Leo franziu as sobrancelhas, um sentimento de estranheza o preenchendo. Agora há pouco, ele tinha agido por impulso ao bloquear o movimento de Rafaela, e quando finalmente percebeu, a cena já havia se desenrolado. Não era algo que ele costumava fazer.Em silêncio, Leo não disse uma palavra. Ao perceber que ele não havia contestado, Sr. Dantes ficou muito contente.- Isso é ótimo, assim que a relação de vocês estabilizar, me dê um neto. Então, eu deixarei os assuntos de vocês em paz e me dedicarei a curtir a aposentadoria com meu neto.Sr. Dantes, já de idade avançada, há tempos nutria o desejo de desfrutar da companhia de um neto. Ao ver que o filho que ele mais amava e valorizava finalmente se estabilizando, ele não pôde deixar de incentivá-los a lhe dar um pequeno herdeiro para criar.Ao ouvir isso, Leo não pôde deixar de sentir um certo sarcasmo. Afinal, Ana estava grávida de um filho cujo pai era desconhecido.No entanto, Leo não queria estragar o momento e apenas acenou com a cabe
Ana rapidamente se tranquilizou, lembrando que Paulo, como ela, era um estudante pobre que trabalhava para pagar as despesas da escola. Se ele fosse da Família Santos, nasceria como um jovem rico. Como ele poderia ter tido dificuldades?Com esse pensamento, ela ficou mais aliviada e balançou a cabeça, pensando que estava excessivamente nervosa devido aos eventos recentes. O nome era apenas uma coincidência, ela concluiu.No entanto, do outro lado do oceano, Paulo soube que Bruno estava tendo problemas novamente. Ele suspirou com frustração:- Tio Leo, lamento muito que isso tenha acontecido novamente.Embora Leo não tivesse uma boa impressão de Bruno e Rafaela, ele nunca havia descarregado sua raiva em Paulo:- Isso não tem nada a ver contigo, Paulo. Não vou culpar você por isso. - ele disse com uma voz suave, embora firmemente.- Ouvi dizer que foi a minha nova tia que descobriu o que estava acontecendo. Parece que o casamento que seu avô arranjou para você acabou sendo uma bênção dis
Ana nem teve tempo de dizer uma palavra a Claudia. Cobrindo a boca, ela correu para o banheiro e vomitou violentamente na pia. Claudia, vendo o estado de Ana, ficou profundamente preocupada.Contudo, uma dúvida inescapável brotou em seu coração. Antes, Ana adorava mangas mais do que tudo, mas por que agora o simples olhar para a fruta a fez vomitar? Tendo vivido essa experiência, Claudia rapidamente conjecturou uma possibilidade em sua mente. No entanto, ela hesitava em aceitá-la como verdade, pois sabia que Paulo havia estado no exterior por muitos anos e estava ciente de que sua filha era uma mulher de caráter firme, que não se envolveria casualmente com um homem. Então, o que realmente estava acontecendo?Depois de terminar de vomitar no banheiro, Ana saiu parecendo muito mais fraca. Seus pés pareciam estar pisando em algodão, sem força. Ao levantar a cabeça e ver a expressão preocupada e confusa de Claudia, seu coração pulou por um instante e ela parecia ligeiramente em pânico.Nin
Sentindo uma dor dilacerante no tornozelo, Ana lançou-lhe um olhar e o sorriso em seu rosto se tornou ainda mais amargo, como se estivesse provando o sabor do azar. A sorte tende a abandonar aqueles que mais precisam dela. Ana só podia mancar para fora, lutando com cada passo.No entanto, à medida que ela avançava lentamente, um médico surgiu de repente atrás dela, estendendo a mão para apoiá-la:- Senhorita, está tudo bem?Ana, percebendo a ajuda do médico, apressou-se em agradecer, com um toque de constrangimento em seu rosto.O médico lançou um olhar surpreso para Ana, questionando:- Oh, você não é a mesma pessoa que veio me procurar para a cirurgia outro dia?Com essa afirmação, Ana reconheceu o médico e assentiu de leve.- Como está se sentindo agora?A imagem desolada de Ana implorando por um aborto naquele dia causou uma impressão profunda no médico. Ele estava preocupado com a situação dela depois que ela voltou para casa, imaginando se ela estava sofrendo algum tipo de violên
