Era noite de verão. Dean observava da varanda de sua casa, o céu totalmente estrelado, a rua de seu bairro deserta, compunhada apenas pelos carros estacionados ao lado esquerdo, aonde ficava o lugar favorito em Ashton City: a residência de seu tio, William. Estava sem sono, mal dormia por conta dos últimos acontecimentos e rezava sutilmente enquanto sentia a mesma angústia começando a inibir a mente, retraindo miseravelmente à pouca força de seu corpo.— Sem sono, meu filho?— Oi, tio. É, tô sim, mas ficarei bem.— Quer alguma coisa?— Não, tio, pode ir dormir sossegado, vou em seguida.— Quer mesmo que eu vá, Dean? — ele perguntou, colocando a mão sobre os ombros caídos do rapaz em protesto. — Se quiser eu posso preparar um café, sento aqui com você e dividimos essa angústia. Que tal?— Oh, tio. Só o senhor mesmo, mas eu preciso ficar um momento sozinho, para colocar a cabeça
Restaurant of the Dylan, ficava no centro histórico de Ashton City, próximo de parques, shoppinps center, academias ao ar livre e escolas de última geração, lugar onde Dean houvera terminado seu ensino médio, com mensalidade pagas por seu tio, William. De todos os cantos da pólis, aquele em especial lhe trazia lembranças formidáveis, pois seu primeiro beijo com Luan, fora ali, logo atrás da Bernard Avenue. Dean estacionou o carro próximo a uma linha de coqueiros, na orla da cidade, onde a brisa persuadia o ar e trazia uma sensação de liberdade na alma. Como era verão em Ashton, todas as praias estavam tomadas por turistas de diversas parte do continente. A base da riqueza e o PIB, provia especialmente do turismo. O centro de Ashton, era tomado por hotéis luxuosos, mansões gigantescas e bonitas, muito diferente do bairro onde Dean morava. Mais calmo. Mais pacato. Porém, mais bonito.Eles deixaram o carro preto estacionado e seguiram caminho pela rua asfaltada, atrave
À noite havia sido longa. Após a breve comemoração, Dean arrumou algumas malas com o material e roupas necessárias e caiu no sono. Acordou pela manhã com o despertador lhe convidando para mais um dia, um dia este especial e único, o qual ficaria marcado para sempre na sua vida, corpo e alma.Sentou na beirada da cama e sentiu o cheiro de panquecas e omelete no ar, mal tinha noção de que o costume de acordar e está tudo pronto, logo não faria parte da sua rotina matinal. Vestiu uma camisa e foi-se para o banheiro, se higienizar. Depois, voltou ao quarto e prosseguiu em direção à cozinha, deparando-se com uma mesa farta, o que não era costumeiro.— O senhor ainda vai me deixar mal acostumado. — Dean disse puxando uma cadeira. — Bom dia, pai.— Bom dia, filho. Como foi sua noite? Suponho ter sido
Ao concluir sua arrumação, Dean fitou o corpo estendido sobre a cama, balançando a cabeça negativamente. Ele sabia que não devia esperar nada de ninguém, ainda mais de pessoas como Lucas, as quais se achavam à última bolacha de um pacote caro e chique.Ainda assim, adormeceu.Acordou pela manhã, espreguiçou o corpo modestamente, e foi-se para o banheiro, aonde tratou de fazer sua hegiene diária, tomou banho e relaxou-se moderadamente. Vestiu uma sunga e saiu do box pequeno, indo rumo ao armário de onde tirou o uniforme da universidade, que consistia em uma calça social azul marinho, uma camisa e um blazer da mesma cor, além dos sapatos sociais preto. Teria de lembrar que deveria pagar aquelas roupas mais tarde, após à aula. Arrumado, Dean passou perfume e arrumou seus cabelos loiros, resolveu não ir de óculos, desejava-se ver mais natural.Apanhou sua mochila e pôs-a sobre as costas, mas antes de dá um passo, ouviu o remexer s
— Qual foi, cara? Cê não tem senso de humor, não? — questionou Luc, aborrecido.— Tenho. Mas demonstro apenas com pessoas do meu vínculo íntimo, e nesse caso, você está bem distante de estar incluso nele. — pigarreou Dean, exausto e estúpido. — Tive um péssimo dia hoje, favor, não me aborreça.Luc ergueu uma mão em rendição, afinal o garoto parecia mesmo querer ficar sossegado. Descontente consigo mesmo, ele ligou a televisão velha à qual nem Dean viu-a ali, e colocou no jornal local.Apanhou o livro de cima do criado mudo e tratou de ler, sempre prestando atenção nas notícias. Irritado e já suando porque não tinha como colocar o ventilador para girar, Dean afrouxou a gravata e a retirou, colocando-a sobre a cama.Ergueu-se do móvel e retirou o blazer, a camisa e deixou às costas em direção a Victor, que prestou bastante atenção na moldura copular do rapaz. Era atraente, mas não a ponto de trocar vagina por ou
Duas semanas. Dean Salvatore conseguiu viver duas semanas sem demonstrar afeto ou repudiação por Luc. Era sábado, mais um fim de semana daqueles o qual passaria o dia inteiro trancado no quarto lendo um livro de leis e mais leis, aonde encontraria brechas e, até mesmo, duvidaria da capacidade humana de fazê-las cumprir.Luc, àquela altura da manhã, estava deitado na cama próximo à janela e assistia um programa aleatório na televisão. Os dois não eram tão próximos, mal trocavam meia dúzia de palavras durante um dia, isso quando não discutiam e alguns verbos inapropriados saíam como flechas num único alvo.Luc baixou o volume da televisão e abandonou o livro que estava lendo.— Posso te fazer algumas perguntas, Dean?— Desde que não sejam mis
— Então, Dean, por que resolveu vim para a cidade de Thyssen? — Brandon perguntou a Dean, minutos mais tarde.Ele poderia enumerar alguns fatores, mas não sabia por quais problemas começar, por isso foi bem razoável na resposta.— Simples! Meu sonho sempre foi cursar Direito, e na Universidade de Valenza. — respondeu.Brandon arqueou a sobrancelha, enquanto Luc acompanhava o assunto à distância, assim como Cole e Lee, que bebiam.— E seus pais? Eles devem terem ficado irritados com você, já que não contou a eles que tinha se inscrito para concorrer à uma vaga. Estou certo? — Brandon, parecia mesmo querer se aproximar de Dean.Dean pensou em responder que não, mas logo saberiam da morte de seus pais.— Meus tutores foram assassinados quando eu tinha quinze anos. — silêncio, tudo que Dean mais queria naquele instante. — Fui criado pelo meu tio, e sim, ele ficou bastante furioso
Dois meses. Se o que Dean viu há sessenta e um dias fosse improvável agora, ele realmente estava ficando louco. Luc estava sentado ao seu lado, no refeitório, conversando sobre assuntos aleatórios.— Meu sonho é viajar pra lua.— Mas você cursa economia e administração.— Que custa sonhar?— Nada, mas...— Então não interrompa meu sonho.Dean deu de ombros e voltou a tomar seu café.— Você é meio louco, né?— Sou. Isso importa?— Não. Nem um pouco. Contanto que não me mate à noite, tudo certo. — Dean disse, sorrindo. — Viu o Lee esses dias?Luc travou o maxilar. Depositou o copo sobre à mesa e respondeu:— Sim. Ele tem uma semana sem aula, porque fez algumas extras no mês passado. Com isso, resolveu se permitir às férias. Porém, passará aqui pro almoço com Brandon e companhia.<