Meus movimentos na dança são como lufadas de ar, e quando estou dançando, estou aprendendo como melhorar cada passo, melhorando minha técnica e performance, a dança faz parte de mim e por isso gostaria de mostrar meu talento, mas isso requer treino, base e luta, foi tudo que aprendi durante todos esses anos, é a única coisa que me faz sentir eu mesma, não é como estudar... Sou só eu, meus passos e a música, um elo entre meu corpo e minha mente sentindo a música e as notas, por esse amor eu quero me tornar esse ser vivo sem medo de mostrar ao mundo o que tem pra dar, uma dançarina.
O bater na porta me fez parar e desligar o som assim dando atenção a quem estava atrás da porta.
— Pode entrar — permiti.
Subindo a colina era a melhor vista, definitivamente agora eu entendia do porque ser aqui, o primeiro ano que eu passaria com amigos de verdade num lugar distante onde tem o que eu mais amo, o vento, a grama, nem sinal pegava direito. Aquele lugar era o paraíso. Eu soltei a barraca deixando ela se desarmar facilmente, essa noite eu dormiria com Selene já que ela esqueceu de sua barraca.Vincent fez o mesmo deixando a sua pronta. Preparamos a fogueira e nos sentamos assim podendo ver a cidade de longe, a noite já se fazia presente e eu nem queria acreditar que mais um ano se passava, queria fazer melhor, ser uma pessoa melhor.— Como funciona a vossa tradição? — perguntei e os dois me deram papel e caneta — o que supostamente eu faço com isso?— Você vai escrever a&ia
Pousei minha bandeja na mesa já sentindo a tensão no ar o que na verdade era um tanto estranho, Selene estava quieta comendo com cara de poucos amigos e Vincent lendo o livro sem muita vontade de desviar do mesmo, apesar de achar que aquele livro não passava apenas de um ponto para olhar, o meu palpite seria, briga de irmãos.— Primeira semana de aulas e já estão brigados, vocês querem mesmo começar o ano bem! — sentei já dando um gole do meu suco.— Não sou eu quem esconde segredinhos e depois não conta para a própria irmã — jogou a indireta e eu olhei para Vincent.— Desculpe se feri seu ego irmã! Mas se eu não contei foi porque não consegue man
Mastiguei a comida sem real vontade de comer, parecia plástico na minha boca e nem era o sabor da comida, só estava entalado na minha garganta o fato de sentir que todos sabiam de algo e eu não.— Brianna, a comida não está do seu agrado? — perguntou a senhora de cabelos grisalhos preocupada pelos meus movimentos robóticos.— Está maravilhosa, só estou um pouco pensativa — dei mais uma garfada fingindo comer com vontade.— Vincent, você já contou a novidade pra sua avó? — a mãe deles perguntou e de repente o mesmo fico branco feito papel— Que novidade? — especulou a avó.
A primeira vez que entrei no psicólogo, ele me disse que o luto era algo nosso, havia diferentes maneiras de fazê-lo, uns choravam, outros se calavam perante à dor, outros esboçavam sorrisos falsos, entendi que o luto era somente meu e aquele psicólogo de merda não tinha nada haver com isso, foi por esse motivo que eu deixei a sala sem me expressar, o que era exatamente o que eu devia ter feito ao ter entrado no recinto.— Vai ficar tudo bem...Papai me prometeu que tudo ficaria bem, ele mentiu pra mim, mas eu não poderia culpa-lo, ele não era o culpado da sua morte, uma gangue o matou. Toquei a arma do meu pai, ele guardava pro caso de necessidade, nós tínhamos necessidade naquele dia e meu pai não pegou.
— Você demorou — Alfie se aproximou observando o corpo.Eu peguei o galão de sua mão e deixei o líquido molhar o corpo sem vida e tudo que estava envolta. Acendi o isqueiro assim acendendo o fogo. As labaredas pareciam enfim trazer a minha vingança mas ainda sim sentia que o fogo não era o suficiente pra ele.— Morreram todos os integrantes? — perguntei enquanto observava a cena como se fosse a minha cena mais almejada.— Sem testemunhos.— O dinheiro já foi transferido pra sua conta — avisei.— Tem sangue no seu ombro — olhei para o ombro. Um curativo improvisado terá que ser
6 Meses depoisDescontrolada jogo tudo que se quebra no chão, acho que nem as coisas que não eram de vidro conseguiram se salvar do meu ataque de ódio. Estava tudo correndo como planeado. Durante todo esse tempo fiz Beatrice ter medo até da sua própria sombra, meses de trabalho pra jogar no lixo, tudo porque Parker entrou na sua vida e isso não está facilitando a minha vingança.— Escuta aqui, eu to farta das suas ameaças, me deixa em paz psicopata, eu sou Beatrice Connor, não sigo ordens de um perseguidor — desligou na minha cara.Até aí eu me contive, tinha um plano B caso ela tivesse a ideia de se tornar numas das três mosqueteiras corajosas, havia pensado
Capítulo com palavras fortes.Sentei na cadeira sentindo um clima estranho. Nesse exato momento, eu estava sentada à frente de Callen e mamãe estava do meu lado, era literalmente a coisa mais estranha do mundo, Callen remexia na comida como se fosse a coisa mais grotante do mundo, já mamãe comia como se ela estivesse no automático, pensativa, mas o que eu mais queria, era que apesar da morte do papai, nossa família se reerguesse, era por isso que o diálogo era importante.— Como está o trabalho? — perguntei a mamãe.— Está ótimo — tentou dar um de seus sorrisos, mas falhou miseravelmente — deixei os seus remédios na sua cama.
Olhei para Beatrice adormecida, ela estava mau apoiada na cadeira velha, eu sentia raiva pulsando no meu peito. Um filme de todas as maldades que ela me fez inundou meus pensamentos. Eu sentia tudo aquilo... bem aqui. A foto da turma da nossa infância estava bem ali na minha mão.— Covarde, covarde, covarde...Vozes gritavam na minha cabeça. Eu podia sentir tudo ali, inclusive a dor, porque enquanto eu olhava para ela, eu não me sentia completa?! Porque tudo isso me fazia pensar no que eu ia perder?!Não!! Eu não perdi nada. Ela mereceu. Tom mereceu. Estão aqui porque me magoaram e merecem ser punidos, são todos doidos e sem coração, eu não fiz nada! Sou estou retribuindo, isso não me torna m&aacut