Não me cansava de ver sua expressão de medo cada vez que me aproximava. Ela me atiçava curiosidade e desejo, mesmo nossas raças não se dando bem. Victória dizia que era pelo cheiro de sangue que os humanos emitem, já eu, tinha certeza de que havia algo mais.
Já haviam se passado dois meses desde a primeira vez que seu cheiro me atraiu e foi aí que passei a vigiá-la, consegui descobrir muitas coisas ao seu respeito. Eu estava como louco em cada lugar que ela ia só para vê-la um pouco mais, para mim era fácil sequestrá-la ou levá-la para alguma armadilha ou cativeiro e fazer dela meu brinquedo favorito, no entanto resolvi deixar ela livre, observando cada passo seu, de longe.Nós vampiros aprendemos a nos misturar com os humanos mesmo alguns deles tentando exterminar nossa raça. Nos tempos atuais temos que tomar muito cuidado, só existem três clãs e a minha família vem do terceiro clã, o que nos torna "importante" para manter a ordem e geração dos novos vampiros.Há alguns anos minha irmã e eu fomos enviados para resolver negócios da nossa família. Mas eu decidi ficar por aqui e minha irmã claro que aceitou sem problema em ficar comigo, o que tornava nossos passeios noturnos mais divertidos e seguros.E hoje é mais um dia divertido, daqueles em que minha irmã sai e atrai a isca até nossa casa.— Quem é a atração de hoje, Victória? — Pergunto ao entrar na sala, vendo-a montada e nua sobre o homem que me olha assustado.— É um cara que conheci no barzinho do Rall... — Ela levanta do colo do cara, que me olha assustado e fica de pé rapidamente pegando suas roupas.— E... Eu não sabia que ela era casada, eu... — O cara olha para Victória assustado, enquanto eu dou risada jogando o sobretudo para ela vestir.— E ela não é! Mas dividimos algo que adoramos e é viciante, o sangue de vocês, humanos, sem exceção! — Intimido o homem que me olha sem crer.— Hector! Será que podemos deixá-lo livre para mim? Ele transa tão bem, queria aproveitar um pouco mais! — Victória passa os olhos sobre o corpo nu do homem que a encara com medo.— Não! Você pode achar outros por aí, agora vamos comer. — Respondo já transformado, vendo ela ir para o lado do homem, irritada.Seguro o homem pelo pescoço e levo até a parede, ele tenta gritar e lutar, mas imobilizo seu corpo, hipnotizando. Sem esperar quebro seu pescoço, deixando seu corpo nojento cair ao chão, pulo em cima e ataco, tirando pedaços satisfatórios da sua pele enquanto o sangue fresco surgia.— Vamos, tome um pouco, amanhã você se diverte com outro babaca! — Empurro o corpo para Victória que me olha de lado e sorri enquanto se abaixa para tomar o sangue.Após me alimentar, saio rumo a casa da Anastásia, entro escondido e sigo até seu quarto como de costume, mas para minha surpresa ela não estava e muito menos havia seu cheiro após o banho. Penso por alguns instantes e pulo a janela, indo para a biblioteca onde ela trabalha, para dar uma olhada.Era para ela estar em casa, já havia passado das oito horas da noite, eu nunca errava seus horários.Cheguei no local e tudo estava escuro e trancado, me aproximo dos portões e sinto seu cheiro vindo do fundo da biblioteca.Tudo estava trancado, então desativo os alarmes e arrombo a porta de uma sala nos fundos, quando entro vejo ela encolhida perto de uma estante de livros, ela estava chorando de cabeça baixa e com as pernas encolhidas.— O que houve? Por que está chorando? — Deixo minha preocupação falar mais alto enquanto me aproximo.— Duas garotas me prenderam aqui quando eu estava fechando a sala. Como...como me achou? — Ela pergunta me olhando assustada e levantando com cuidado do chão.— Isso não importa... agora vamos, antes que algum segurança apareça! — Chego perto dela sentindo seu cheiro mais forte, porra seu cheiro estava me deixando louco para agarrá-la, que droga de extinto.— Vo... Você não faz parte da equipe de segurança? — Ela pergunta e se afasta de mim.— Não! Mas fui eu quem salvou você! Um obrigado serviria, sabia. — Dou um sorriso de lado vendo-a me encarar muito assustada.Tento chegar perto, mas ela corre em direção a porta, então corro em direção a ela parando na sua frente enquanto ela grita assustada.— Adoro uma presa difícil, como você! — Olho em seu rosto e depois para seu corpo suculento, vendo lágrimas sair dos seus olhos.— Por favor...não me machuca... — Ela pede entre lágrimas, evitando me encarar.— Não vou machucá-la, vamos, vou te levar para casa! — Digo ao pegar no seu braço.— Co...Como sabe onde eu moro?— Sei tudo sobre você, Anastásia! Sei que tem 22 anos, mora sozinha, não tem namorado e o principal, que está sozinha na cidade. Faz um tempo que te observo, satisfeita? — Ouço seu coração bombear rapidamente enquanto seu corpo se arrepia.