LeonardoUma semana se passou desde o meu encontro com Jéssica na casa da tia. Eu me joguei no trabalho para não ter que procurá-la novamente. Até dormir com a Larissa eu acabei dormindo. Tudo para não ceder ao desejo de ter aquela mulher na minha cama outra vez. Meus pais voltaram de viagem e hoje à noite eu iria jantar com os dois na mansão. Adiantei alguns trabalhos de amanhã e viajaria para o interior no final de semana.Participaria de uma reunião com o dono de uma construtora, que trabalharia nas obras de duas escolas técnicas que seriam construídas ainda esse ano. Minha promessa de campanha sobre escolas e hospitais, eu estava conseguindo manter e até o final do mandato eu teria construído praticamente tudo. Larissa me avisou que teria que ir embora, mas cedo eu fiquei trabalhando sozinho em meu gabinete. Minha mãe não sabia da volta da Jéssica e eu pretendia que ela continuasse sem saber. Andava correndo de problemas e preocupações. Trabalhei por mais trinta minutos até que ol
JessicaMeu retorno a São Paulo se mostrou diferente do que pensava quando estava no Rio de Janeiro. Eu visitava tia Maria praticamente todos os dias. Avisei minha antiga patroa que eu teria que abandonar o emprego ao menos por um tempo. O médico me disse numa das visitas que titia havia melhorado como num milagre. Porém, ela permaneceria sendo tratada no hospital. Sua doença não tinha cura, mas seus últimos dias seriam melhores do que se ela continuasse sozinha em uma cama hospitalar. Nanda precisou viajar três dias depois que chegamos e eu fiquei com Valentina sozinha. Pedro me visitou em uma noite e conheceu minha filha. Me fez tantas perguntas, me pressionou para saber a verdade sobre o pai da minha filha e eu me desviava de todas as perguntas. Vitória e Lucas também estiveram me visitando e acabamos nos entendendo, já que agora não éramos duas meninas e sim mulheres adultas. Vicky ficou impressionada com os cursos que fiz, com o diploma que obtive em estética e combinou como seri
Leonardo— Pronto, mocinha! Após limpar o machucado de Valentina, cubro com um curativo simples. O ferimento não foi grave, e a menina me contou que caiu no quintal de casa enquanto corria atrás do cachorro.— Fui atrás do Tomy e tropecei no chão. Ainda bem que minha mãe me trouxe até aqui e eu encontrei o senhor. Fiquei confuso ao ouvir a garota chamando Jéssica de mãe, então lembro do relatório que recebi onde dizia que Valentina era bastante apegada a ela.— Eu fico feliz que sua tia/mãe te trouxe e eu pude te rever novamente. Ajudei a menina a descer da maca e Jéssica se aproximou levando a menina para perto dela.— Meu amor, você ficou bem mesmo? Ela perguntou à sobrinha que respondeu que sim.— Obrigada, senhor! — Jéssica me agradece pegando a filha no colo enquanto Sofia assiste à cena entre nós três sem falar nada.— Espera! Eu falo antes que as duas saiam da sala.— Vou deixar as duas em casa. Assim essa mocinha não precisa andar e forçar o joelho machucado. Eu respondo e vej
JessicaPreparava o jantar enquanto Valentina assistia à novela infantil na sala. Depois que Leonardo foi embora, minha filha retornou me contando como estava feliz pelo encontro com o senhor que ela gostava. Sem disfarçar a alegria, contou como Leonardo foi legal na hora do curativo, que queria revê-lo. Expliquei que as coisas não funcionavam assim. Que ele era uma pessoa muito ocupada e não tinha tempo para perder com pessoas comuns como nós duas. Emburrada, avisou que tomaria banho e me pediu que colocasse um saco plástico em torno do seu joelho para não molhar o curativo. Depois do banho e de vestir seu pijama, ela foi assistir televisão e eu começar a preparar o jantar. Liguei para o celular da Fernanda e deu na caixa postal. Minha amiga deveria estar em alguma festa ou viajando para a praia. Antes de ir, me contou que se eu precisasse de algo que ligasse e que ela havia transferido um dinheiro para minha conta. Não prometia voltar antes do carnaval e eu provavelmente passaria o
