essa decisão
e agora não vou mais voltar atrás. Eu não posso voltar atrás. Me doe ter que deixa-la, acima de tudo ela ainda é a única que tenho contato como família, mas eu não posso mais deixar que o seu estilo de vida atrapalhe na minha. Eu sinto que esse aqui não é o meu lugar, na verdade, nunca foi o meu lugar. Agora é tudo ou nada. Eu não sei exatamente o que vou fazer a partir de agora, mas sei exatamente aonde devo ir, e sem volta.Cheguei na estação de trem uma hora depois que saí de casa. Comprei a passagem e fiquei esperando a locomotiva sentada no banco em frente tentando não pensar como minha mãe vai agir quando não me ver mais lá, quando se der conta de que agora está só. A vontade de chorar rasgou minha garganta, mas não posso chorar. Corri para o banheiro da estação e molhei meu rosto que já estava vermelho e fiquei olhando meu reflexo pelo espelho manchado de ferrugem.
Sempre foi curioso o fato de que sempre que me olho no espelho, meus olhos cintilam. Eu acho que eles tem uma cor diferente ou algo assim, mas é sempre quando olho pelo espelho. Isso vem acontecendo desde que fiz dezessete anos em abril. É realmente um fato curioso, já que ninguém nunca vê isso.
Ouvi o trem chegar. Enxuguei meu rosto e corri pra pegar minha mala e entrar, mas no primeiro degrau da subida, eu parei. Meu coração apertou dentro do peito e o outro pé não queria de jeito nenhum se mexer.
O maquinista reclamou ríspido e, com o susto, entrei.Me sentei em um banco aleatório do trem, parada e olhando para o lado de fora. triste? talvez. arrependida? não.Eu não podia continuar com a vida que tinha sem tomar uma decisão. Quando ela chegava bêbada em casa, eu que tinha que cuidar dos vômitos, alimentação, casa e ainda ter que dar o dinheiro que consegui com meu trabalho pra ela gastar com mais bebida. Isso tudo acontecia diariamente e eu não aguentava mais.Espero que com minha ausência ela perceba o desastre que está acontecendo em sua vida que fez até me afastar. Mas o que não sai da minha cabeça é o fato de reencontrar o meu pai. Não vejo-o faz muito, muito tempo e não vai ser fácil para nenhum de nós dois. Tudo bem que talvez eu nem o
JACK Ela é tão adorável dormindo. O seu rosto pálido lhe dava a forma perfeita de um anjo. Seu cabelo preto comprido escorria em minha mão feito fios de seda.Fiquei analisando cada detalhe de seu rosto, cada sinal e marca, para não precisar vir aqui toda noite. O que me parecia ser impossivelPassei a analizar o seu quarto. Ursos e brinquedos espalhados em cada canto. Ou ela gosta de brinquedos ou não morava aqui há muito tempo.Sim, ela não morava aqui, eu teria percebido. Voltei a observar o quarto. Em cima do criado mudo havia muitos livros fictícios e romances, ela deve gostar muito de
Faz três dias que não vejo o homem misterioso. Desde o acontecido na floresta, eu não saio mais de casa devido ao meu rosto todo cortado devido a minha correria, esbarrando em tudo que é planta.Naquele dia quando acordei, meu pai disse que o filho do amigo dele chegou aqui em casa comigo nos seus braços desmaiada e lhe disse que eu tropecei na calçada e bati com a cabeça no chão. Eu não o desmenti na hora porquê se aquele garoto mentiu, tem motivos para isso. Motivos que eu vou descobrir e também porquê meu pai iria pirar se soubesse que eu entrei na floresta sozinha. Perguntei se ele sabia o nome do garoto que me ajudou, e para a minha felicidade ele sabia.É Jack.Levantei da cama quase mofada e vesti uma calça. Passei um pouco de pó no rosto, o que ajudou a esconder as marcas, e pesquisei no meu novo computador algumas escolas aqui no colorado. Sem sucesso.<
Andamos na escuridão por um bom tempo, ainda não sei como ele conseguia enxergar o caminho e as pedras que surgiam pela frente. Nenhum de nós começamos uma conversa, apenas o som de alguns animais ao redor.-Ai! - bati de frente em uma árvore.-Desculpa, estou indo rápido demais. -Ele falou e parou de andar.Senti mãos quentes na minha cintura e nas minhas coxas, sua respiração estava a centimetros da minha, o que me deixou sem reação. Por um momento pensei que fosse me beijar, mais ele me pegou no colo, me grudando em seu peito forte e confortável. Passei minha mão pelo seu pescoço com o susto e fiquei a centímetro de seu rosto.
JACKNão vejo Isadora há dois dias. Sim, eu estou morrendo por dentro de não tê-la aqui comigo, mas o que aconteceu na floresta foi minha culpa, não que me arrependa, mais não podia deixar isso acontecer antes de ter certeza que era o certo. Se bem que mesmo certo ou errado, eu não conseguiria me afastar.Tenho que ficar longe dela, por mais que eu não consiga. Tenho que acabar com essas visitas na madrugada enquanto ela dorme, pois só me faz a quere-la ainda mais.-Jack - meu pai falou entrando na oficina, que era na tribo.-Oi pai- falei.-
"Jack sentiu isso em mim de alguma forma, porque me puxou rapidamente para dentro do banheiro feminino e trancando a porta logo emseguida"Ele parou e se encostou na porta, me encarando como se tivesse pedindo permissão pra alguma coisa. Meu sorriso de aprovação o fez vir até mim com pressa me puxando pela cintura com força e me dando o beijo que nunca vou esquecer na minha vida. Agarrei o seu cabelo enquanto ele se apoderava da minha cintura e da minha boca, me fazendo delirar só com o seu toque.Pegou em minhas coxas e me sentou na pia ao nosso lado, sem parar o beijo. Entrelaçei minhas pernas em sua cintura o fazendo ficar mais perto de mim, eu já estava descontrolada, nunca achei que fosse ficar assim algum dia. Ele começou a bei
-PAI -Entrei na cozinha correndo, derrubando tudo pela frente e o vi comendo melancia.-O que foi? -Perguntou assustado deixando a comilança de lado e prestando atenção em mim, descabelada e com a respiração acelerada.-Eu vi pai... Eu vi os... os...-Calma Isa, se senta pelo amor. -Ele afastou a cadeira da mesa e eu me sentek.-Pai, - falei normalizando o ritmo de minha respiração -Eu vi lobos.-O QUE? - ele se angasgou com uma semente da melancia. - Como assim? Onde voce viu?-Na... floresta - Droga.-FLORESTA? o que você est
~JackO que diabos ela estava fazendo na floresta mais uma vez?Pelo menos agora que ela nos viu, e ainda mais, viu o Gorclex, nunca mais virá a floresta novamente.Só queria saber o que um Gorclex estava fazendo aqui na floresta. Essa é a nossa reserva, e pelo que eu sei ou sabia, é que os Gorclex não existiam mais. Seja lá o que ele estava fazendo aqui, chegamos a tempo de livrar Isa da morte. Com certeza ele iria mata-la, e eu não consigo me imaginar longe dela, não consigo me imaginar sem ela.-P-ai, pode me dizer o que um Gorclex estava fazendo em nossa reserva?-Bom, parece que a caça deles não está tão