Noemia levou um susto, perdendo sua usual calma, e soltou um grito.- Ah!O incidente súbito também assustou Ana, que estava prestes a recuar um passo, encostando-se à beira do elevador, quando a mão de Leo subitamente a alcançou, segurando sua mão.- Ana, você está bem? Não tenha medo.Acostumado com turbulências, Leo naturalmente não se abalou. Rapidamente adaptando-se à escuridão repentina, ele logo perguntou sobre o estado de Ana.- Estou bem, não é nada.Ana sentiu o calor na palma da mão de Leo, e qualquer vestígio de medo que ela pudesse ter desapareceu instantaneamente.Com esse homem ao seu lado, ela já enfrentou situações muito mais perigosas; um pequeno problema com o elevador era insignificante.Sabendo que Ana estava bem, Leo deu um suspiro de alívio, pegou seu celular, ligou a lanterna e imediatamente caminhou para o canto do elevador. Pressionando o botão de chamada, ele contatou a equipe de manutenção.Noemia escutou a conversa entre os dois. Durante todo o tempo, Leo a
- Ah!Noemia soltou um grito agudo. No instante em que pensou que Leo a seguraria, ele retrocedeu inconscientemente. Só então, já tarde demais, estendeu a mão para ampará-la. Evidentemente, era tarde demais. Noemia caiu pesadamente no chão, torcendo o tornozelo. Uma onda de dor a inundou e seu rosto empalideceu imediatamente.Ana, do lado de fora, não conseguia ver claramente o que estava acontecendo dentro e perguntou, preocupada:- O que houve? Você se machucou?Noemia havia torcido o tornozelo e a dor era tão intensa que ela não conseguia falar. No entanto, mais do que a dor física, era a decepção em seu coração que a fazia sofrer mais.Naquele momento em que caiu, a reação instintiva de Leo tinha sido se afastar. Se fosse no passado, ele a teria segurado.- Não se preocupe, ela só caiu por acidente. - Leo tentou acalmar Ana.Justo quando Ana ia dizer algo mais, o elevador, abalado pelo impacto anterior, deslizou para baixo novamente. Isso de certa forma aliviou a situação estranha
Ana ouviu e sentiu que algo estava errado, suspeitando que as palavras de Noemia escondiam algo mais complexo. No entanto, antes que pudesse ouvir mais, Noemia se virou e viu uma silhueta na porta, interrompendo abruptamente a conversa.- Falamos disso mais tarde.Depois de desligar o telefone e apagar as mensagens, Noemia abriu a porta com um semblante aborrecido.- Estava me escutando?Ana ficou um pouco constrangida; essa realmente não era a sua intenção.- Desculpe, vim trazer seu remédio. Ouvi você falando, não foi intencional.Já que realmente ouviu a conversa de Noemia, Ana não tinha como argumentar contra a atitude dela.- Não foi intencional? Sra. Ana, você pode ser a esposa do CEO, mas nós, funcionários, também temos nossa privacidade. Não acho que devo reportar cada detalhe da minha vida pessoal para você. Leve o remédio de volta, não preciso dele.Dito isso, Noemia fechou a porta com força, sem querer dar mais atenção a Ana. Ana recuou, quase tendo seu nariz atingido pela
Mas se alguém voltasse, com certeza perceberia. Ana estendeu a mão, empurrando o peito de Leo, tentando fazê-lo parar de brincar e manter uma distância respeitosa, digna de um CEO. No entanto, o homem permaneceu imóvel. Pior, aproximou-se lentamente. - Fale logo, o que você estava pensando agora? Se você não falar, eu vou...Leo soprou suavemente no ouvido de Ana, um ponto particularmente sensível em seu corpo. Nesse contexto, com aquela ação de Leo, ela quase pulou de surpresa.- Eu... Depois de um momento, Ana cedeu. - Estava apenas pensando em Noemia. - O que aconteceu com ela? Leo franziu a testa. Noemia não estava comportada recentemente?- Não, é só que estou um pouco curiosa sobre o namorado dela. Ana ponderou. Ela não podia invadir a privacidade dos outros, mas talvez se ela conhecesse o namorado de Noemia e lhe desse um aviso para prestar mais atenção a ela, isso poderia ser útil. - Por que você está curiosa sobre essas coisas? - Leo ficou um pouco exasperado. - Você
