Era noite de verão. Dean observava da varanda de sua casa, o céu totalmente estrelado, a rua de seu bairro deserta, compunhada apenas pelos carros estacionados ao lado esquerdo, aonde ficava o lugar favorito em Ashton City: a residência de seu tio, William. Estava sem sono, mal dormia por conta dos últimos acontecimentos e rezava sutilmente enquanto sentia a mesma angústia começando a inibir a mente, retraindo miseravelmente à pouca força de seu corpo.
— Sem sono, meu filho?
— Oi, tio. É, tô sim, mas ficarei bem.
— Quer alguma coisa?
— Não, tio, pode ir dormir sossegado, vou em seguida.
— Quer mesmo que eu vá, Dean? — ele perguntou, colocando a mão sobre os ombros caídos do rapaz em protesto. — Se quiser eu posso preparar um café, sento aqui com você e dividimos essa angústia. Que tal?
— Oh, tio. Só o senhor mesmo, mas eu preciso ficar um momento sozinho, para colocar a cabeça em ordem, entende?
— Entendo, claro que entendo! A barra não está sendo fácil para nem um de nós, Dean. Mas, por favor, tenta não deixar a cabeça controlar o coração.
Dean assentiu, afirmativo.
— Tá, tio, eu prometo não me esfolar voltando ao passado, afinal de contas, tô bem assim. Boa noite.
— Boa noite, Dean.
Com um beijo depositado sobre a cabeça do sobrinho, William foi-se.
Dean, após à morte de seus pais, passou a morar com William, o único parente próximo e ainda vivo. William, apesar de se sentir culpado pela ida precoce de sua irmã, Jessica, e seu cunhado, Théo, arramou um jeito de criar sozinho o sobrinho, na época, com quinze anos. Ele era um homem belíssimo, na casa de seus trinta e sete anos, cabelos castanhos claros, olhos verdes escuros e pele branquinha, com certos sinais chamativos e espalhado ao longo corpo. Respeitando o tempo de cada um, William tentou se aproximar aos poucos e conforme Dean crescia, tudo ficou mais fácil de lidar, acabaram por construir uma amizade invejável e, em alguns momentos, emocionava-se ao ouvir o garoto lhe chamando de pai. Estavam há sete anos convivendo juntos, e isso era muito produtivo.
Ultimamente, porém, Dean sentia que era hora de ganhar novos horizontes e semear sementes para dar frutos dignos de seu esforço. Com isso, tratou de fazer sua inscrição na Valenza Universit, a faculdade mais importante do estado de Lassen, com sede na cidade de Thyssen, a poucas horas de Ashton City. A ansiedade, desde então, passou a tomar espaço e mal conseguia dormir na esperança de que o email com a confirmação ou absorção de sua inscrição, chegasse.
Até tarde daquela noite de sexta-feira, Dean ansiava por isso, já que o ano letivo teria início na segunda, dois dias após. Esfregando as mãos, e num ímpeto de coragem, se levantou da varanda e foi-se para dentro da casa e, em seguida, ao quarto.
O quarto de Dean, não era tão grande quanto o do seu tio, mas este bastante aconchegante, tornava-se perfeito para um isolamento duradouro. Sentou na beirada da cama, conferiu o email no notebook, e arrasado mais uma vez, deitou sobre o móvel e apertou o aparelho contra o corpo e assim adormeceu.
Acordou com o apito estéreo do despertador lhe chamando para um novo dia. O canto suave dos pássaros e os pingos profanos de uma garoa acima do telhado, entrou pelas frestas das janelas até seus ouvidos. Dean sentou sobre a cama e exercitou o corpo, indo até o banheiro e fazendo sua higiene matinal.
Depois, ao voltar, pegou uma camisa e seguiu o cheiro de omelete e panquecas, comida preferida logo pela manhã e, que seu tio, William, não media esforços de acordar cedo para preparar tudo com muito carinho.
Deixou o quarto e seguiu o corredor, o lance de escadas e chegou a sala, da onde o cheiro tornou-se convidativo.
— Bom dia, pai.
— Bom dia, filho. Dormiu bem?
— Sim, melhor impossível.
William virou para encarar Dean e arqueou uma sobrancelha, conhecia tão bem o sobrinho que a parte de ter dormido bem, soou como inverdade.
