..... SEGUNDA-FEIRA — 7:00 ..... De manhã, decidi enviar mensagem para o Vicente. 💬 Bom dia, gatinho! 💬 Como você está? Vicente responde rapidamente: 💬 Bom dia, amor! 💬 Estou nervoso, é o primeiro dia de mentoria. Sorrio. O Vicente passou o final de semana todo empolgado com a mentoria ao lado da Chef Sophia. 💬 Vai dar tudo certo! Você está preparado. — envio a mensagem. 💬 Obrigado por tudo, amor! — Vicente envia vários corações em seguida. 💬 À noite, jantamos aí no AP? — pergunto na mensagem. 💬 Claro! — Vicente concorda. Respondo: 💬 Ótimo! 💬 Até mais tarde! Vicente responde: 💬 Até mais tarde, linda 💬 Tenha um bom dia! ..... Me encontro perdidas em pensamentos. O pensamento? Vicente... Só de imaginar o seu rosto, sinto um arrepio percorrer o meu corpo. "Aqueles olhos... Aquele sorriso... Aquela boca..." — os meus pensamentos tomam rumos mais obscuros e sinto-me uma pervertida. Distração é um luxo que não estou podendo t
MAIS TARDE ..... — E então, a Sophia me fez preparar um risoto. Foi intenso, mas incrível! — Vicente termina de contar sobre o seu primeiro diz no bistrô. Estamos jantando juntos no apartamento, como combinado. — Fico feliz que o seu primeiro dia tenha sido bom, Vicente. — sorrio e continuo — Eu também tive um dia incrível. Tive uma reunião online com embaixadores internacionais. — Uau! Como foi? — Foi fantástico! — exclamo — Henri apresentou nossas propostas, discutimos parcerias globais. — E quem é Henri? — Vicente pergunta. — Peço desculpas, é Sr. Henri Leblanc, o diretor internacional que está nos visitando. É um líder experiente e visionário, conhecido por suas estratégias inovadoras e habilidade em construir parcerias globais. — explico resumidamente — Esse Henri parece muito próximo de você. — Vicente resmunga, pelo jeito ele não prestou atenção em minha apresentação profissional sobre o Sr. Leblanc — Bobagem! É apenas trabalho. — rio de suas palavras. —
..... Nos sentamos em um local mais afastado da ilha onde os chefes cozinham, enquanto aguardamos o almoço ser servido. — Fora do escritório, posso chamá-la de Lana, mademoiselle? — senhor Leblanc pergunta. — Sim... claro. — concordo. Henri sorri ,mantendo o olhar intenso, enquanto eu desvio o olhar para a decoração ao redor. — Este restaurante é incrível. A decoração, o ambiente... tudo é perfeito. — faço o comentário, na tentativa de criar um assusto confortável. — Concordo. E você também é perfeita aqui. Seu gosto é impecável, Lana. — Henri diz com um sorriso de lado. "Drog@! Por que ele muda o assunto para mim?!" — penso. Vejo o Vicente cozinhando, mas ele não me vê, pois está entretido em seu prato De repente, escuto a voz de Chef Sophia e viro-me para vê-la se aproximando de nossa mesa: — Lana, querida! Que prazer! — ela me cumprimenta calorosamente, como de costume. — Chef Sophia! — sorrio em cumprimento. — Quem é o sortudo que conseguiu levá-la almoçar? — ela per
..... MAIS TARDE .....Estaciono o carro na frente do condomínio, com a intenção de vir visitar o Vicente — não conversámos após o almoço no bistrô francês, creio que ele tenha ficado chateado. Mesmo não podendo dirigir por causa do pulso enfaixado, a minha vontade de conversar e explicar o ocorrido para o Vicente foi maior. "Como vou explicar ao Vicente?" — este é o meu maior questionamento. Não foi apenas um almoço profissional, pois o Henri acabou flertando comigo — e a Ágatha jura de pés juntos que ele tem interesse em mim. "Vicente vai ficar possessivo quando souber." — penso. O que eu faço? Manter a distância de Henri é o primeiro passo. Bato na porta do apartamento de Vicente. — Lana? — Vicente indaga, parecendo surpreso. Seguro o riso. Vicente não conhece mais ninguém na cidade, porquê a surpresa de me ver em sua porta? — Vicente, precisamos conversar. — digo de desdém. A resposta de Vicente é abrir a porta e me dar espaço para entrar. Sentamos no sof
..... ALGUNS DIAS DEPOIS — SEXTA-FEIRA ..... 11:55 Pego os meus pertences e saio da sala, pois irei sair para almoçar. Finalmente, é sexta-feira. A semana foi uma loucura, tão atarefada e o que mais quero é terminar este dia e poder relaxar final de semana. O elevador me leva para o térreo, quando as portas se abrem revelam o corredor que leva até a recepção. Ao me aproximar de lá, escuto murmúrios dos funcionários dali. — Quem será o admirador secreto? — quem pergunta é a Mônica, a secretária. — Será que é alguém da empresa? — a voz é de Beatriz, a estagiária. — Henri Leblanc está sempre olhando para ela... — o comentário é de Rosa, a recepcionista. — Mas Lana não parece interessada nele... — a Beatriz diz. Paro de caminhar, hesitante. "As funcionárias da recepção estão falando de mim? E por quê?!" — penso intrigada. — Aquela lá não se interessa por ninguém. — Mônica diz com indiferença. Reviro os olhos com o comentário de Mônica, esta mulher é detestável.
