Quem é você?

— Por favor... Só não... Me machuque! — Alice falou entre suspiros, fechando seus olhos, enquanto seu corpo tremia violentamente.

— Eu não ousaria machucar uma dama! — A voz dele parecia lhe passar uma calma tremenda, seu toque em seu rosto era diferente.

Ela abriu seus olhos lentamente e algo conectou os seus olhos com os dele instantaneamente, entre o desespero Alice sorriu brevemente.

— Senhor o que faremos com este meliante? — Uma voz ecoou atrás dele.

Alice levantou o seu olhar e viu vários homens de preto parados envolta, um em específico estava segurando o homem que tentou contra ela. O homem estava com uma mordaça em sua boca e parecia terrivelmente assustado. Com essa imagem ela temeu que talvez esses homens fossem mais pior do que o anterior, ela se levantou bruscamente e tentou se afastar deles, mas ela foi para o lado errado, o beco não tinha saída.

— Oh! Merda. — Alice praguejou.

Seu olhar vagou de um lado para o outro, enquanto seu coração estava bombeando tanto sangue que o seu cérebro se encheu de oxigênio e ela se sentiu tontura, Alice se apoiou na parede e começou a hiperventilar. Seu pânico começou a ficar maior, quando ela ouviu passos se aproximando.

— Eu não vou te machucar! — A voz dele ecoou entre as paredes e Alice começou a olhar em volta apavorada.

— Eu só quero ir para casa! — Ela falou com sua voz trêmula. Tentando se manter calma.

— Eu posso te levar. — O homem estendeu sua mão na direção de Alice, e ela se assustou, fechando seus olhos e abrindo — Prazer eu me chamo Matteo.

Ela olhou para a sua mão e para ele por alguns segundos, a principio ele não parecia ser uma ameaça, o coração de Alice já havia até voltado a bater normalmente, apesar de errar algumas por conta da presença marcante desse belo italiano. Ela segurou a mão dele, com a dela levemente trêmula.

— Alice!

O olhar dele era tão intenso que Alice começou a sentir suas bochechas corarem, ela sorriu e abaixou o seu olhar, ao sentir um lenço macio tocando o seu rosto.

— Ele te machucou? — A voz de Matteo, soou fria. Enquanto ele limpou o sangue do rosto dela.

— Não. Eu mordi ele. — ela falou envergonhada. — É... Aconteceu muita coisa... Obrigada por ter estado aqui — Alice o olhou e sorriu em gratidão — Mas por favor, não me leve a mal, eu só queria um taxi e ir para casa.

— Não se preocupe eu entendo. Posso te ajudar com isso — Matteo retirou seu celular do bolso, enquanto digitava com uma agilidade ele continuou — Tenho um amigo nesse ramo. Ele estará aqui em breve.

Alice ficou surpresa, mas não disse mais nada, ela pensou que talvez seria rude da sua parte recusar novamente. Matteo pediu permissão para acompanha-la até a calçada e aguardar ao seu lado. Alice achou ele bem cavalheiro e permitiu lhe agradecendo novamente. Sem demora o taxista chegou, ambos não tiveram tempo de conversar muito, Alice sorriu novamente e o agradeceu mais uma vez se despedindo. A gratidão estava estampada em seu olhar.

— Não precisa agradecer. — Matteo falou abrindo a porta — Nós veremos em breve, quem sabe.

Alice sorriu, segurou na porta e entrou no automóvel, Matteo fechou a porta e o taxista começou a seguir para o endereço em que Alice o informou. Ela olhou para trás intrigada, pensando em como eles poderiam se ver novamente se nem trocaram seus números. Ela viu que Matteo permaneceu em pé, olhando em sua direção e um sorriso bobo apareceu em seus lábios, antes de perdê-lo de vista ela percebeu que um dos homens de preto parou ao lado dele, dizendo algo próximo ao seu ouvido. Alice sorriu se ajeitando confortavelmente no banco, enquanto suspirou aliviada.

Aliviada por essa noite não ter terminado com ela em um jornal sendo anunciada como vítima de um abuso. Uma pergunta sobrepôs todo o seu medo, quando ela pensou quem é Matteo?

— Tudo bem senhorita? — A voz do motorista tirou Alice dos seus devaneios.

— Sim... — sua voz saiu embargada ao lembrar do homem a tocando.

Ela engoliu em seco e um nó havia se formado, algumas lágrimas começaram a escorrer e ela as limpou rapidamente, suspirando pesadamente, Alice tentou se manter calma... O taxi parou em frente ao seu hotel, Alice pegou dinheiro da sua bolsa e estendeu em direção ao motorista.

— Não posso aceitar senhorita, sua corrida já foi paga. — Disse o homem à olhando pelo retrovisor

— Como? — Alice perguntou perplexa.

— Já foi paga senhorita. — O homem assentiu

Alice até tentou argumentar, sem acreditar no que estava ouvindo, como já foi paga? Ela acabou de entrar no táxi e ninguém pagou antes disso. Mesmo que Alice tenha tentado pagar novamente, o motorista não aceitou e um pouco frustrada Alice saiu do automóvel, vendo ele seguir caminho e uma breve imagem passou por sua mente. O motorista não estava vestido como um taxista normal. Ela fiquei parada olhando para o carro virar a esquina. Ele estava usando terno Alice franziu seu cenho.

Suspirou pesadamente e seguiu para o seu quarto, chegando lá ela procurou por Bianca, mas percebeu que ela não havia retornado, Alice tomou um banho demorado tentando esquecer tudo o que passou, ela chorou um pouco esfregando o seu corpo com força, tentando apagar aqueles toques forçados, mais uma imagem não saia da sua cabeça o rosto bonito de Matteo, seu jeito calmo e ao mesmo tempo misterioso, ela sorriu feito uma boba algumas vezes, lembrando dele.

— Matteo, quem é voce? — Alice sussurrou sorrindo, enquanto se arrumava para deitar.

Depois de se certificar que todas as portas estavam trancadas, Alice se deitou de barriga para cima, olhando para o teto ela suspirou. Preocupada com Bianca, Alice ligou algumas vezes, porém as ligações caiam direto para a caixa postal, deixando Alice ainda mais preocupada. Porém uma imagem passou por sua cabeça, o seu acediador seu rosto estava em pânico e ele estava amordaçado, quem amordaça uma pessoa? Alice se virou e abraçou o travesseiro, com as imagem e algumas perguntas na sua cabeça o pânico do homem e o rosto calmo e bonito de Matteo, o que ele ia fazer com o rapaz? E quem realmente é Matteo?

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