Por sentir os seus lábios tremerem e vendo que as pontas dos seus dedos estavam adotando um tom que variava entre a cor roxa claro e um roxo mais escuro, devido à baixa temperatura que estava sendo mostrada no visor do aparelho de ar condicionado daquele ônibus, Stella abriu o zíper de sua mochila para pegar o seu casaco. E depois de se sentir confortada por aqueles pêlos e pelo tecido macio e confortável que envolvia a pele de seu corpo, Stella decidiu deixar a sua imaginação fluir e viajar pelos lugares mais interessantes e inusitados, além de nutri-la de muitos tipos de ensinamentos, através de um bom livro, o qual se chamava Caminhos Distintos, escrito por Vanessa Matos. Esse livro trazia de volta o equilíbrio do qual ela tanto necessitava naqueles tempos difíceis, os quais nos seus momentos depressivos, ela imaginava que não fosse conseguir superar, pois sua leitura era quase um tratamento
No dia seguinte, os raios dourados do sol iluminaram a janela do quarto de Stella, fazendo com que os seus olhos reclamassem. E aproveitando que ela tinha se despertado cedo, ela pensou em se preparar a fim de conseguir tomar o seu café da manhã no hotel, o qual era oferecido entre as sete e as dez horas da manhã.Então depois de se levantar da cama, ela foi até o banheiro, e depois de sentir um maravilhoso hálito fresco, vestiu uma blusa de manga com o seu casaco preto e uma calça jeans. Calçou uma sandália, utilizou um pente para alinhar e desembaraçar os fios de seu cabelo e os aproximou formando um rabo de cavalo no alto da cabeça. Desligou o sistema de aquecimento do quarto, saiu pela porta e foi elegantemente caminhando até o elevador.Em poucos minutos foi possível que ela sentisse o perfume do café fresquinho e dos pães que tinham acabado de sair do forno. S
Ao abrir os olhos e ver, pela janela, que já tinha anoitecido e que os raios crepusculares já não se faziam mais presentes, Stella estava acordada, mas ainda deitada naquela confortável cama. Era por volta das sete e meia da noite, e quando esticou os seus braços de modo a espantar toda a energia de preguiça, ela começou a procurar uma roupa mais quente, pois tinha marcado de sair com Rafaela para ir a um barzinho que se localizava no mesmo bairro.Então ela pegou a sua mala de rodinhas, colocou-a em cima da cama e começou a procurar uma roupa que pudesse lhe oferecer maior conforto para suportar o frio, mas que também fosse bonita. Então ela escolheu uma blusa de manga comprida de gola alta na cor rosa, uma calça jeans, e para finalizar, o mesmo casaco preto por cima da blusa rosa. Quanto ao calçado, ela optou por uma bota marrom confeccionada em camurça e de cano alto, o qual a
Quando Stella acordou de manhã, viu que Rafaela estava ainda ao seu lado, o que a deixou muito feliz, pois realmente estava se interessando muito por ela. Além disso, aquele relacionamento representava mais do que um recomeço na vida de Stella, era uma nova descoberta, pois ela até então, não sabia que poderia se interessar por uma mulher. Ela nunca tinha pensado a respeito desse assunto e por isso, nunca tinha se descoberto bissexual. Mas de repente um som de notificação de mensagem a tirou de seus devaneios. E quando ela viu que se tratava de outra mensagem de Leandro, ela ficou nervosa, pois não sabia o que fazer. Ela já estava se relacionando com outra pessoa e não queria magoar ninguém. E também não estava pronta ainda para perdoar o seu ex-marido.
