Natasha Castro Meu cérebro foi acordado primeiro do que eu, ele começou a processar tudo o que aconteceu ontem à noite, puxa vida eu realmente fiz tudo aquilo? De início sorri sentindo vergonha, depois abri meus olhos para confirmar e ver o Diego deitado ao meu lado, na verdade estou com a minha cabeça apoiada sobre o seu peito e abraçada com ele, que calor gostoso. Eu nunca imaginei que um playboy metido a engraçadinho de uma boate poderia me deixar assim. Ele é realmente lindo dormindo, mordi meu lábio inferior levemente, parece que essa situação me deixa confortável, não é como eu pensei que seria, mas e agora, como vai ser? Senti uma leve dor no meu peito, ao pensar que poderíamos ter que nos afastar, afinal somos de uma vida totalmente diferente, ele é o ceo e eu a funcionária, está tudo errado. Droga minha razão está voltando agora, cadê ela ontem à noite, em? — Bom dia! — sua voz rouca e sonolenta, me tirou dos meus devaneios. — Pensei que você fosse acordar e tentar fugir
Natasha Castro — É melhor você engolir suas palavras, ou eu vou fazer essa sua m*****a língua descer por sua garganta em um segundo. Você acha que pode falar com a minha mulher como se ela fosse uma vadia? Se afasta agora se não o próximo passo que você vai dar é direto para o inferno! Reconheci a voz do Diego e o seu braço me envolvendo e me puxando contra o seu peito em seguida, me deu um ar de proteção, mas seu tom estava ameaçador e eu arrisquei olhar para cima e os seus olhos estavam assassinos, me dando arrepios. Eu nunca imaginei que ele teria esse traço. — Está me ameaçando playboy? Arregalei meus olhos, quando o cara apenas virou o seu braço e mostrou uma tatuagem de cobra, com os olhos vermelhos e sangue escorrendo pela boca da figura, isso deve ser alguma imagem de gangue por aqui, sei lá… E ele sabe o nosso idioma, o que me deixou ainda mais preocupada, não quero problemas aqui! Não mesmo, muito menos para o Diego. — Entenda como quiser! — A voz do Diego me deu arrepio
Natasha Castro Tivemos um dia agradável, comparecemos ao almoço de negócios e como dito, Diego fez questão da minha participação, ele realmente é um fofo, o negócio foi fechado e a empresa agora terá uma filial na Espanha, que incrível né? A empresa só se expande. Isso me deixa orgulhosa de poder ter meu trabalho em desenvolvimento nela. O senhor Cesarini ficará muito feliz quando souber, ele é um senhor bom e de honra, talvez seja por isso que o filho parece ter herdado os bons modos do pai. Na empresa só vimos a esposa do senhor Cesarini uma vez em um jantar da empresa e olhando bem para o Diego ele herdou um pouco os traços da mãe. Ela também foi muito educada e elegante, essa família exala um charme surreal. Sorri olhando para o meu vestido longo e vermelho desenhando o meu corpo mesmo estando sentada no carro a caminho do restaurante onde Diego vai encontrar seu amigo, isso ele acabou me convencendo há vir, com a desculpa de que não me deixaria sozinha em Paris. Eu sorri, ele
Natasha Castro Diego cavalheiro como sempre puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar, agradeci com um leve sorriso, mas eu não conseguia deixar de olhar para aquela garota, sentada à minha frente ainda de cabeça baixa, o que há de errado com ela? Porque ela não se move? Será que ela está bem? E porque ninguém fala com ela! Ela parece invisível, aos olhares de todos. Inclusive do homem que está ao seu lado. Ela é japonesa? Tem olhos escuros e puxados, com longos e lindos cabelos lisos e pretos como a noite, talvez ela seja um pouco mais baixa do que eu e é magra, parece que muito mais do que o normal. Seus lábios nem tem cor, de tão pálidos que estão. Gente, será que ela está bem? — Soo-yeon como vai você? — Diego se recostou na cadeira e olhou diretamente para a garota que apenas levantou brevemente o seu olhar e depois abaixou novamente. — Estou bem senhor Cesarini, obrigada! — Natasha é minha companheira — ela me olhou com um breve sorriso doce, enquanto ele nos aprese