— Meu Deus! aquelas...sensações, era você o tempo todo! Você é… um psicopata, doente? — Ela gagueja assustada, fazendo-me rir.— Psicopatas são bonzinhos perto do que eu realmente faço! — Encaro seu rosto e pego em uma mecha do seu cabelo solto.Ela estava paralisada de medo, quando aproximei minha mão do seu rosto e claro, ela desviou. Conseguia sentir sua inocência misturada com medo e isso me deixava louco por ela.— Por favor... me deixe em paz, me deixe ir... — Ela pede tentando se afastar de mim, que secava suas lágrimas.— Não posso princesa! Seu cheiro me atraiu, sua alma me atraiu e quando vi que se tratava de uma doce garota, meu interior se tornou possessivo por você. — Encosto meus dedos gelados na sua pele quente e delicada vendo-a estremecer e se arrepiar com meu gesto.— E... Eu quero ir embora... deixe-me ir. — Anastásia me olha com uma mistura de medo e ansiedade.— Eu vou levar você para casa, mas não se esqueça! Eu sempre estarei por perto! — Encaro seu rosto, descendo meus dedos lentamente pela sua bochecha, em seguida hipnotizo-a, fazendo-a dormir em meus braços.Seguro seu corpo com cuidado, sentindo como é bom tê-la em meus braços. Saio da biblioteca apressado com ela. Quando cheguei em sua casa, coloquei seu corpo sobre a cama, deitando-a de lado. Fiquei um tempo observando-a até que decidi que era hora de ir embora. Ela já estava sobrecarregada com minha aparição, o mínimo que posso fazer é me afastar um pouco. Até realmente fazê-la minha.Acordo ouvindo o som da campainha tocar, abri lentamente meus olhos, sentindo uma tontura horrível como se eu tivesse tomado um porre na noite passada, quando na verdade, um cara maluco, sexy e estranho, confessou me perseguir e... apenas me tirou da biblioteca. Não sabia se agradecia ou ficava mais confusa e amedrontada com tudo que estava acontecendo, mas sabia que precisava tomar cuidado, muito cuidado em tudo a partir de agora.Jogo as cobertas nos pés e levanto, com uma certa dificuldade. Peguei meu telefone para ver a hora, porém estava descarregado. Novamente a campainha toca, e mais uma vez... e mais uma, enquanto colocava meu celular carregar.— Já vou! — Grito, indo em direção ao banheiro.Faço minhas higienes e sigo até a porta que parecia que ia cair a qualquer momento com as batidas e o som irritante da campainha, que não paravam.Abro a porta rapidamente e dou de cara com a Helena que me olha furiosa enquanto me empurra para o lado, para passar.— Lena? O que houve? Por
Sabia que ficar escondido vigiando Anastásia valeria a pena, hoje à noite vou poder me aproximar um pouco mais da garota que tanto perturba minha mente.Ela ainda não sabe que sou vampiro... por enquanto é melhor assim, vou vivendo como um “humano”, ou, quase um. A diferença é que uso lentes para não deixar meus olhos vermelhos à mostra, como comida para disfarçar quando preciso, e posso andar no sol, graças a um feitiço, manipulando todos a minha volta, como se fosse um simples “mortal”.Olho para a janela e vejo Anastásia e sua amiga limpando a cozinha, de repente a amiga da Anastásia joga um copo de água nela, molhando sua camiseta e seus cabelos. Ela fica parada em choque enquanto a outra ri, Anastásia bufa e retira a camiseta deixando seu sutiã vermelho à mostra, destacando seus seios medianos.Fico focado em seu corpo, sinceramente estava mexendo comigo e meu membro. Tento pensar em outras coisas, mas o único pensamento que me passava pela cabeça era a vontade de devorar e sugar
Saio da biblioteca levando comigo a carta de demissão por justa causa e o que havia sobrado da minha dignidade. Apesar disso, dona Safira sabendo das minhas dificuldades pagou todos os meus direitos para evitar desconfortos de ambas as partes. Sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer, mas não esperava que fosse agora, justo no momento em que eu mais preciso, e sem falar que não estou afim de voltar para o acampamento dos meus pais.Chego em casa aos prantos, jogo a chave e a bolsa no sofá e vou para cozinha atrás de uma forte bebida. Vasculhei o armário até que encontrei uma garrafa de Gin Bombay Sapphire, que ganhei da Helena depois que ela ganhou cinco garrafas em um concurso de bebidas que participou.Não sou fã de beber até cair, porém, em uma ocasião como essa, onde minha vida está terrivelmente fodida, nada mais justo do que me alegrar... nem que seja por alguns minutos.Abro a garrafa e tomo um longo gole em seguida caminho até a estante e ligo a TV, colocando no You