Enquanto isso no Rio de Janeiro, Leandro estava percebendo que Stella não queria conversar com ele, e dessa forma ele não poderia se redimir do erro que havia cometido. Para tanto, ele procurou Victor, o qual poderia ajudá-lo a descobrir em qual cidade a sua esposa poderia ter ido. Leandro estava decidido a ir atrás de Stella e reatar o seu casamento, pois descobriu que a pessoa que ele realmente amava era ela, e que provavelmente não conseguiria ser feliz de novo com outra pessoa.Então ele mandou mensagem para Victor, dizendo:– Victor, você sabe para onde Stella viajou? Eu quero muito falar com ela. Estamos nos separando, ela pediu um tempo, mas não quero viver sem ela.Como Victor estava sempre com o celular na mão, ou no máximo, próximo a ele, não demorou muito para que ele respondesse a mensagem que há poucos segundos tinha sido enviada por Leandro.&ndas
De forma bastante entusiasmada, mas sem esperar muito sucesso, Leandro, então arrumou as suas malas e foi para a rodoviária do Rio de Janeiro a fim de pegar o próximo ônibus com destino a Campos do Jordão, chegando lá, a atendente do guichê disse que tinha apenas uma vaga em um ônibus extra que eles tinham aberto, há poucos dias, para a cidade.– Eu aceito. – Disse Leandro, entregando à atendente os seus documentos.E enquanto ela digitava todas as informações necessárias, ele ficava ainda mais ansioso, pois esperava logo que pudesse se encontrar com ela no momento em que ele chegasse lá, o que nem ele mesmo estava acreditando.O sentimento de gratidão invadiu fazendo acelerar o coração de Leandro no momento em que a atendente lhe entregou tanto o documento quanto a passagem, ele disse:Depois disso, ele mostrou o documento e a p
Stella é uma jovem de trinta e nove anos, de pele clara, cabelos castanhos escuros, longos e ondulados e de olhos pequenos e castanhos. Sempre teve o sonho de conhecer um homem, o qual ela pudesse chamar de “o amor de sua vida”, de se casar e de ter uma família, sendo esta da forma tradicional, conforme dita a sociedade.Quando Stella tinha por volta de seus dezenove anos, ela apreciava muito as telas que eram pintadas através dos pinceis que previamente eram mergulhados na aquarela ou na tinta a óleo os quais, quando tocavam as superfícies sobre os cavaletes, transferiam sentimentos e talvez lembranças que eram destinados a encantar as pessoas que os vissem, sejam na forma de paisagem ou de desenhos abstratos. Devido a esse amor que a acompanhava ao longo de toda a sua vida, ela foi convidada pelo seu amigo Victor Bittencourt para assistir a sua exposição de quadros, a qual seria realizada em um pavimento pr
Enquanto Stella tentava desfrutar ao máximo daquele lugar que esbanjava bom gosto, tanto no acabamento quanto na iluminação, sendo agora acrescidos os belos quadros, ela observava ao seu redor os detalhes da pintura, as quais aguçavam as suas emoções, que transferiam ao seu coração parte dos sentimentos que foram presentes na vida de Victor no momento em que ele depositava cada gota de tinta naquelas telas que outrora era em branco.Cada quadro era mais bonito e mais colorido do que o outro. As demasiadas emoções transbordaram e secaram a boca de Stella, fazendo com que ela fosse atraída até um balcão enfeitado com frutas de diversos tipos e cores, onde tinha um homem vestindo um uniforme e prestando serviços de barman. Ao se aproximar, Stella pediu um drink e ao observar o ambiente ao seu entorno, percebeu que tinha um homem distraído, mas muito atraente
Stella, com o passar do tempo foi se sentindo mais aquecida devido ao amor que acalorava cada vez mais seu coração. O principal motivo eram os encontros entre ela e Leandro que foram se tornando cada vez mais frequentes. Um dia, quando eles estavam acomodados sobre a areia, sentindo a brisa fresca do mar misturada ao calor do sol de fim de tarde na praia do Arpoador, e depois que os ponteiros do relógio avisavam que já estava soando às quatro e meia da tarde, ele disse:– O que você acha de irmos até a pedra? A vista de lá de cima é linda. Não é difícil de subir. Eu posso te ajudar, caso você precise.– Vamos, sim. Eu também amo aquela vista. – Disse ela.Quando eles se levantaram, o vento levava todos os grãos de areia que insistiam em permanecer sobre a canga de Stella, a qual ela tentava sacudir lentamente. Eles foram caminhando até