Natasha Castro Meu corpo treme bruscamente, enquanto Diego colocou sua mão sobre minha perna, mesmo com o seu calor, eu ainda sinto que vou vomitar, meus lábios estão batendo um contra o outro ferozmente, será um assalto? — Vai ficar tudo bem querida, não se preocupe! — Diego falou com um tom calmo. Meu cérebro não processa palavras para respondê-lo, apenas fechei meus olhos e ao abri-los vi uma enorme parede se aproximando rapidamente, droga uma rua sem saída!! Diego acelerou, porque ele acelerou? Ele vai tentar voar por cima, ou atravessar ela? Ele sabe que o carro não tem asas e muito menos não atravessa coisas sólidas. — Diego!!! Um grito que estava preso em minha garganta saiu sem que eu tivesse controle por ele. Mas eu vi um espaço maior, o carro cantou pneu girando e parando, ou sei lá o que ele está fazendo, meu pescoço se não fosse colado teria deixado minha cabeça cair e rolar. Meus pés, foram parar sobre o banco, quando abracei minhas pernas de olhos fechados. Eu senti
Natasha CastroO barulho do carro sendo destravado me deu taquicardia, eu pulei para o banco do motorista e apertei a trava. Diego me olhou confuso, mas no momento estou com mais medo dele do que de tudo isso. Por que eu concordei com essa viagem? Eu ainda quero ver meus pais e a Ana, não quero morrer.— Natasha abre a porta? — ele falou e eu apenas vi seus lábios se movendo, enquanto ele aponta para a porta.Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, carros pretos entraram em alta velocidade derrubando as motos que ficaram paradas em um estrondo, eu vi faísca de fogo com a moto sendo arrastada. Diego olhou diretamente para mim, mas desviou sua atenção para o carro que parou próximo e um homem saiu. Oh! É o tal Leclerc. Um furgão chegou em seguida e homens começaram a pegar os homens caídos e a jogar lá dentro como se fossem coisas descartáveis.Deus eu quero sair daqui, socorro!! Minha bolsa, olhei em volta. Cadê ela? Procurei no chão na frente e não estava, movi meu corpo entre os
Natasha Castro — Você realmente quer me contar? — Minha voz saiu como um sussurro. Enquanto olhei em seus olhos ele me deu um leve sorriso, segurando levemente no meu queixo.— Quero querida! Eu te quero ao meu lado e não pretendo esconder nada de você! — suas palavras me pareceram sinceras. Mas há que ponto? O quanto ele está disposto a se abrir comigo? E eu, devo me envolver ainda mais? Ponderei por alguns segundos, tentando formular uma boa pergunta, ou pensar nas melhores que rondam minha mente e com um frio gélido falei— Quem realmente é você? E o que você faz fora do país? — Minha voz pareceu forte, mas eu lutei para não deixar ela falhar.— Eu tenho uma rede de boates. — ele franziu suas sobrancelhas e se permaneceu sério ao continuar — Sou sócio do Vincent e administro a frente delas, a rede verde é tradicional, a amarela é de BMDS e a vermelha… — ele limpou a garganta com um leve barulho. — Elas são orgias.Eu engoli em seco, ele realmente pretende ser sincero ao máximo. M
Natasha Castro — Você sabe melhor do que ninguém que eu não posso fazer isso Diego! — seu tom era áspero, e eu percebi que o Diego bufou levemente, com o celular no viva voz, próximo a sua boca. — Já tô enfiado nessa merda até o pescoço, agora eu não posso voltar atrás e mesmo que eu quisesse, eu não vou fazer isso. Respirei fundo sentindo pena daquela garota, pobre menina, ela deve estar sofrendo tanto nas garras daquele monstro, olhei para o Diego e ele me olhou ainda sério e falou. — Certo Vincent, tudo bem eu entendo, mas você sabe que eu não concordo com isso… — Eu sei porra! — meus olhos se arregalaram com o tom feroz do homem do outro lado da linha — Mais você não se mete na minha vida pessoal e eu não me meto na sua, esse foi o nosso acordo para você não se envolver com a nossa sócia, lembra? — senti um tom irônico no final Meu sangue gelou em minhas veias e o Diego ficou tenso, tornando seu semblante sombrio. — Merda Vincent, passado e passado porra. — Agora foi a