Entre Facas e Flores - A MAFIOSA E O CEO
Entre Facas e Flores - A MAFIOSA E O CEO
Por: Dreeh Lopes
Capítulo 1

Beatrice Carter

— Figlia, eu preciso te tirar daqui, você corre perigo, o Cobra não brinca em serviço, viu o que aconteceu com sua mãe e agora a sua babá. — Meu pai diz em meio a preocupação.

— Não vou deixar Palermo Papà, não vou abandonar você e nem as meninas.

— Eles também podem matar as meninas Beatrice, todas correm perigo, quer que elas morram também? — Ele fala alterado e com lágrimas nos olhos.

— Não papà, mas me casar, isso não é solução.

— É o filho de um grande amigo meu, o casamento ajudará tanto a nossa famiglia quanto a dele.

— Mas um casamento forçado, com alguém que eu não amo e nunca vou amar.

— Figlia é só por um ano, ele precisa de minha ajuda para salvar suas empresas, e eu preciso dele para te tirar daqui. — ele diz alisando meu rosto.

— Não sabia que me odiava tanto.

— Não te odeio, eu quero seu bem, eu já vivi por anos essa vida, eu sei o perigo que é, não quero você e sua sorella levando o mesmo fim da sua madre.

— Você é ridículo senhor Carter, sabe que isso não funcionará, Cobra vai me encontrar de qualquer forma.

— Só quero que se afaste de Palermo por um tempo Figlia, ele vai te procurar em qualquer lugar, qualquer outro país, nunca imaginaria que você continuará na Itália.

— Bem pensado, porém vai demorar, mas ele me encontrará, esse casamento não adiantaria de nada.

— Já chega Beatrice, você vai casar com ele sim, vai morar em Florença, e vai largar essa vida bandida como eu larguei um dia.

— Sta bene, mas com duas condições. Primeiro, eu não irei largar essa vida bandida, vou querer tocar o terror em Florença, segundo, eu não serei fiel.

— Se quer continuar nessa vida mesmo morando em Florença, que continue, você já é maior de idade e sabe oque é certo e errado, só tenha cuidado, e espero que esteja brincando com essa ideia de ser infiel, sabe que a máfia não aceita infidelidade. A partir do momento que casar, você deve respeito a ele.

— Nem em sonhos senhor Carter, jamais serei de um homem só, a sua antiga máfia não manda em mim, eu tenho a minha própria máfia e nela mando eu.

— Ai Trice quem pode com você?

— Ninguém, o senhor já deveria está acostumado com isso. Então como é o nome do futuro corno?

— Andrew.

Então é isso, eu irei embora, largarei minha vida, meu pai, minhas amigas. Estou indo morar em Florença, me casarei e serei feliz, até parece, o tal Andrew que me aguarde, farei da vida dele um inferno, pois já o odeio por ter aceitado essa palhaçada de casamento. Talvez eu até goste da ideia de ir, adoro infernizar os homens, sou ótima nisso.

Os dias se passaram e hoje irei para Florença, se estou empolgada? Claro que não!

As meninas fizeram uma festinha de despedida pra mim e fiquei emocionada, eu amo demais minhas meninas.

— Amiga eu não vou suportar viver sem você. — Nanda fala com lágrimas nos olhos.

— Se você fizer amizade com outra, eu juro que pego o primeiro vôo para Florença e te mato. — Mili fala fazendo todas rirem, ela é a mais esquentada do grupo.

— Fique com todos os caras de Florença, mostre o poder da sentada de Beatrice Carter — Lua fala com um sorriso safado no rosto, fazendo a Nanda arregalar os olhos.

— Que horror Lua, ela vai casar.

— Nanda fala e todas riem.

— Ela vai casar e não virar freira — ela diz e tem toda razão.

— Eu prometo cuidar do galpão e continuar com o trabalho das Viúvas Negras — minha irmã está triste, mas no fundo ela me deu forças para ir, ela tem medo assim como meu pai.

— Acho bom Bia, confio em você para ser a líder, você é minha sorella e agora comigo longe está em suas mãos — me sinto mal por deixá-las, mas prometo convencer meu futuro maridinho a permitir que elas morem comigo e lá nós tocaremos o terror.

Sou fria, sem sentimentos, mas com elas é diferente, as meninas, meu pai e minha irmã são minha família e por eles eu mato e morro.

Depois de uma despedida dolorosa, vou para o Aeroporto pegar o jatinho.

Embarco no jatinho de minha família, encontro o piloto e sorrio pra ele.

— Buona notte Felippo — dou um beijo perto de sua boca que o deixa animado, já fiquei com ele várias vezes e posso afirmar que é uma delícia.

— Buona notte senhorita Carter, espero que aprecie a viagem — agradeço e o deixo terminar de verificar as coisas em sua cabine. Sou apresentada a aeromoça que me servirá essa noite e está tudo pronto para seguirmos viagem.

Acordo com o balançar da aeronave que passava por turbulência, acabei pegando no sono nem sei por quanto tempo.

Chamo a aeromoça que logo vem até mim.

— Pois não senhorita.

— Me diz uma coisa, ainda falta muito pra chegar?

— Não senhorita, falta apenas uma hora. Precisa de algo?

— Sim, quero uma dose de whisky e uns queijos.

— Certo trarei imediatamente.

Então fiquei bebendo, pedi 1,2,3 doses, a aeromoça ficou vindo o tempo todo, não tenho culpa de acabar logo, quem manda eles serem mesquinhos e colocar apenas um pouco.

— Violett quero mais uma — já estou até íntima da moça.

— Aqui senhorita, eu trouxe a garrafa toda dessa vez.

— Tá me chamando de cachaceira, eu lá sou mulher de beber uma garrafa, eu bebo logo duas querida —ela sai sorrindo, gostei dela.

Eu já estava um pouco alterada, ainda aguentaria mais, porém o Felippo mandou apertar os cintos que já vamos pousar.

Desci do jatinho cambaleando, peguei minhas malas, eu estava vendo tudo em dobro. Esse whisky estava batizado, tentaram me embebedar, eu só bebi 3 copos, ou foram 13.

E agora, quem veio me buscar, papai disse que seria meu futuro maridinho. Mas quem disse que sei quem é, nunca nem vi na vida. Vou casar com um cara que não vi nem por foto, e se for careca, barrigudo e ter pinto pequeno, não que eu vá transar com ele, isso jamais.

Primeiro fui ao banheiro, porque não sou obrigada a esperar. No caminho acabou esbarrando em um homem delicioso.

— Que isso ragazza, olha por onde anda.

— Ah vai se ferrar, eu estava bem plena, você que esbarrou em mim.

— Que boca mocinha. Acho que você precisa de uns beijos para acabar com essa rebeldia.

— Até que você é bonitinho — apesar de está vendo dois dele, posso afirmar que é lindo.

Ele me pega de jeito me prensando contra a parede e me beija ferozmente, nossas línguas brincam uma com a outra. Era um beijo viciante, com pegada, que homem é esse meu pai amado. Fomos interrompidos pela falta de ar. Vejo algumas pessoas nos olhando incrédulos.

— Nossa ragazza, que pegada você tem — ele me encara com um sorriso cafajeste no rosto — Qual é o seu nome?

— Vai ficar sem saber — Saio de perto e o deixo sozinho sem entender nada.

Tadinho do meu futuro maridinho, mal cheguei e já coloquei chifre nele. Mas também, eu nunca disse que prestava.

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