JéssicaMeu trabalho no salão já estava tudo certo e eu atenderia às terças- quintas e sábados. Segunda e quarta apenas se eu quisesse ou se uma emergência surgisse. Contei para Vicky que fiz um curso de massoterapia e ela gostou da ideia de oferecer massagem relaxante para as mulheres. O curso era um dos requisitos que as garotas da agência faziam antes de começar a trabalhar. A dona dizia que era um bônus para os clientes na hora dos programas e acabei me aperfeiçoando depois que fiz o curso de estética. Eu pagaria 30% do que recebesse e poderia escolher acertar de 15 em 15 dias ou no final do mês. Ela perguntou como foi minha vida no Rio de Janeiro, se eu pretendia ficar morando em São Paulo por muito tempo ou não. Me esquivei de algumas perguntas, fui sincera em outras. Vicky se encantou pela minha filha e disse que se fosse melhor eu poderia deixar Valentina na casa dela se precisasse resolver algo. Claro se Fernanda não se incomodasse. Eu disse que estava tudo tranquilo, que mat
JéssicaTrabalhava no salão da Vitória há uma semana. O Natal chegou e eu consegui em poucos dias conquistar uma clientela significativa. Vitória estava sendo uma boa parceira já que ela não me considerava uma funcionária e sim uma pessoa que somaria no salão. Nossa relação era estritamente profissional, vindo da minha parte, já que para todo mundo eu era uma mulher solteira que ajudava a criar a filha da melhor amiga. Fui honesta sobre o trabalho da Fernanda e Vicky ficou surpresa por eu aceitar me tornar “babá” de uma menina encantadora como Valentina. Minha filha se apega rápido demais a Eduarda, filha da Vicky com o Lucas, que era quase um ano mais velha que a minha filha. Ester, a filha do Pedro e Viviane, era mais velha e Francisco tinha quase nove anos e era uma cópia fiel do pai. Falando na Viviane com o Pedro, ela apareceu por duas vezes no salão para fazer as unhas e o cabelo e trocamos meia dúzia de palavras. Ela foi educada com a minha filha e comigo e nada, além disso. Me
LeonardoA ceia de Natal na casa dos meus pais, acontecia com alguns amigos. Minha mãe decidiu convidar o grupo que viajaria para o Rio de Janeiro no Réveillon com a desculpa esfarrapada de que assim todos poderiam ficar juntos em ambas as festas de final de ano. Ela achava que eu não percebi sua intenção ao chegar na mansão e dar de cara com Isabela e os pais no jardim entre os outros convidados. Meus planos eram outros, que não incluía participar de uma festa em que eu me encontrava obrigado. Lorena e Frederico não disfarçavam a alegria em terem sido convidados e minha mãe forçava uma aproximação minha com Isabela que já me deixava sufocado. Sorri para alguns empresários e médicos que faziam parte da diretoria do hospital da minha família.— Leonardo, sua mãe sempre organizando as melhores recepções.Isabela se aproximou de mim, aproveitando o momento em que fugi da festa e fui me isolar numa parte do jardim onde as árvores disfarçavam a presença de alguém.Me virei para ela, sorrin
LeonardoFugi da festa com mamãe protestando, querendo saber o motivo de ir tão cedo para casa. Insinuou que Larissa me esperava, eu disse que não era nada do que ela pensava. Apenas me sentia cansado e queria dormir cedo. Uma grande mentira para fugir dali e ir atrás de alguém que rondava meus sonhos e pensamentos. Naquela noite Fábio estava de folga e o motorista substituto é quem dirigia para mim. Diego também não se encontrava na equipe e apenas um carro fazia a minha segurança. Algumas vezes Larissa dizia que eu brincava com a sorte, andando sem tantos homens ao meu redor. Eu não fiz nada errado para que alguém quisesse atentar contra a minha vida. Marcelo permanecia preso e meus inimigos não desejavam a minha morte e sim a minha parceria e cooperação em seus negócios ilícitos. O dinheiro da minha família falava mais alto do que qualquer outra coisa. No caminho para Estrela Guia tive a brilhante ideia de pedir que Moisés parasse em um shopping e desse um jeito de falar com o gere