Sentamos à mesa, com uma vista deslumbrante da cidade. Nossos olhares se encontram. — Estou feliz por estarmos juntos. — Vicente sorri. — Eu também, Vicente. — sorrio. O garçom do restaurante chega para anotar o nosso pedido. — O que você recomenda? — Vicente pergunta-me. — O risoto de frutos do mar. — Dois, por favor. — Vicente pede ao garçom. O garçom se retira. Enquanto esperamos o pedido, decido falar sobre o inusitado pedido de namoro. — Fiquei surpresa com o pedido de namoro. — começo a falar — Não esperava por isso. — Eu estava pensando já tinha um tempo sobre dar um passo e oficializar a relação. — Vicente diz. — Você sempre admitiu os seus sentimentos. — afirmo. — Sim, mas a senhorita sempre deixou claro para irmos com calma, pois carregava um temor terrível sobre ficar comigo. — Vicente lembra, o seu tom é com humor. Vejo graça em suas palavras e rio baixo. — O que mudou, é que nos últimos dias você tem demonstrando os seus sentimentos. — Vicente
..... ALGUNS DIAS DEPOIS — QUINTA-FEIRA ..... Como de costume, nas tardes de quintas-feiras vou a casa da minha mãe, Maria Helena, para um café da tarde na companhia de Luna. O cheiro de bolo fresco torna o ambiente ainda mais aconchegante. Nos reunimos sentadas na sala de visitas, nos confortáveis sofás. — O pilates tem sido ótimo, estou me sentindo tão disposta. — a minha mãe diz. — Está mesmo, Lana, acredita que a mãe foi andar de bicicleta com as crianças no parque outro dia? — Luna me conta. — Uau! — exclamo — Faz tanto tempo que eu não ando de bicicleta, a mãe está mais jovial que a própria filha! — Com sessenta anos preciso cuidar da saúde para conseguir me divertir com os meus netos. — minha mãe fala alegre. Inclino-me para pegar o bule de chá, o qual está em cima da mesa de centro, e me sirvo. Ao me endireitar no sofá, olho para a Luna e percebo que ela está olhando-me atentamente. Sigo o seu olhar para a minha mão direita, em especial para a aliança em me
..... INÍCIO DA SEMANA ..... A copa da empresa está silenciosa, com apenas o som de água fervente. Como de costume, vim na copa/cozinha da empresa preparar um chá de camomila — meu favorito — para relaxar. A porta da cozinha é aberta e Ágatha, a tesoureira, adentra. — Bom dia, Lana. Como você está? — ela me cumprimenta. — Bom dia. — respondo — Estou bem e você? — Tudo bem também. — Chá? — ofereço. — Aceito. — ela sorri. Quando o chá está pronto, sirvo nossas xícaras. — Lana, desculpe se eu estiver sendo enxerida, mas você está namorando? — Ágatha pergunta e gesticula para a aliança em meu dedo anelar. "Esta aliança ainda irá me denunciar por muito tempo." — penso. — Sim, estou. — sorrio. — Desejo-lhe felicidades! — Ágatha exclama. — Obrigada, Ágatha. — digo em agradecimento. — Todo mundo está comentando nesta manhã. — ela conta — Os presentes que foram entregues na recepção foram um sinal. Reviro os olhos. Somos interrompidos com o Eduardo, o qual entra na cozinha e
..... ALGUNS DIAS DEPOIS — DOMINGO ..... Estaciono o carro em frente à casa da minha mãe, Maria Helena — é uma verdadeira mansão luxuosa com fachada clássica, jardins bem cuidados e uma entrada grandiosa. Ao sairmos do carro, Vicente olha atentamente a fachada da casa, impressionado. — A riqueza é de família, hein? — ele diz com humor — Sua mãe tem um gosto impecável por luxo! — Ela sempre teve um estilo próprio. — afirmo. Guio Vicente para o interior da casa, o mesmo está fascinado com tudo. — Mãe? — chamo. Ficamos esperando na sala de visitas. Logo, Maria Helena surge no corredor, avaliando Vicente de cima a baixo, com o seu jeito elegante e refinada. — Oi, mãe! — nos cumprimentamos com um abraço. — Bom dia, filha. — ela sorri para mim. Nos afastamos e gesticulo com a mão para o Vicente. — Mãe, esse é o Vicente. — apresento — Vicente, esta é a minha mãe, Maria Helena. — Olá, Vicente. Seja bem-vindo. — ela se aproxima e abraça rapidamente. — É um prazer, senhora Maria