— Ok, não tão bem, mas conseguir colocar os pensamentos em ordem. — assegurou Dean, sentando-se o redor da mesa. — E sua noite, foi legal?
— Digamos que sim. Estava preocupado com você, então dormir um pouco mais tarde para certificar de que não faria besteira. — ele voltou-se para o fogão e as panelas. — Sabe, Dean? Estava pensando em irmos pescar hoje.
— Pescar, tio? Não sou adepto desse esporte, principalmente porque compreende uma porcentagem gradativa de força, vitalidade e vontade.
William riu.
— Então você escolhe a diversão do dia. Que tal?
— Ah, pode ser. Que acha de irmos dá uma volta no centro, fazer compras e comer fora?
— Se enjoou da minha comida, meu filho?
— Não é isso, senhor William, é apenas uma opção de descontração, mas se não quiser ir, podemos pescar!
— Você me conhece tão mal, Dean. — fungou William trazendo o café para a mesa. — Sim, vamos até o centro fazer compras e comer.
Dean mostrou um sorriso de vitória, o que gerou um certo desconforto em William, o qual odiava perder para o sobrinho.
— Ah, mas me fala, tio: você e a Lia ainda estão se pegando?
— Olha as palavras, moleque. — repreendeu o mais velho, fazendo o mais novo arquear uma de suas grossas sobrancelhas. — Mas, lhe respondendo, a gente sai de quando em quando. Tomamos um chope, vamos ao cinemas e raramente rola algo mais quente.
— Entendi. Então não estão juntos? Tipo, como namorados?
William sentou do outro lado da mesa e abriu um pão e passou a manteiga, pensando brevemente nas palavras que usaria.
— Ainda não. É complicado, sabe?
— Sei. Já passei por essa fase e...
— Ei. Vamos aumentar este astral. Já falei para não voltar no passado, Dean.
— Eu sei, tio. Tô tentando engrenar minha vida, mas ainda não sei lidar com a ausência que o Luan deixou no meu peito. Afinal, éramos muito bem resolvidos e, com isso, nosso amor surtia um efeito bem maior. — assegurou deixando a xícara de lado e fitando o homem à sua frente. — Acha que um dia eu vou amar alguém tão quanto amei o Luan, tio?
William mastigou o pedaço de pão e engoliu em seco. Da corda aquele assunto que feria aos extremos seu sobrinho, lhe magoava, mas isso parecia não atingir tanto Dean.
— O Luan foi um cara incrível, meu filho. Mas o tempo vai lhe mostrar um garoto legal, disso eu tenho certeza. — afirmou William, segurando a mão de Dean por cima da mesa. — Confia em mim, voltar ao passado só lhe trará prejuízos mentais.
Dean concordou.
— Tá bom. Pai?
— Diga, Dean!
— Você saberia conviver com minha ausência? — perguntou Dean, a William.
O homem analisou à pergunta calmamente, o suor descendo seu pescoço.
— O porque da pergunta, meu filho?
— Porque queria ir para Thyssen.
— Como assim, ir para Thyssen? Você não tem ninguém lá, Dean.
— Eu sei, tio. Mas eu quero ir para Thyssen, estudar.
— Mas às aulas em Thyssen, iniciam na segunda-feira, Dean. Não teria como agendar uma vaga para você, nem mesmo daria tempo para te inscrever numa faculdade. — ressaltou William.
— Sobre isso...
— Ah, não, Dean. Não consigo acreditar que traiu a confiança à qual depositava em você, nem mesmo pediu uma consulta minha. — bufou William deixando o café de lado, provavelmente havia perdido também o apetite. — Eles te aceitaram?
Dean retraiu o corpoe bufou, nunca tinha visto seu tio agir tão diferente.
— Não sei. Ainda não chegou o email de confirmação.
William levantou da cadeira e foi-se para a pia. Lavou algumas louças e pensou por um instante na primeira pergunta de seu sobrinho, sobre sentir a ausência dele.
— Sabe, Dean? — começou William, após um tempo. — Quando seus pais morreram naquele maldito assalto, e você chegou para mim arrasado, destruído e chorando, eu mal sabia cuidar de mim. Os primeiros meses, foram fatais, não tinha experiência, porém, você me ajudou. Você me fez ser um homem melhor, mais responsável. Agora, crescido, você tenta se convencer de que não precisa de mim...
