Jessica Valentina e eu estávamos tendo uma noite só para nós duas. Preparei macarronada para o jantar, e agora estávamos relaxadas assistindo televisão. Minha filha pediu permissão para usar o banheiro, e eu esperei por ela. Quando ouvi batidas na porta, supus que fosse Fernanda chegando. Após a ligação de Leonardo, minha amiga me avisou que mudou seus planos para o Ano Novo e ficaria em São Paulo. Como não estava esperando ninguém, já que Leonardo deixou claro que não apareceria, eu estava usando uma camisola curta, sem me preocupar em pegar um roupão. Quando abri a porta, deparei-me com ELE segurando uma sacola, me olhando com aquele olhar malicioso e entrando sem pedir licença. Leonardo me beijou, sem dar chance de eu dizer uma única palavra. Ele segurou minha cintura com a mão livre. Afastei-me antes que pudesse me despir ali mesmo, afinal, não estava sozinha em casa naquela noite. Fomos surpreendidos por Valentina, que, curiosa, perguntou o motivo do beijo em sua mãe. — Menina,
JéssicaO dia foi bastante puxado no salão. Clientes pedindo por massagens relaxantes e outras querendo o SPA completo. Fernanda chegou em casa antes do previsto, quando me preparava para trabalhar levando Valentina comigo. Atendia a todos com um sorriso bobo, todo mundo percebeu que meu semblante era diferente. Vitória não disfarçava a curiosidade. Querendo saber com quem eu passei a noite de Natal. Claro que não era doida de contar sobre os dois dias com Leonardo em minha casa. Aliás, ele acabou ficando muito mais tempo comigo no quarto da Fernanda. Fazia a massagem na cliente, lembrava o que acabamos fazendo. Estava tão encantada por tudo, que nem mesmo me importei da minha filha no quarto ao lado. Leonardo me levou ao céu com seus dedos e boca. Eu acabei retribuindo o deixando com saudade de mim. — Jéssica, eu quero deixar marcado já a próxima sessão para o dia 2. Comentei com a Vitória sobre seu atendimento maravilhoso e suas mãos de fadas que fazem um belo trabalho.— Ouvir um
Leonardo— Leonardo, você prestou atenção no que acabei de explicar?O dia foi de trabalho e trabalho em meu gabinete. Acabei jantando por aqui mesmo e Larissa ficou comigo depois do expediente. Precisava despachar alguns documentos, finalizar o edital de feriados para o próximo ano. Já que seria publicado em primeiro de janeiro. Enquanto minha assessora falava, o meu pensamento se encontrava longe dali. Jéssica não respondeu às mensagens que enviei durante o dia, deduzi que estava ocupada no salão. Um sorriso surgiu no meu rosto ao recordar da última noite em sua casa. Valentina tinha um sono pesado já que não acordou mesmo depois dos gemidos que tirei dos lábios daquela feiticeira. Eu não queria ir embora, por mim ficaria a noite toda ao lado dela, porém era impossível de acontecer. Nossa viagem estava marcada, eu iria viajar no helicóptero de um conhecido meu, não usaria nada público para minha fuga com ela. Moisés é quem iria comigo. Na verdade, o motorista iria primeiro de carro
LeonardoTrabalhei com uma disposição que surpreendeu até mesmo a minha equipe. Larissa se manteve distante, conversando comigo somente o necessário. Eu organizei tudo na casa em Ubatuba. Jéssica também preparou tudo para nossa viagem e um carro a buscaria em Estrela Guia. Minha agenda de final de ano estava pronta e Larissa desconfiava que algo acontecia, porém, nada dizia ou até mesmo questionava.— Penúltimo dia do ano e foi um segundo mandato produtivo — me levanto da poltrona, esticando as pernas um pouco. Assinei a documentação necessária, o edital com feriados e pontos facultativos pronto e agora teria dois dias de paz e tranquilidade. Minha mãe bem que tentou descobrir o que eu faria antes da viagem, porém me desviei das suas perguntas.— Parabéns, senhor governador! Larissa irônica com seu elogio para ao meu lado.— Obrigado! Você tem parte nesse ano tão produtivo com tudo que conseguimos entregar para população.— Não fiz nada além da obrigação como sua funcionária, o respon