- Ele não está por aqui ultimamente, está em uma viagem de negócios no exterior. O trabalho está bastante ocupado, então falaremos quando ele tiver tempo. - Recuperando-se de um momento de distração, Noemia rapidamente disfarçou sua surpresa com uma mentira conveniente.- Então, quando ele estiver disponível, vou convidá-lo para jantar. Leo também ficou curioso e, ao mesmo tempo, um pouco insatisfeito com esse homem. Se fosse ele, consideraria Ana sua prioridade, mesmo que estivesse a milhas de distância.- Hmm, falaremos quando tivermos uma oportunidade. Noemia não ousou dizer mais nada, com medo de entregar o jogo, e saiu rapidamente.Depois de sair, Noemia franziu a testa. Por que, de repente, Leo começou a se preocupar com o seu namorado? "Pode ser apenas Ana falando coisas pelas minhas costas novamente," pensou ela. Noemia apertou os punhos; ela não permitiria que Ana continuasse a se sair tão bem....Nos dias seguintes, Noemia não apareceu na empresa e tirou dois dias de fo
Leo olhava atônito para Noemia, que jazia à sua frente banhada em sangue. Por um momento, ele não sabia como reagir.Enquanto isso, Ivan e sua equipe localizaram a atiradora: uma mulher de meia-idade com aparência desconhecida. Assim que foi capturada, ela se debatia freneticamente.- Soltem-me, eu preciso matá-lo! Foi ele quem destruiu minha filha!A mulher gritava em desespero, parecendo uma fera enlouquecida. Ivan estava prestes a informar Leo que haviam capturado a criminosa, quando viu Noemia caída no chão. Seus olhos se avermelharam imediatamente.Com mais ressentimento contra a mulher à sua frente, Ivan pegou a arma que havia confiscado dela e disparou duas vezes nas pernas da mulher. Mas ela, aparentemente sem qualquer razão, não sentia dor e continuava a vociferar ameaças contra Leo.Ivan quase desejava matá-la ali mesmo, mas conteve-se. Precisava investigar cuidadosamente os motivos dela e se havia algum mentor por trás. Ele se virou para seus subordinados e ordenou:- Levem-
Parecia ser a primeira vez que Leo se colocava atrás de Ana, mesmo que tivesse pago um preço tão doloroso por isso. No entanto, uma sensação de satisfação, esquecida havia tempos, envolveu Noemia instantaneamente.Provavelmente por estar emocionalmente abalada, Noemia não conseguiu conter alguns tossidos, e um rastro de sangue fresco escorreu pelo canto de sua boca. Vendo isso, Leo rapidamente a acomodou em uma maca.- O que houve? A ferida dói muito? Não se preocupe, estamos chegando ao hospital. Você ficará bem!- Não tenho medo da dor, você sabe. - Disse Noemia, pausadamente. Depois de um momento, seu olhar se fixou no braço de Leo. - Senhor, você também está ferido...- Não é nada sério. Cuidaremos disso mais tarde.Leo realmente não estava preocupado com seus próprios arranhões menores naquele momento. Ao ouvir isso, Ana lançou um olhar rápido para o braço de Leo. Sim, o primeiro tiro daquela mulher tinha atingido seu braço. Mas a situação estava tão caótica que ela não teve tempo
No instante da surpresa, a ambulância já havia parado na entrada do hospital.O hospital já estava avisado e havia pessoas esperando do lado de fora.Noemia foi rapidamente retirada da ambulância e levada diretamente para a sala de emergência.Ana ficou sentada ali, revivendo a cena que acabava de presenciar, incapaz de recuperar a compostura.Por que Noemia sorria, mesmo estando naquele estado? Aquele sorriso sedutor e enigmático deixou Ana desconfortável de uma forma inexplicável.- Senhorita? O que aconteceu com você? - O motorista da ambulância, vendo que a paciente já foi levada, preparava-se para retornar e limpar os vestígios de sangue no veículo. Foi quando ele notou Ana, sentada e aparentemente alheia, e não pôde deixar de perguntar.- Estou bem, desculpe. - Ana voltou a si e, embaraçada, pediu desculpas antes de descer da ambulância.Ana também foi para a sala de emergência. Leo, por outro lado, ficou do lado de fora, olhando fixamente para a porta. Seus punhos estavam cerrad