88 Olhos no Horizonte

Os dias haviam se transformado em uma rotina confortável para mim e para Alice.

O trabalho na loja trouxe uma nova vida para minha existência, um ritmo que eu não sabia que precisava.

No entanto, mesmo em meio a esse novo cotidiano, algo começava a perturbar meu espírito inquieto.

Uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada, me acompanhava frequentemente.

Era uma tarde tranquila, e o sol brilhava com um calor gentil.

Alice estava brincando no parquinho em frente à loja, seus risos ecoando na brisa leve.

Eu estava atrás do balcão, organizando algumas mercadorias, mas minha mente se desviava constantemente para o exterior.

Algo não estava certo.

Eu olhei pela janela e a vi, tão feliz, tão livre.

Mas algo em meu íntimo me dizia que não estava sozinha.

Olhei ao redor, observando os passantes e as crianças correndo, mas não conseguia identificar a fonte daquela inquietação.

Era como se alguém estivesse me observando com atenção, avaliando cada movimento, cada respiraçã
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