Para surpresa de todos, o médico se atreveu a enfrentar Leo. O coração de Ana ficou ainda mais aflito.Se Leo ficasse irritado e descontasse no médico benevolente, fazendo-o perder o emprego ou algo do tipo, ela se sentiria terrivelmente culpada.Sem alternativa, Ana se virou, olhando implorante para o médico:- Eu vou resolver isso, doutor. Agradeço por me trazer para casa hoje, pode voltar agora.Ansiosa, Ana já suava na testa. Vendo-a tão suplicante, o médico sentiu pena e indignação, suspirou e entrou no carro para partir.Observando o carro se afastar, Ana finalmente relaxou.Leo olhou para ela enquanto ela observava a partida do médico, um sorriso irônico se formando em seus lábios:- Então, vai sentir tanta falta dele assim? Que pena, ele te deixou assim mesmo, não é?As palavras dele trouxeram Ana de volta à realidade.Virando-se, ela encontrou o olhar zombeteiro de Leo. Ana apertou o lábio inferior, fingindo não ouvir, e começou a se afastar.De qualquer forma, conversar com e
Ana temia ser incomodada inexplicavelmente por Leo mais uma vez, então sem dizer uma palavra, ela esperou calada pela a chegada do médico.Não muito tempo depois, o mordomo veio trazendo uma pequena caixa de remédios. Ana estava prestes a pegar a medicação quando, de repente, o homem sentou-se à sua frente, ergueu a perna dela e colocou o tornozelo machucado sobre seu joelho.Ao ver esse gesto um tanto ambíguo, Ana ficou surpresa, tentando imediatamente retirar o pé, mas Leo a segurou firmemente pela canela, não lhe dando chance de escapar.Ele baixou a cabeça, olhou atentamente para o tornozelo de Ana e viu que, de fato, estava muito inchado.Com uma expressão séria, ele disse:- Pode doer muito, então não se mova.Antes que Ana pudesse responder, Leo já havia pego o pé dela e pressionado firmemente, realinhando o osso que estava fora de lugar.Antes que Ana pudesse reagir, ela sentiu uma dor aguda. Lágrimas jorraram de seus olhos, e ela estava prestes a perguntar se Leo estava se vin
- Claro que estou indo trabalhar. – respondeu Ana, sem levantar a cabeça, preparando-se para calçar os sapatos e sair.Mas, no momento em que tocou seu pé machucado, ela respirou fundo de dor.Embora ela tivesse medicado a ferida na noite anterior, o tornozelo ainda estava inchado e qualquer mínimo toque desencadeava uma onda intensa de dor.Ao ouvir Ana ofegar de dor, Leo franziu a testa:- Desde quando a Família Santos está precisando do seu dinheiro? Seu pé está assim, você deveria voltar para descansar imediatamente.Ana ficou perplexa. Leo estava realmente sugerindo que ela voltasse para descansar. Seria o sol nascente do oeste? Desde quando ele se tornou tão bondoso?No entanto, Ana ainda recusou:- Não posso, já tirei muitas folgas. Se não for trabalhar agora, provavelmente serei demitida.Dito isso, Ana forçou seu pé inchado dentro do sapato e preparou-se para sair para o trabalho.Leo olhou para sua determinação obstinada. Ela estava claramente em dor intensa, mas ainda assim,
Pensando naquele cenário aterrador, Ana sentiu que seria incomodada até o limite:- Sr. Dantes, acredito que não tenho experiência suficiente para isso, então talvez seja melhor eu não causar problemas...Vendo que Ana estava prestes a recusar, o Sr. Dantes rapidamente interveio:- Não tenha medo, tudo que você não sabe, você pode aprender. Deixe o Leo te ensinar. Além disso, você não trabalhará de graça. Que tal um salário três vezes maior do que você está ganhando agora?Nesse momento, Ana se viu realmente em um dilema. Seus lábios se moveram, mas ela não conseguia encontrar palavras para recusar. Afinal, as palavras sinceras de Sr. Dantes e até mesmo a consideração sobre seu salário a deixaram numa situação delicada ao tentar recusar.Desamparada, Ana lançou um olhar suplicante para Leo, esperando por sua ajuda. Ela pensou que, dado o desgosto de Leo por ela, ele certamente não gostaria de tê-la ao seu lado vinte e quatro horas por dia. Se este homem falasse, talvez Sr. Dantes recon