Minha irmã Luna, vêm acompanhada de seu esposo Pedro e do nosso pai, Fernando. Todos eles se aproximam da mesa para nos cumprimentar. — Oi, Lana! — Luna se aproxima e abraça me. — Oi, Luna! — respondo e retribuo o gesto. — Lana. — Pedro me cumprimenta com um rápido abraço. — Quanto tempo, Pedro! — afirmo. — É que ultimamente você tem estado ocupada para nos visitar. — Pedro diz e sorri de lado. Sorrio envergonhada. Vejo o meu pai esperando, sem jeito, ao lado. — Bom dia, pai. — levanto-me e cumprimento o meu pai. — Bom dia, filha, como vai? E o pulso? — ele beija o meu rosto. — Já está bem, não ter que usar a faixa é um alívio. — respondo. O Vicente se coloca em pé ao meu lado e faço a apresentação: — Todos, esse é Vicente, meu namorado. — continuo — Vicente, estes são meu pai, Fernando, o meu cunhado, Pedro e a minha irmã, Luna a qual você já conheceu. — É um prazer conhecê-los. — Vicente diz sorridente e cumprimenta a cada um deles. — Seja bem-vindo a fam
Na última vez que verifiquei, o Vicente estava conversando com o meu pai, Fernando próximo a fonte. Enquanto o Pedro está correndo atrás das crianças, em uma brincadeira. A Luna está lavando os pratos e talheres usados no almoço, enquanto eu vou enxugando e guardando em seus devidos lugares. Quando a minha mãe retorna com mais louças para lavar, a mesma já indaga: — Lana, você realmente acha que isso vai dar certo? Ele é tão jovem... — o seu tom é de preocupação. — Já disse, mãe. Não quero discutir. — respondo, mostrando não estar confortável para discutir sobre o assunto. — Você está agindo sem pensar. — ela reclama. — Eu sabia que você reagiria assim. Por isso não queria falar sobre o namoro. — resmungo. — Quanta incompreensão! Você deveria rever suas escolhas, Lana. — minha mãe me olha, frustrada. — Mãe, tente focar no lado bom de Vicente. A idade não será problema. — Luna se manifesta na conversa. Fico em silêncio, tentando não dizer alguma grosseria para a minh
..... DOIS MESES DEPOIS ..... O tempo passa cada vez mais rápido, os últimos meses tem passado voando. Apesar da rotina acelerada, Vicente e eu encontramos um equilíbrio perfeito. Vicente divide seu tempo entre começar as manhãs de forma vigorosa na academia, para manter o corpo e a mente saudáveis. Depois, vai para sua mentoria no bistrô francês ao lado de Chef Sophia. No fim da tarde, ele precisa supervisionar à distância a oficina mecânica, em sua cidade natal. Enquanto eu, dedico a maior parte do meu tempo ao trabalho e aos cursos profissionalizantes que o senhor Leblanc me ofereceu antes de partir para a França. Tudo isso, sem nos esquecermos de priorizar os momentos especiais. Nossos encontros vão de jantares românticos à caminhadas ao pôr do sol, sem mencionar as conversas profundas até altas horas. ..... Hoje é a festa de confraternização da empresa onde eu trabalho. Todo ano a festa ocorre no início do mês de novembro, uma maneira de não atrapalhar os planejame
Estava crente que nossos lábios iriam se unir em um beijo doce, se não fosse pela interrupção inesperada de Henri Leblanc se aproximando. — Lana, chère! — Henri me cumprimenta com um abraço, além de beijar minhas bochechas. — Henri, bom ver você. — digo com um sorriso, me sentindo desconfortável. Henri olha para Vicente de forma desprezível e acena com a cabeça como cumprimento. — Henri, este é Vicente, meu namorado. — apresso-me em dizer — Ah, encantado. — o tom de Vicente é de surpresa, desta vez ele cumprimenta o meu namorado com um aperto de mão frio. — O prazer é meu. — Vicente diz educado. — Você parece radiante, como sempre. — Henri elogia descaradamente. — Obrigada, Henri. — agradeço. — E então, recebeu o relógio? — Henri muda de assunto — Fiz questão de enviar um presente como aquele tão significativo. Para a mulher que controla o meu tempo. — Sim, Henri, recebi. Obrigada. — respondo. — E gostou? — ele pergunta curioso, ao mesmo tempo que parece estar f