Enquanto isso no Rio de Janeiro, Leandro estava percebendo que Stella não queria conversar com ele, e dessa forma ele não poderia se redimir do erro que havia cometido. Para tanto, ele procurou Victor, o qual poderia ajudá-lo a descobrir em qual cidade a sua esposa poderia ter ido. Leandro estava decidido a ir atrás de Stella e reatar o seu casamento, pois descobriu que a pessoa que ele realmente amava era ela, e que provavelmente não conseguiria ser feliz de novo com outra pessoa.
Então ele mandou mensagem para Victor, dizendo:
– Victor, você sabe para onde Stella viajou? Eu quero muito falar com ela. Estamos nos separando, ela pediu um tempo, mas não quero viver sem ela.
Como Victor estava sempre com o celular na mão, ou no máximo, próximo a ele, não demorou muito para que ele respondesse a mensagem que há poucos segundos tinha sido enviada por Leandro.
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De forma bastante entusiasmada, mas sem esperar muito sucesso, Leandro, então arrumou as suas malas e foi para a rodoviária do Rio de Janeiro a fim de pegar o próximo ônibus com destino a Campos do Jordão, chegando lá, a atendente do guichê disse que tinha apenas uma vaga em um ônibus extra que eles tinham aberto, há poucos dias, para a cidade.– Eu aceito. – Disse Leandro, entregando à atendente os seus documentos.E enquanto ela digitava todas as informações necessárias, ele ficava ainda mais ansioso, pois esperava logo que pudesse se encontrar com ela no momento em que ele chegasse lá, o que nem ele mesmo estava acreditando.O sentimento de gratidão invadiu fazendo acelerar o coração de Leandro no momento em que a atendente lhe entregou tanto o documento quanto a passagem, ele disse:Depois disso, ele mostrou o documento e a p
Stella é uma jovem de trinta e nove anos, de pele clara, cabelos castanhos escuros, longos e ondulados e de olhos pequenos e castanhos. Sempre teve o sonho de conhecer um homem, o qual ela pudesse chamar de “o amor de sua vida”, de se casar e de ter uma família, sendo esta da forma tradicional, conforme dita a sociedade.Quando Stella tinha por volta de seus dezenove anos, ela apreciava muito as telas que eram pintadas através dos pinceis que previamente eram mergulhados na aquarela ou na tinta a óleo os quais, quando tocavam as superfícies sobre os cavaletes, transferiam sentimentos e talvez lembranças que eram destinados a encantar as pessoas que os vissem, sejam na forma de paisagem ou de desenhos abstratos. Devido a esse amor que a acompanhava ao longo de toda a sua vida, ela foi convidada pelo seu amigo Victor Bittencourt para assistir a sua exposição de quadros, a qual seria realizada em um pavimento pr
Enquanto Stella tentava desfrutar ao máximo daquele lugar que esbanjava bom gosto, tanto no acabamento quanto na iluminação, sendo agora acrescidos os belos quadros, ela observava ao seu redor os detalhes da pintura, as quais aguçavam as suas emoções, que transferiam ao seu coração parte dos sentimentos que foram presentes na vida de Victor no momento em que ele depositava cada gota de tinta naquelas telas que outrora era em branco.Cada quadro era mais bonito e mais colorido do que o outro. As demasiadas emoções transbordaram e secaram a boca de Stella, fazendo com que ela fosse atraída até um balcão enfeitado com frutas de diversos tipos e cores, onde tinha um homem vestindo um uniforme e prestando serviços de barman. Ao se aproximar, Stella pediu um drink e ao observar o ambiente ao seu entorno, percebeu que tinha um homem distraído, mas muito atraente
Stella, com o passar do tempo foi se sentindo mais aquecida devido ao amor que acalorava cada vez mais seu coração. O principal motivo eram os encontros entre ela e Leandro que foram se tornando cada vez mais frequentes. Um dia, quando eles estavam acomodados sobre a areia, sentindo a brisa fresca do mar misturada ao calor do sol de fim de tarde na praia do Arpoador, e depois que os ponteiros do relógio avisavam que já estava soando às quatro e meia da tarde, ele disse:– O que você acha de irmos até a pedra? A vista de lá de cima é linda. Não é difícil de subir. Eu posso te ajudar, caso você precise.– Vamos, sim. Eu também amo aquela vista. – Disse ela.Quando eles se levantaram, o vento levava todos os grãos de areia que insistiam em permanecer sobre a canga de Stella, a qual ela tentava sacudir lentamente. Eles foram caminhando até