— Não estou excluindo o senhor da minha vida, tio. — cortou Dean. — Quero seguir meu sonho, o sonho de meus pais. Quero ajudá-lo e aqui, em Ashton, não vou ter futuro.
William suspirou, enxugando as mãos no guardanapo e voltou-se para à mesa.
— Só queria ter feito mais parte das suas escolhas, Dean. Você é um filho que ainda não tive, e isso foi a pior punhalada que levei. Esperava tudo, menos essa traição. — ele fungou, abalado. — Porém, é seu sonho, então vou continuar te apoiando.
— Mas eu nem sei se vou ser chamado. Então não se preocupe com nada, talvez ficarei por aqui.
— Não, não, Dean. Qual a universidade que inscreveu-se? — questionou William, agora mais prestativo.
— Valenza Universit.
William arqueou uma sobrancelha, visivelmente preocupado. A fama da universidade era extraordinária, mas haviam alguns problemas com os quais devia se preocupar, e com toda razão possível.
— É a melhor. — certificou-se nas lembranças mais vetusta. — Eu e meus amigos estudamos nela, então é um bom lugar para repensar, fazer novas amizades e, por cima, namorar.
Dean deu um meio sorriso, antes de questionar:
— Está furioso comigo, tio?
— Não, Dean. Um pouco chateado, mas é seu sonho. Vou te apoiar, assim como sua mãe me apoiava nos tempos da escola. — ele riu. — Bom, agora termine o seu café, se arrume que vamos até o centro comprar roupas para você, e uma mala.
— Ainda nem sei se vou ser chamado para a universidade, pai. Ela é muito concorrida. — disse Dean, receoso de colocar esperanças demais.
— Primeiro, você sempre foi o melhor aluno de Ashton City. Segundo, não perca a fé. Agora levanta essa bunda grande da cadeira, toma um banho e vamos sair um pouco.
Dean tinha um sonho de cursar Direito em Valenza, e isso já vinha desde os treze anos, quando seus pais, os advogados renomados de Ashton e Thyssen, passaram por lá e formaram-se grandemente, construindo seu império e uma vida de requinte. Essa força que vinha de dentro de seu peito, tinha tornado-se mais visível e favorável quando resolveu se inscrever na universidade. Suas prioridades giravam entorno de: concluir seu curso, erguer sua própria rede de advocacia, ganhar muito dinheiro, comprar uma fazenda em Telenza, levar seu tio para morar com ele e, por fim, encontrar a cópia perfeita de Luan, o grande amor de sua vida. Carinhoso, angelical, atraente e único.
Se bem que ultimamente sua vida amorosa tivera estagnado, mal conseguia dormir pensando na faculdade e em como era estar presente nela, cercado de universitários de todos os tipos e ideologias, alguns menos radicais e outros inúmeros com faces diferentes, prontos para dar o bote certeiro.
E caso fosse chamado, não iria desperdiçar um único momento, viveria intensamente cada segundo, alimentando à vontade de estar incluido aonde poucos conseguiam alcançar. Valenza, era uma instituição feita para poucos, os menos inteligentes, com certeza ficariam pelo caminho e esse, não era, nem de perto, o objetivo de Dean.
Depois de tomar banho, mudar de roupa e escovar os dentes, Dean fitava sua imagem através de um espelho grande em seu quarto, lugar onde tinha privilégio de ser ver diariamente, pois sua beleza realmente tornava-se tentadora.
Os cabelos loiros caiam até abaixo de sua nuca, passando por cima das orelhas e sobrancelhas, deixando uma fenda para os demais vislumbrar os olhos de um azul claro hipnotizante, aliado a pele branca e sem marcas. Dean tinha braços e pernas torneadas, sempre foi amante da academia, influenciado por William e Luan, havia ganho um corpo escultural, atraente. Para finalizar, Dean pôs um óculos de grau e deixou o quarto.
Naquela ocasião, optou por uma vestimenta consistida apenas em uma bermuda moletom, tênis, e uma camisa regata preta, combinando com o calção branco. Saiu do quarto e foi até a sala, onde William assistia ao telejornal local, com fatos abundantes.
