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CAPÍTULO - 2 HECTOR

Não me cansava de ver sua expressão de medo cada vez que me aproximava. Ela me atiçava curiosidade e desejo, mesmo nossas raças não se dando bem. Victória dizia que era pelo cheiro de sangue que os humanos emitem, já eu, tinha certeza de que havia algo mais.

Já haviam se passado dois meses desde a primeira vez que seu cheiro me atraiu e foi aí que passei a vigiá-la, consegui descobrir muitas coisas ao seu respeito. Eu estava como louco em cada lugar que ela ia só para vê-la um pouco mais, para mim era fácil sequestrá-la ou levá-la para alguma armadilha ou cativeiro e fazer dela meu brinquedo favorito, no entanto resolvi deixar ela livre, observando cada passo seu, de longe.

Nós vampiros aprendemos a nos misturar com os humanos mesmo alguns deles tentando exterminar nossa raça. Nos tempos atuais temos que tomar muito cuidado, só existem três clãs e a minha família vem do terceiro clã, o que nos torna "importante" para manter a ordem e geração dos novos vampiros.

Há alguns anos minha irmã e eu fomos enviados para resolver negócios da nossa família. Mas eu decidi ficar por aqui e minha irmã claro que aceitou sem problema em ficar comigo, o que tornava nossos passeios noturnos mais divertidos e seguros.

E hoje é mais um dia divertido, daqueles em que minha irmã sai e atrai a isca até nossa casa.

— Quem é a atração de hoje, Victória? — Pergunto ao entrar na sala, vendo-a montada e nua sobre o homem que me olha assustado.

— É um cara que conheci no barzinho do Rall... — Ela levanta do colo do cara, que me olha assustado e fica de pé rapidamente pegando suas roupas.

— E... Eu não sabia que ela era casada, eu... — O cara olha para Victória assustado, enquanto eu dou risada jogando o sobretudo para ela vestir.

— E ela não é! Mas dividimos algo que adoramos e é viciante, o sangue de vocês, humanos, sem exceção! — Intimido o homem que me olha sem crer.

— Hector! Será que podemos deixá-lo livre para mim? Ele transa tão bem, queria aproveitar um pouco mais! — Victória passa os olhos sobre o corpo nu do homem que a encara com medo.

— Não! Você pode achar outros por aí, agora vamos comer. — Respondo já transformado, vendo ela ir para o lado do homem, irritada.

Seguro o homem pelo pescoço e levo até a parede, ele tenta gritar e lutar, mas imobilizo seu corpo, hipnotizando. Sem esperar quebro seu pescoço, deixando seu corpo nojento cair ao chão, pulo em cima e ataco, tirando pedaços satisfatórios da sua pele enquanto o sangue fresco surgia.

— Vamos, tome um pouco, amanhã você se diverte com outro babaca! — Empurro o corpo para Victória que me olha de lado e sorri enquanto se abaixa para tomar o sangue.

Após me alimentar, saio rumo a casa da Anastásia, entro escondido e sigo até seu quarto como de costume, mas para minha surpresa ela não estava e muito menos havia seu cheiro após o banho. Penso por alguns instantes e pulo a janela, indo para a biblioteca onde ela trabalha, para dar uma olhada.

Era para ela estar em casa, já havia passado das oito horas da noite, eu nunca errava seus horários.

Cheguei no local e tudo estava escuro e trancado, me aproximo dos portões e sinto seu cheiro vindo do fundo da biblioteca.

Tudo estava trancado, então desativo os alarmes e arrombo a porta de uma sala nos fundos, quando entro vejo ela encolhida perto de uma estante de livros, ela estava chorando de cabeça baixa e com as pernas encolhidas.

— O que houve? Por que está chorando? — Deixo minha preocupação falar mais alto enquanto me aproximo.

— Duas garotas me prenderam aqui quando eu estava fechando a sala. Como...como me achou? — Ela pergunta me olhando assustada e levantando com cuidado do chão.

— Isso não importa... agora vamos, antes que algum segurança apareça! — Chego perto dela sentindo seu cheiro mais forte, porra seu cheiro estava me deixando louco para agarrá-la, que droga de extinto.

— Vo... Você não faz parte da equipe de segurança? — Ela pergunta e se afasta de mim.

— Não! Mas fui eu quem salvou você! Um obrigado serviria, sabia. — Dou um sorriso de lado vendo-a me encarar muito assustada.

Tento chegar perto, mas ela corre em direção a porta, então corro em direção a ela parando na sua frente enquanto ela grita assustada.

— Adoro uma presa difícil, como você! — Olho em seu rosto e depois para seu corpo suculento, vendo lágrimas sair dos seus olhos.

— Por favor...não me machuca... — Ela pede entre lágrimas, evitando me encarar.

— Não vou machucá-la, vamos, vou te levar para casa! — Digo ao pegar no seu braço.

— Co...Como sabe onde eu moro?

— Sei tudo sobre você, Anastásia! Sei que tem 22 anos, mora sozinha, não tem namorado e o principal, que está sozinha na cidade. Faz um tempo que te observo, satisfeita? — Ouço seu coração bombear rapidamente enquanto seu corpo se arrepia.

— Meu Deus! aquelas...sensações, era você o tempo todo! Você é… um psicopata, doente? — Ela gagueja assustada, fazendo-me rir.

— Psicopatas são bonzinhos perto do que eu realmente faço! — Encaro seu rosto e pego em uma mecha do seu cabelo solto.

Ela estava paralisada de medo, quando aproximei minha mão do seu rosto e claro, ela desviou. Conseguia sentir sua inocência misturada com medo e isso me deixava louco por ela.

— Por favor... me deixe em paz, me deixe ir... — Ela pede tentando se afastar de mim, que secava suas lágrimas.

— Não posso princesa! Seu cheiro me atraiu, sua alma me atraiu e quando vi que se tratava de uma doce garota, meu interior se tornou possessivo por você. — Encosto meus dedos gelados na sua pele quente e delicada vendo-a estremecer e se arrepiar com meu gesto.

— E... Eu quero ir embora... deixe-me ir. — Anastásia me olha com uma mistura de medo e ansiedade.

— Eu vou levar você para casa, mas não se esqueça! Eu sempre estarei por perto! — Encaro seu rosto, descendo meus dedos lentamente pela sua bochecha, em seguida hipnotizo-a, fazendo-a dormir em meus braços.

Seguro seu corpo com cuidado, sentindo como é bom tê-la em meus braços. Saio da biblioteca apressado com ela. Quando cheguei em sua casa, coloquei seu corpo sobre a cama, deitando-a de lado. Fiquei um tempo observando-a até que decidi que era hora de ir embora. Ela já estava sobrecarregada com minha aparição, o mínimo que posso fazer é me afastar um pouco. Até realmente fazê-la minha.

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