Sentamos à mesa, com uma vista deslumbrante da cidade. Nossos olhares se encontram. — Estou feliz por estarmos juntos. — Vicente sorri. — Eu também, Vicente. — sorrio. O garçom do restaurante chega para anotar o nosso pedido. — O que você recomenda? — Vicente pergunta-me. — O risoto de frutos do mar. — Dois, por favor. — Vicente pede ao garçom. O garçom se retira. Enquanto esperamos o pedido, decido falar sobre o inusitado pedido de namoro. — Fiquei surpresa com o pedido de namoro. — começo a falar — Não esperava por isso. — Eu estava pensando já tinha um tempo sobre dar um passo e oficializar a relação. — Vicente diz. — Você sempre admitiu os seus sentimentos. — afirmo. — Sim, mas a senhorita sempre deixou claro para irmos com calma, pois carregava um temor terrível sobre ficar comigo. — Vicente lembra, o seu tom é com humor. Vejo graça em suas palavras e rio baixo. — O que mudou, é que nos últimos dias você tem demonstrando os seus sentimentos. — Vicente
..... ALGUNS DIAS DEPOIS — QUINTA-FEIRA ..... Como de costume, nas tardes de quintas-feiras vou a casa da minha mãe, Maria Helena, para um café da tarde na companhia de Luna. O cheiro de bolo fresco torna o ambiente ainda mais aconchegante. Nos reunimos sentadas na sala de visitas, nos confortáveis sofás. — O pilates tem sido ótimo, estou me sentindo tão disposta. — a minha mãe diz. — Está mesmo, Lana, acredita que a mãe foi andar de bicicleta com as crianças no parque outro dia? — Luna me conta. — Uau! — exclamo — Faz tanto tempo que eu não ando de bicicleta, a mãe está mais jovial que a própria filha! — Com sessenta anos preciso cuidar da saúde para conseguir me divertir com os meus netos. — minha mãe fala alegre. Inclino-me para pegar o bule de chá, o qual está em cima da mesa de centro, e me sirvo. Ao me endireitar no sofá, olho para a Luna e percebo que ela está olhando-me atentamente. Sigo o seu olhar para a minha mão direita, em especial para a aliança em me
..... INÍCIO DA SEMANA ..... A copa da empresa está silenciosa, com apenas o som de água fervente. Como de costume, vim na copa/cozinha da empresa preparar um chá de camomila — meu favorito — para relaxar. A porta da cozinha é aberta e Ágatha, a tesoureira, adentra. — Bom dia, Lana. Como você está? — ela me cumprimenta. — Bom dia. — respondo — Estou bem e você? — Tudo bem também. — Chá? — ofereço. — Aceito. — ela sorri. Quando o chá está pronto, sirvo nossas xícaras. — Lana, desculpe se eu estiver sendo enxerida, mas você está namorando? — Ágatha pergunta e gesticula para a aliança em meu dedo anelar. "Esta aliança ainda irá me denunciar por muito tempo." — penso. — Sim, estou. — sorrio. — Desejo-lhe felicidades! — Ágatha exclama. — Obrigada, Ágatha. — digo em agradecimento. — Todo mundo está comentando nesta manhã. — ela conta — Os presentes que foram entregues na recepção foram um sinal. Reviro os olhos. Somos interrompidos com o Eduardo, o qual entra na cozinha e