— Vamos, tio.
William dobrou um pouco a cabeça e fitou o sobrinho, impávido. Olhar para Dean, consistia em estar vendo uma versão masculina de sua amada irmã, Jessica.
— Que gato. Se parece muito com seu tio aqui.
— E você não está exagerando, pai. Mas agora vamos, está quase na hora do almoço. — disse Dean, caminhando dois passos à frente. — Por que não convida a Lia? Quero tanto conhecê-la!
— É, pode ser. Vou fazer isso agora mesmo. — disse William, pegando o aparelho. Depois de um ou dois minutos de conversa, o homem desligou o celular e ainda sorrindo, deu à boa notícia ao sobrinho. — Bom, vamos, porque ela vai nos esperar no Restaurant of the Dylan.
Restaurant of the Dylan, ficava no centro histórico de Ashton City, próximo de parques, shoppinps center, academias ao ar livre e escolas de última geração, lugar onde Dean houvera terminado seu ensino médio, com mensalidade pagas por seu tio, William. De todos os cantos da pólis, aquele em especial lhe trazia lembranças formidáveis, pois seu primeiro beijo com Luan, fora ali, logo atrás da Bernard Avenue. Dean estacionou o carro próximo a uma linha de coqueiros, na orla da cidade, onde a brisa persuadia o ar e trazia uma sensação de liberdade na alma. Como era verão em Ashton, todas as praias estavam tomadas por turistas de diversas parte do continente. A base da riqueza e o PIB, provia especialmente do turismo. O centro de Ashton, era tomado por hotéis luxuosos, mansões gigantescas e bonitas, muito diferente do bairro onde Dean morava. Mais calmo. Mais pacato. Porém, mais bonito.Eles deixaram o carro preto estacionado e seguiram caminho pela rua asfaltada, atrave
À noite havia sido longa. Após a breve comemoração, Dean arrumou algumas malas com o material e roupas necessárias e caiu no sono. Acordou pela manhã com o despertador lhe convidando para mais um dia, um dia este especial e único, o qual ficaria marcado para sempre na sua vida, corpo e alma.Sentou na beirada da cama e sentiu o cheiro de panquecas e omelete no ar, mal tinha noção de que o costume de acordar e está tudo pronto, logo não faria parte da sua rotina matinal. Vestiu uma camisa e foi-se para o banheiro, se higienizar. Depois, voltou ao quarto e prosseguiu em direção à cozinha, deparando-se com uma mesa farta, o que não era costumeiro.— O senhor ainda vai me deixar mal acostumado. — Dean disse puxando uma cadeira. — Bom dia, pai.— Bom dia, filho. Como foi sua noite? Suponho ter sido
Ao concluir sua arrumação, Dean fitou o corpo estendido sobre a cama, balançando a cabeça negativamente. Ele sabia que não devia esperar nada de ninguém, ainda mais de pessoas como Lucas, as quais se achavam à última bolacha de um pacote caro e chique.Ainda assim, adormeceu.Acordou pela manhã, espreguiçou o corpo modestamente, e foi-se para o banheiro, aonde tratou de fazer sua hegiene diária, tomou banho e relaxou-se moderadamente. Vestiu uma sunga e saiu do box pequeno, indo rumo ao armário de onde tirou o uniforme da universidade, que consistia em uma calça social azul marinho, uma camisa e um blazer da mesma cor, além dos sapatos sociais preto. Teria de lembrar que deveria pagar aquelas roupas mais tarde, após à aula. Arrumado, Dean passou perfume e arrumou seus cabelos loiros, resolveu não ir de óculos, desejava-se ver mais natural.Apanhou sua mochila e pôs-a sobre as costas, mas antes de dá um passo, ouviu o remexer s
