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CAPÍTULO - 3 ANASTÁSIA

Acordo ouvindo o som da campainha tocar, abri lentamente meus olhos, sentindo uma tontura horrível como se eu tivesse tomado um porre na noite passada, quando na verdade, um cara maluco, sexy e estranho, confessou me perseguir e... apenas me tirou da biblioteca. Não sabia se agradecia ou ficava mais confusa e amedrontada com tudo que estava acontecendo, mas sabia que precisava tomar cuidado, muito cuidado em tudo a partir de agora.

Jogo as cobertas nos pés e levanto, com uma certa dificuldade. Peguei meu telefone para ver a hora, porém estava descarregado. Novamente a campainha toca, e mais uma vez... e mais uma, enquanto colocava meu celular carregar.

— Já vou! — Grito, indo em direção ao banheiro.

Faço minhas higienes e sigo até a porta que parecia que ia cair a qualquer momento com as batidas e o som irritante da campainha, que não paravam.

Abro a porta rapidamente e dou de cara com a Helena que me olha furiosa enquanto me empurra para o lado, para passar.

— Lena? O que houve? Por que está batendo aqui tão cedo? — Perguntei parada na porta, cruzando os braços e olhando sem entender.

— Tão cedo!? Ana você viu que horas são por um acaso? Já é quase uma da tarde amiga e outra, dona Safira está uma fera! — Ela caminha até a cômoda e coloca sua bolsa em cima, virando para mim em seguida.

Caminho até o sofá com as pernas bambas. Como eu pude ter dormido tanto? Droga não fui trabalhar estou ferrada de vez agora, pelo jeito minha vida foi feita para ser alvo de coisas ruins mesmo.

— Como você não foi trabalhar eu vim ver o que estava acontecendo, já que a dona Safira me procurou para saber o que havia acontecido com você. Ela disse que te ligou várias vezes e você nem atendeu! — Helena conta sentada no sofá,enquanto minha vista é borrada pelas lágrimas.

— E... eu.... droga! Tive uns problemas e....o celular descarregou. O quê vou fazer, Lena? Dona Safira vai me demitir!

— Primeiro se acalma e me conta o que está acontecendo, tem a ver com aquelas sensações novamente amiga? —Ela pergunta me abraçando enquanto choro.

— Te...tem.. Eu não sei por onde começar Lena, me sinto inútil sem saber como agir....

Me afasto e seco minhas lágrimas.

Minha cabeça já estava doendo com várias lembranças que surgiam ao mesmo tempo, passando uma atrás da outra, me fazendo colocar as mãos nas temporadas enquanto Helena me encarava.

Ela de repente se levanta e vai até a cozinha, após um breve momento Helena volta com um comprimido e um copo com água.

— Vamos! Toma esse comprimido, vai te ajudar.

Pego o remédio e o copo das mãos dela, enquanto ela se senta ao meu lado, com os braços cruzados.

— Não sei o que faria sem você por perto. Obrigada pelo remédio, Lena. — Agradeço enquanto dobro as pernas me sentando de lado no sofá, vendo-a sorrir de lado e revirar os olhos.

— Vai, para de enrolação Ana! Me diz logo o que aconteceu. — Helena pega uma almofada e coloca no colo, me encarando curiosa.

— Bom ontem depois que voltei para a biblioteca, fui terminar de fazer as coisas na salinha dos fundos, aí duas idiotas me trancaram lá dentro. Gritei por ajuda, mas ninguém apareceu e nisso escureceu e eu fiquei lá sem saber o que fazer, quieta num canto. Quando pensei que ia dormir na sala, um cara me apareceu.... O psicopata que tá atrás de mim... — Digo com as mãos na cabeça, reunindo todas as lembranças que apareciam.

— Como assim amiga!? Que psicopata? — Helena pergunta confusa e assustada.

— Aquelas sensações que eu tinha na verdade é pior... é um cara louco, doente que está atrás de mim. Ele disse que sempre vai estar por perto e pior, ele sabe tudo sobre mim. Foi ele que me tirou da sala e me trouxe para cá! Ele me conhece, Lena!

— Eu estava pensando... em trocar as fechaduras das portas e das janelas. Sei lá, já não sei mais o que fazer. — Digo em tom de desespero lembrando dos seus toques gelados e seu olhar sombrio, vendo Helena me olhar chocada.

— Meu Deus, Ana! Temos que ir até a polícia, agora! — Helena levanta apressada, mas pego no seu pulso, fazendo-a virar para mim.

— Não, ainda não! Vamos tentar não envolver polícia no momento, não quero ter que ligar para os meus pais e ser assunto principal da família e fazer meu pai me buscar a força. — Digo pensando no inferno que minha vida viraria se meus pais soubessem como anda minha vida.

— Você tá louca? Tem um psicopata atrás de você e você vem me falar de receio dos seus pais!?

— Deixa eu fazer do meu jeito tá bom! E se o cara fosse me matar ou sei lá, ele já tinha feito ontem, quando estávamos sozinhos naquela sala. — Digo ao apoiar os braços nas pernas, nervosa.

— Tudo bem, vamos fazer do seu jeito! Mas só deixo se você ficar uns dias na minha casa para eu ter certeza que você está bem! — Helena propõe me lançando aquele olhar sério e intimidador. (Só que não).

Pensando por um lado... mereço me distrair com minha amiga e esquecer os problemas, mesmo minha vida estando de ponta cabeça nesse momento.

— Ok... vou chamar um chaveiro, ver boas trancas para as portas e as janelas e vou junto com você para sua casa, satisfeita? — Pergunto vendo-a sorrir e agora pular.

— Anwww.... Sim, sim, sim... muito satisfeita amiga, mas sem querer tirar sua felicidade eu vou ficar o dia todo na sua casa, o dono da lanchonete me dispensou mais cedo por que ele tinha que viajar. Uhull. — Helena grita pulando enquanto segura minhas mãos.

— Ótimo, assim me distraio com suas aventuras românticas mal- sucedidas. — Caio na gargalhada vendo-a bufar e sentar ao meu lado.

— Ha ha ha! Pode rir de mim a vontade, mas não esqueça que seu emprego e sua vida estão ameaçados! — Ela ri, me fazendo lembrar que ainda estou encrencada com dona Safira.

— Depois que nós duas preparar algo para comer, eu vou ligar para ela e ver se ainda tenho emprego ou não... — Digo chateada pensando no quanto fui irresponsável e nem um pouco pontual.

— Sei que está tudo complicado, mas aquele convite de sair e se divertir ainda está de pé viu. Você merece se distrair, ainda mais agora. E eu, vou estar contigo. — Helena pega na minha mão e sacode, me tirando dos meus pensamentos conturbados.

Não vou fingir que está tudo perfeito, por que não está! No entanto, vou esquecer meus problemas e me divertir com minha amiga, ou tentar.

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