Leo olhava atônito para Noemia, que jazia à sua frente banhada em sangue. Por um momento, ele não sabia como reagir.Enquanto isso, Ivan e sua equipe localizaram a atiradora: uma mulher de meia-idade com aparência desconhecida. Assim que foi capturada, ela se debatia freneticamente.- Soltem-me, eu preciso matá-lo! Foi ele quem destruiu minha filha!A mulher gritava em desespero, parecendo uma fera enlouquecida. Ivan estava prestes a informar Leo que haviam capturado a criminosa, quando viu Noemia caída no chão. Seus olhos se avermelharam imediatamente.Com mais ressentimento contra a mulher à sua frente, Ivan pegou a arma que havia confiscado dela e disparou duas vezes nas pernas da mulher. Mas ela, aparentemente sem qualquer razão, não sentia dor e continuava a vociferar ameaças contra Leo.Ivan quase desejava matá-la ali mesmo, mas conteve-se. Precisava investigar cuidadosamente os motivos dela e se havia algum mentor por trás. Ele se virou para seus subordinados e ordenou:- Levem-
Parecia ser a primeira vez que Leo se colocava atrás de Ana, mesmo que tivesse pago um preço tão doloroso por isso. No entanto, uma sensação de satisfação, esquecida havia tempos, envolveu Noemia instantaneamente.Provavelmente por estar emocionalmente abalada, Noemia não conseguiu conter alguns tossidos, e um rastro de sangue fresco escorreu pelo canto de sua boca. Vendo isso, Leo rapidamente a acomodou em uma maca.- O que houve? A ferida dói muito? Não se preocupe, estamos chegando ao hospital. Você ficará bem!- Não tenho medo da dor, você sabe. - Disse Noemia, pausadamente. Depois de um momento, seu olhar se fixou no braço de Leo. - Senhor, você também está ferido...- Não é nada sério. Cuidaremos disso mais tarde.Leo realmente não estava preocupado com seus próprios arranhões menores naquele momento. Ao ouvir isso, Ana lançou um olhar rápido para o braço de Leo. Sim, o primeiro tiro daquela mulher tinha atingido seu braço. Mas a situação estava tão caótica que ela não teve tempo
No instante da surpresa, a ambulância já havia parado na entrada do hospital.O hospital já estava avisado e havia pessoas esperando do lado de fora.Noemia foi rapidamente retirada da ambulância e levada diretamente para a sala de emergência.Ana ficou sentada ali, revivendo a cena que acabava de presenciar, incapaz de recuperar a compostura.Por que Noemia sorria, mesmo estando naquele estado? Aquele sorriso sedutor e enigmático deixou Ana desconfortável de uma forma inexplicável.- Senhorita? O que aconteceu com você? - O motorista da ambulância, vendo que a paciente já foi levada, preparava-se para retornar e limpar os vestígios de sangue no veículo. Foi quando ele notou Ana, sentada e aparentemente alheia, e não pôde deixar de perguntar.- Estou bem, desculpe. - Ana voltou a si e, embaraçada, pediu desculpas antes de descer da ambulância.Ana também foi para a sala de emergência. Leo, por outro lado, ficou do lado de fora, olhando fixamente para a porta. Seus punhos estavam cerrad
Leo franziu a testa, aquilo parecia fazer sentido.- Como ela ficou sabendo onde eu estava?- Muitos convidados foram chamados para a cerimônia de inauguração. Ela disse que um velho amigo lhe contou sobre o evento, e então ela começou a planejar. - Ivan revelou tudo o que tinha descoberto através de seu interrogatório.O semblante de Leo tornou-se sombrio, como se ele não tivesse mais perguntas a fazer.- Deixo ela sob a sua responsabilidade, não poupe esforços.- Entendido.Enquanto conversavam, as luzes da sala de cirurgia se apagaram e a porta se abriu de dentro para fora.- A paciente já está fora de perigo.O médico responsável informou a todos que Noemia não corria mais risco de vida, mas seu semblante permanecia grave.- No entanto, a bala passou muito perto de sua coluna vertebral e pode ter afetado os nervos...O olhar de Leo subitamente se tornou gelado.- Então, quais seriam as consequências?- Se tivermos sorte e os nervos não forem afetados, ela ficará bem. Caso contrário