— Qual foi, cara? Cê não tem senso de humor, não? — questionou Luc, aborrecido.— Tenho. Mas demonstro apenas com pessoas do meu vínculo íntimo, e nesse caso, você está bem distante de estar incluso nele. — pigarreou Dean, exausto e estúpido. — Tive um péssimo dia hoje, favor, não me aborreça.Luc ergueu uma mão em rendição, afinal o garoto parecia mesmo querer ficar sossegado. Descontente consigo mesmo, ele ligou a televisão velha à qual nem Dean viu-a ali, e colocou no jornal local.Apanhou o livro de cima do criado mudo e tratou de ler, sempre prestando atenção nas notícias. Irritado e já suando porque não tinha como colocar o ventilador para girar, Dean afrouxou a gravata e a retirou, colocando-a sobre a cama.Ergueu-se do móvel e retirou o blazer, a camisa e deixou às costas em direção a Victor, que prestou bastante atenção na moldura copular do rapaz. Era atraente, mas não a ponto de trocar vagina por ou
Duas semanas. Dean Salvatore conseguiu viver duas semanas sem demonstrar afeto ou repudiação por Luc. Era sábado, mais um fim de semana daqueles o qual passaria o dia inteiro trancado no quarto lendo um livro de leis e mais leis, aonde encontraria brechas e, até mesmo, duvidaria da capacidade humana de fazê-las cumprir.Luc, àquela altura da manhã, estava deitado na cama próximo à janela e assistia um programa aleatório na televisão. Os dois não eram tão próximos, mal trocavam meia dúzia de palavras durante um dia, isso quando não discutiam e alguns verbos inapropriados saíam como flechas num único alvo.Luc baixou o volume da televisão e abandonou o livro que estava lendo.— Posso te fazer algumas perguntas, Dean?— Desde que não sejam mis
— Então, Dean, por que resolveu vim para a cidade de Thyssen? — Brandon perguntou a Dean, minutos mais tarde.Ele poderia enumerar alguns fatores, mas não sabia por quais problemas começar, por isso foi bem razoável na resposta.— Simples! Meu sonho sempre foi cursar Direito, e na Universidade de Valenza. — respondeu.Brandon arqueou a sobrancelha, enquanto Luc acompanhava o assunto à distância, assim como Cole e Lee, que bebiam.— E seus pais? Eles devem terem ficado irritados com você, já que não contou a eles que tinha se inscrito para concorrer à uma vaga. Estou certo? — Brandon, parecia mesmo querer se aproximar de Dean.Dean pensou em responder que não, mas logo saberiam da morte de seus pais.— Meus tutores foram assassinados quando eu tinha quinze anos. — silêncio, tudo que Dean mais queria naquele instante. — Fui criado pelo meu tio, e sim, ele ficou bastante furioso
Dois meses. Se o que Dean viu há sessenta e um dias fosse improvável agora, ele realmente estava ficando louco. Luc estava sentado ao seu lado, no refeitório, conversando sobre assuntos aleatórios.— Meu sonho é viajar pra lua.— Mas você cursa economia e administração.— Que custa sonhar?— Nada, mas...— Então não interrompa meu sonho.Dean deu de ombros e voltou a tomar seu café.— Você é meio louco, né?— Sou. Isso importa?— Não. Nem um pouco. Contanto que não me mate à noite, tudo certo. — Dean disse, sorrindo. — Viu o Lee esses dias?Luc travou o maxilar. Depositou o copo sobre à mesa e respondeu:— Sim. Ele tem uma semana sem aula, porque fez algumas extras no mês passado. Com isso, resolveu se permitir às férias. Porém, passará aqui pro almoço com Brandon e companhia.<
Frio. Era o que Dean sentia naquele momento. Tensão. Ela estava misturada com o nervosismo e o suor de seu corpo. Vontade. Continuava aliada ao prazer de descobrir pequenas partículas de orgasmo, e tinha que ser com Lee, agora, urgente, e quando conseguisse esse feito, teria de ser calmo, sem pressa.Ele viu o homem com músculos tensos se aproximar. Sentiu o membro ganhar força, vitalidade, arder contra a sunga. Respirou. Não deixaria escapar nada, nem mesmo uma faísca de seu encanto. Merda! Falhou. Falhou como nunca e Lee soube aproveitar o instante como nunca.Destrancou o portão sem pressa, calmo. Olhou para Dean dos cabelos aos pés, fazendo um gesto ao rapaz, um simbolismo pequeno, quase sem chances de remediação. Que bom! Dean o seguiu de perto, analisando a fissura das costas largas, as panturrilhas extasiante, o molde perfeito de um bumbum durinho, e o perfume. Ah, nossa, como era cheiroso.Ao abrir à porta da mansão, encanto