O que eu estou fazendo? Se eu quero tanto entrar pro grupo das líderes de torcida eu já deveria estar na cama tendo uma boa noite de sono, mas o que seria de mim recusando um pedido de Beatrice Connor.
— Vamos lá, vira! — mandou e todos viramos o líquido que saiu rasgando na minha garganta — agora, Novata — apontou pra mim — verdade ou consequência?
— Verdade.
Andar com Beatrice era perigo dobrado, eu que não ia botar minha mão no fogo sabendo do que ela já fez comigo, eu sei muito bem que verdade ou consequência é sinônimo de problemas, besteira da minha mãe achar que filme não é uma forma de aprendizado, eu tinha que ser mais esperta que Beatrice.
Bati a porta de casa esperançosa de ainda estar a tempo do jantar de família, mas ao ver a sala de jantar vazia, me dirigi à sala, onde encontrei meu pai e minha mãe.— Oi pai, mãe, por que vocês não estão jantando? Eu cheguei atrasada?— Decidimos que hoje não haveria jantar de família, Callen está jantando na cozinha e nós estávamos esperando você — mamãe com uma cara não tão boa virou seu notebook.Na tela do notebook começou a aparecer uma curta metragem de mim na festa do pijama podre de bêbada dançando, noite passada beijando Chad, e todas as outras vezes que sai com elas sendo uma puta de uma vadia. Tudo estava bem ali, meus p
A cada vez que eu observava as ruas, os parques e até mesmo a escola, cada vez mais eu via decorações de natal que chegavam até a ser bem exagerantes. Eu não sei se minha opinião contava porque eu simplesmente eu achava demais essas decorações, e as histórias inventadas que não faziam sentindo, na minha cabeça eram desnecessárias.— Como é possível um velhinho de barba branca entregar presentes para tantas crianças em uma só noite? Essas coisas iludem crianças por anos — resmunguei ao passar por mais decorações entres os corredores da escola.— O bom é velhinho Papai Noel nos ensina muitas coisas, como por exemplo, a magia do natal, a arte de compartilhar e a acreditar mesmo que se
Meus movimentos na dança são como lufadas de ar, e quando estou dançando, estou aprendendo como melhorar cada passo, melhorando minha técnica e performance, a dança faz parte de mim e por isso gostaria de mostrar meu talento, mas isso requer treino, base e luta, foi tudo que aprendi durante todos esses anos, é a única coisa que me faz sentir eu mesma, não é como estudar... Sou só eu, meus passos e a música, um elo entre meu corpo e minha mente sentindo a música e as notas, por esse amor eu quero me tornar esse ser vivo sem medo de mostrar ao mundo o que tem pra dar, uma dançarina.O bater na porta me fez parar e desligar o som assim dando atenção a quem estava atrás da porta.— Pode entrar — permiti.
Subindo a colina era a melhor vista, definitivamente agora eu entendia do porque ser aqui, o primeiro ano que eu passaria com amigos de verdade num lugar distante onde tem o que eu mais amo, o vento, a grama, nem sinal pegava direito. Aquele lugar era o paraíso. Eu soltei a barraca deixando ela se desarmar facilmente, essa noite eu dormiria com Selene já que ela esqueceu de sua barraca.Vincent fez o mesmo deixando a sua pronta. Preparamos a fogueira e nos sentamos assim podendo ver a cidade de longe, a noite já se fazia presente e eu nem queria acreditar que mais um ano se passava, queria fazer melhor, ser uma pessoa melhor.— Como funciona a vossa tradição? — perguntei e os dois me deram papel e caneta — o que supostamente eu faço com isso?— Você vai escrever a&ia
Pousei minha bandeja na mesa já sentindo a tensão no ar o que na verdade era um tanto estranho, Selene estava quieta comendo com cara de poucos amigos e Vincent lendo o livro sem muita vontade de desviar do mesmo, apesar de achar que aquele livro não passava apenas de um ponto para olhar, o meu palpite seria, briga de irmãos.— Primeira semana de aulas e já estão brigados, vocês querem mesmo começar o ano bem! — sentei já dando um gole do meu suco.— Não sou eu quem esconde segredinhos e depois não conta para a própria irmã — jogou a indireta e eu olhei para Vincent.— Desculpe se feri seu ego irmã! Mas se eu não contei foi porque não consegue man
Mastiguei a comida sem real vontade de comer, parecia plástico na minha boca e nem era o sabor da comida, só estava entalado na minha garganta o fato de sentir que todos sabiam de algo e eu não.— Brianna, a comida não está do seu agrado? — perguntou a senhora de cabelos grisalhos preocupada pelos meus movimentos robóticos.— Está maravilhosa, só estou um pouco pensativa — dei mais uma garfada fingindo comer com vontade.— Vincent, você já contou a novidade pra sua avó? — a mãe deles perguntou e de repente o mesmo fico branco feito papel— Que novidade? — especulou a avó.
A primeira vez que entrei no psicólogo, ele me disse que o luto era algo nosso, havia diferentes maneiras de fazê-lo, uns choravam, outros se calavam perante à dor, outros esboçavam sorrisos falsos, entendi que o luto era somente meu e aquele psicólogo de merda não tinha nada haver com isso, foi por esse motivo que eu deixei a sala sem me expressar, o que era exatamente o que eu devia ter feito ao ter entrado no recinto.— Vai ficar tudo bem...Papai me prometeu que tudo ficaria bem, ele mentiu pra mim, mas eu não poderia culpa-lo, ele não era o culpado da sua morte, uma gangue o matou. Toquei a arma do meu pai, ele guardava pro caso de necessidade, nós tínhamos necessidade naquele dia e meu pai não pegou.
— Você demorou — Alfie se aproximou observando o corpo.Eu peguei o galão de sua mão e deixei o líquido molhar o corpo sem vida e tudo que estava envolta. Acendi o isqueiro assim acendendo o fogo. As labaredas pareciam enfim trazer a minha vingança mas ainda sim sentia que o fogo não era o suficiente pra ele.— Morreram todos os integrantes? — perguntei enquanto observava a cena como se fosse a minha cena mais almejada.— Sem testemunhos.— O dinheiro já foi transferido pra sua conta — avisei.— Tem sangue no seu ombro — olhei para o ombro. Um curativo improvisado terá que ser