- Não, eu não vou.Ana recusou imediatamente, sua emoção até um pouco exaltada. Ela mesma não conseguia explicar por que estava tão agitada.- O que quero dizer é que a Noemia se feriu tentando te salvar. Eu quero saber como ela está, o mais rápido possível.- Tudo bem, então nós ficamos.Leo não insistiu. Segurou a mão de Ana, e ambos se sentaram do lado de fora à espera do resultado.A cirurgia durou longas seis horas. Quando Noemia foi retirada da sala de cirurgia, já era tarde da noite.- Doutor, como ela está? - Leo se aproximou para perguntar.- A cirurgia foi um sucesso, pelo que podemos ver. Não parece ter ocorrido nenhum dano significativo nos nervos, mas a área é complicada. Só saberemos de eventuais sequelas quando ela despertar e pudermos perguntar como se sente.O olhar de Leo se tornou mais pesado. Ou seja, ainda era incerto se Noemia poderia se recuperar completamente.- Quando ela provavelmente vai acordar?- Ela deve acordar quando o efeito da anestesia passar, provave
Leo tirou seu casaco e, depois de um momento, um táxi parou na frente dos dois. Ele abriu a porta do carro, e ambos se sentaram lado a lado no banco traseiro. O ambiente escuro, junto com o suave balanço do carro, deixou Ana um pouco sonolenta. Ela se inclinou lentamente no peito de Leo. Mas assim que seu rosto encostou no peito dele, um leve aroma de perfume invadiu suas narinas. Era um cheiro doce e enjoativo, completamente diferente do suave aroma de colônia misturado com tabaco que vinha de Leo. Era inconfundivelmente um cheiro feminino, e Ana não tinha o hábito de usar perfume. Portanto, só poderia ser o aroma de Noemia.Mesmo que Leo tivesse tirado o casaco, ainda havia um vestígio do cheiro de outra mulher em seu corpo. Percebendo isso, Ana de repente perdeu o sono, e até começou a se sentir um pouco tonta e nauseada.Ana se sentou abruptamente e cobriu a boca.- O que foi?- Nada, estou um pouco enjoada com o movimento do carro.Ela não podia realmente falar muito; naquele mo
Ao ouvir o movimento, Leo e Ivan olharam para Noemia.- Você acordou?Assim que Noemia abriu os olhos, viu o rosto de Leo e imediatamente sentiu uma felicidade indescritível.- Sr. Leo, estou sonhando ou ainda estou vivo?- Que absurdo você está falando? Você está muito bem. - Leo franziu a testa. - Como você se sente agora?Noemia tentou mover seu corpo, mas parecia que o efeito da anestesia ainda não havia passado, ela se sentia fraca.- Sinto que não tenho forças.Leo assentiu, prestes a dizer algo mais, quando ouviu passos leves vindo de fora.Ana bateu levemente na porta e, ao ver que Noemia havia acordado, respirou aliviada e se aproximou rapidamente.- Noemia, você acordou, que bom!Apesar de ter tido pesadelos durante toda a noite, e Noemia ter sido a fonte desses pesadelos, Ana sentiu um alívio genuíno ao vê-la a salvo. Se algo realmente tivesse acontecido com Noemia, seria difícil para todos superarem.Ao ver Ana, o olhar de Noemia tornou-se ligeiramente distante, enquanto L
Ao ver a situação, Leo deixou sua comida de lado e correu para verificar a queimadura na perna de Ana. Ao vislumbrar a pele outrora branca e lisa agora avermelhada e um pouco inchada pela queimadura, ele não pôde evitar se sentir apreensivo.- Não é "nada"!? Olhe como está vermelho! Venha, vou te levar ao médico para cuidar disso.Dizendo isso, Leo puxou Ana para procurar um médico. Ana achou que ele estava fazendo uma tempestade em um copo da água, mas Leo a olhou ameaçadoramente.- Se você não for por conta própria, quer que eu te carregue? Ele se inclinou para pegar Ana nos braços.Ao ver a ação de Leo, Noemia não conseguiu evitar tremer. Ele só a havia carregado ao hospital quando ela estava à beira da morte, e isso já era uma enorme felicidade para ela. No entanto, por uma simples queimadura na perna de Ana, ele mostrava tanta preocupação. Por quê? Não seria o sacrifício de sua própria vida suficiente para ganhar um pouco da atenção de Leo?Noemia apertou os dentes e se moveu.