Jessica— Mamãe, eu não entendo por que a senhora vai sozinha e não pode me levar.Tentava explicar para Valentina o motivo de não a levar comigo nesse “trabalho” de final de ano.— A mamãe volta daqui a dois dias e passa rapidinho. Sua tia Nanda prometeu te levar ao cinema amanhã.Minhas coisas estão prontas na bolsa, e o motorista me esperava no local combinado. Estava atrasada alguns minutos e Leonardo não parava de mandar mensagens preocupado com a minha demora.— Princesa da tia, você vai ter o melhor final de ano ao meu lado. Vamos deixar sua mãe fazer esse trabalho importante, tudo bem? Imagina se tudo muda na virada do ano!Fernanda pegou Valentina no colo e saiu ao meu lado, até a porta da sala.— Obedeça sua tia, não coma demais, e hoje a Nanda vai com você até a festa na rua principal.Uma festa ao ar livre para os moradores aconteceria na comunidade, e no salão Vicky quis saber o motivo de não comparecer. Desviei o assunto como sempre, para não dar na cara que eu passaria
JessicaLeonardo me levou para conhecer a mansão, que é um verdadeiro paraíso. Como eu queria que a Valentina estivesse aqui comigo e com o pai dela. Areia branca, mar azul, verde por toda parte. As mansões vizinhas são tão distantes que passaríamos dois dias sozinhos. Esperava por ele na varanda, uma ligação de emergência apareceu quando conversávamos sentados nas cadeiras admirando a beleza desse lugar. Quero tirar uma foto de tudo no meu celular e mostrar para minha filha, mas se eu fizer isso, a mentira da minha viagem de negócios seria descoberta e Valentina poderá contar para outra pessoa. Leonardo voltou, sentou-se na cadeira à minha frente e pediu desculpas por não me deixar sozinha.— Aconteceu um incidente, mas nada tão grave que não pudesse ser resolvido por telefone. Ele entrelaçou as mãos nas minhas e eu respondi que entendo a importância de qualquer telefonema.— Sem desculpas, sei que você tem um trabalho importante a fazer. Lembro-me das chamadas da Sofia nas suas folg
LeonardoJéssica ficou pálida quando questionei sobre o pai de Valentina. Fiquei bastante curioso para entender como a mãe da menina lidava com a ausência do pai da filha. — Você perdeu a cor, assim que perguntei sobre o pai da menina!— Não fiquei não, é impressão sua. Só não me sinto bem em falar algo da vida pessoal da minha amiga.Jéssica justifica e bebe um gole de água num gesto nervoso, como se me escondesse a verdade. Sabia que as duas se conheciam desde a época em que Jéssica era envolvida com Pedro e foi numa das viagens que fez ao Rio de Janeiro que ambas se tornaram próximas e foi a mulher chamada Fernanda que estendeu a mão para Jessica, quando ela se mudou de vez para o Rio de Janeiro.— Aquela criança é adorável, uma pena a mãe dela viver da forma que vive. Bom que a pequena tem você e assim, acabou sendo criada por uma pessoa com boas intenções.É o que realmente penso sobre a criança. Uma pena a mãe da menina viver da forma errada, trabalhando de forma suja. Não fal
Jéssica Me sentia vivendo uma noite mágica! Sim, era como se estivesse num conto de fadas, nesta ilha com o homem que eu amava. Depois da queima de fogos, Leonardo e eu caminhamos um pouco pela praia, o bom de morar num lugar privado era que ninguém nos observava. Até os seguranças dele, se encontravam distante de nós. Agora me preparava para dormir, Leonardo pediu licença por um momento, precisava ligar para os pais e foi para o escritório dele, enquanto me tranquei no quarto. Tomei um banho rápido, peguei a camisola branca que comprei, e saí do banheiro, esperando Leonardo voltar. Era como se fosse a nossa primeira noite juntos, sentia um frio na barriga, nervoso por dormir ao seu lado uma noite toda novamente. Meu cabelo eu deixei solto, usei o perfume que ele gostava e não usava nada por baixo da camisola. Nesta noite, seria diferente de todas as outras, pelo menos para mim era assim. Sentada na cama, aguardando por ele, ouço a porta se abrir e depois fechar. Levanto-me da cama, i