Ao longo de mais dois anos de noivado, eles constataram que viviam muito bem, e que provavelmente o tão esperado enlace matrimonial daria certo. Devido à ansiedade e tamanha vontade de ficarem juntos, eles foram se planejando ao longo desse tempo, a fim de morarem juntos, e fazerem o tradicional casamento no civil.Stella apreciava muito os vestidos brancos, longos e cheios de renda e pedras brilhantes, acompanhados das grinaldas com véus longos que se arrastavam ao comprimento do tapete vermelho que era disponibilizado para que as noivas passassem a caminho do altar, nas cerimônias religiosas. Mas viu que naquele momento não seria necessário, pois eles preferiam guardar dinheiro para uma viagem no exterior. Ela sonhava demasiadamente em conhecer os mais belos e antigos castelos medievais, os quais eram acompanhados de um imenso jardim de flores e de gramas em diversos tons de verde. E que devido à sua idade milenar, tinham uma
A rotina e o desgaste que atingem a tantas pessoas ao redor do mundo, também não se esqueceram de alcançar a felicidade de Stella e de Leandro, e conforme o tempo passava, Stella percebia que a sua relação com Leandro ficava cada vez mais fria. Ela observava que ele ficava cada vez mais distante, e às vezes, cada vez mais grosso por um motivo ínfimo, sem justificativa. Por isso, pensando tanto no bem estar quanto no de seu marido, ela pensou em tomar uma atitude de modo a aliviar o sofrimento que estava cada vez maior com o passar dos dias, o qual estava afetando ambos.Então quando Leandro estava sentado no sofá da sala jogando vídeo game, Stella se aproximou, sentou-se ao lado dele e perguntou:– Leandro, o que você acha da gente ter uma conversa?– Tem que ser agora?– Tem que ser agora. Por que eu já tentei várias vezes falar, e você nunca
No dia seguinte, o céu claro e sem nuvens brevemente permitiu que os raios do sol atravessassem a fina cortina e entrassem no quarto de Stella, iluminando, elevando a temperatura e acordando-a por volta das sete horas da manhã. Sentindo-se agitada a partir do momento em que ela abriu os seus olhos, por ter como o primeiro pensamento a sua quase separação, ela se lembrou de sua viagem e que ela deveria se arrumar a fim de pegar o ônibus na rodoviária, para o qual ela já tinha reservado a passagem somente de ida.Então ela foi caminhando para o banheiro. Mas dessa vez, ao invés de ela aproveitar o calor emitido pela água quente do chuveiro para desenhar corações no boxe, ela apenas se apoiava para deixar que as suas lágrimas escorressem pela sua face já molhada. Depois de passar alguns minutos embaixo do chuveiro, ela envolveu os fios molhados de seu cabelo em uma toalha branca, ves
Ao se deparar com um lugar muito iluminado, e com muitas pessoas carregando as suas bagagens para todas as direções, fez Stella se sentir um pouco renovada ao perceber que ela estava na rodoviária.Ela foi com a mochila nas costas e com a mala sendo puxada até o guichê, a fim de retirar a sua passagem, a qual tinha sido reservada anteriormente. Durante o tempo em que Stella ficou na fila aguardando a sua vez de ser atendida, os seus olhos, ao percorrerem todo aquele ambiente, encontraram um lugar de refúgio e de paz, o qual era equivalente a uma livraria e isso trouxe um pouco de acalanto ao coração de Stella, pois ela adorava ler, e os livros eram os únicos responsáveis que poderiam trazer equilíbrio para a sua vida nos últimos tempos. Mas por sentir o seu raciocínio falhar e se tornar cada vez mais relapsa e dispersa nas suas idéias, ela não conseguia se concentrar e quas