Meu plano estava dando certo mais que isso, estava perfeito, e agora com a ajuda do Brendon nada poderia dar errado. Brendon não é um vampiro como eu, mas é um grande bruxo e amigo, que está sempre nos momentos em que eu preciso.Após chegar em casa, passei o resto do dia no meu escritório, pensando no corpo delicioso da Anastásia que me atraía a toda hora. É como se fosse uma conexão fortíssima de muito tempo, sendo que na verdade faz apenas dois meses que a conheci e fiquei fascinado por ela. Nunca me comportei de tal forma por um humano se quer, mas essa garota passou a ser minha perdição, bem mais do que a minha vontade de beber todo o sangue dela.— Maninho! Então nós vamos sair hoje... é verdade!?Victória entra no meu escritório, saltitando até minha mesa.— Vamos! Aliás, você já está pronta? Por que hoje teremos que parecer mais normais possíveis e iremos de carro, o que demora um pouco até chegar no local! Só estou esperando o sinal do Brendon. — Aviso impaciente, vendo-a sorr
Sabia que era melhor eu ter ficado em casa, nunca imaginei que em uma simples balada fosse me acontecer coisas ruins, como o que está acontecendo agora. Só consigo pensar se eles vão me matar de primeira, ou, abusar e depois me matar, e o mais patético é que estou passando por isso só por que fui buscar a merda de um suco! Realmente, hoje não é meu dia de sorte, nada está ao meu favor.Sou arrastada pelos dois idiotas até um palco totalmente escuro e distante das pessoas, imploro que me larguem, porém eles dão risada e seguram meus braços para trás enquanto abaixam as alças do meu vestido, deixando meus seios à mostra.— Me soltem! Socorro... — Grito em desespero, deixando as lágrimas tomar conta do meu rosto.— Qual é gatinha... só vamos dar prazer para você e é assim que agradece? — Um dos homens fala ao abaixar mais a parte de cima do vestido.Grito de nojo e desprezo ao sentir os dois apertando os meus seios, fecho meus olhos desejando a morte, quando um rugido os faz parar e olh
Saímos rumo ao meu carro sem trocar nenhuma palavra e muito menos olhares. Podia sentir seus batimentos acelerados como se fossem entrar em combustão a qualquer momento, o que para mim, vampiro, era tentador demais.— Primeiro as damas! — Digo ao abrir a porta para ela, que entra sem me dar bola.— Pode parar de ceninha! Não estamos na frente da minha amiga mais. Anastásia olha para a janela enquanto passa as mãos nos braços, parecendo tensa.— Estou gostando mais de você... é mais direta quando está bravinha, interessante! — Tiro sarro do seu mau humor misturado com medo, vendo-a estremecer ao meu lado.Estávamos a alguns minutos na estrada e a única coisa que ela fez foi entrelaçar os dedos sem desviar sua atenção da janela, quando passo pela ponte onde eu e Vitória matamos aqueles humanos, Anastásia resolve me olhar como se estivesse decidida com alguma coisa.— Para o carro! Para essa droga de carro, Hector! — Ela pede, olhando para o beco escuro.Paro o carro, ela abre a porta e
Sabe aquela sensação de alívio e de que tudo finalmente se encaixou? Eu estou tendo essa sensação nesse exato momento, olhando para a criatura mais linda que desde os meus 5 anos acreditava que existia, lógico que o medo e receio estão presentes, mas nada tira o encanto de estar perto de um... vampiro.Nunca ninguém falou sobre isso comigo, no entanto, sempre gostei de filmes e livros sobre eles, os vampiros. É engraçado, porque uma vez quando eu era pequena tive um sonho muito perturbador sobre eles e depois de um tempo decidi não pensar mais nos mesmos..., mas agora me aparece esse "louco" que além de lindo e perturbador, é vampiro. Um vampiro de verdade, com dentes pontudos e tudo mais, sem ser uma mera fantasia. Claro, que não faz sentido nenhum ele está atrás de mim, mas Hector disse que eu o atrai. Algo que me deixou curiosa, assim como ele aparenta estar.Chegamos na minha casa em silêncio, porém, na minha cabeça estava as imagens do tal Thomas sendo morto pelo Hector. Realment
Estava ficando cada vez mais louco perto dela, droga, minhas reações de desejos e vontades foram surpresas até para mim! Nunca imaginei que fosse suportar tanto tempo perto de um sangue fresco ao meu dispor, mas pelo visto aguentei, e pude saborear o gosto da sua pele delicada e macia em meus lábios.Não foi minha intenção me envolver tão rápido com ela, mas quando Anastásia ficou fascinada com meu demônio, me senti diferente, queria pegar ela e beijar como nunca beijei ninguém antes, colar seu corpo no meu e fazer "amor" com ela até delirar. Droga! Acho que estou gostando demais dela, o que para mim é um massacre e infelizmente é mais um ciclo que se repete.Após minha saída da casa da Anastásia, vaguei sem rumo, apenas correndo de carro para me distrair e não voltar até sua casa.Chego em casa com o clarear do sol, vejo Victória me olhar da janela do segundo andar, com cara de poucos amigos. Estaciono meu carro e saio como se não tivesse visto ela. Quando estou prestes a abrir a por