Para surpresa de todos, o médico se atreveu a enfrentar Leo. O coração de Ana ficou ainda mais aflito.Se Leo ficasse irritado e descontasse no médico benevolente, fazendo-o perder o emprego ou algo do tipo, ela se sentiria terrivelmente culpada.Sem alternativa, Ana se virou, olhando implorante para o médico:- Eu vou resolver isso, doutor. Agradeço por me trazer para casa hoje, pode voltar agora.Ansiosa, Ana já suava na testa. Vendo-a tão suplicante, o médico sentiu pena e indignação, suspirou e entrou no carro para partir.Observando o carro se afastar, Ana finalmente relaxou.Leo olhou para ela enquanto ela observava a partida do médico, um sorriso irônico se formando em seus lábios:- Então, vai sentir tanta falta dele assim? Que pena, ele te deixou assim mesmo, não é?As palavras dele trouxeram Ana de volta à realidade.Virando-se, ela encontrou o olhar zombeteiro de Leo. Ana apertou o lábio inferior, fingindo não ouvir, e começou a se afastar.De qualquer forma, conversar com e
Ana temia ser incomodada inexplicavelmente por Leo mais uma vez, então sem dizer uma palavra, ela esperou calada pela a chegada do médico.Não muito tempo depois, o mordomo veio trazendo uma pequena caixa de remédios. Ana estava prestes a pegar a medicação quando, de repente, o homem sentou-se à sua frente, ergueu a perna dela e colocou o tornozelo machucado sobre seu joelho.Ao ver esse gesto um tanto ambíguo, Ana ficou surpresa, tentando imediatamente retirar o pé, mas Leo a segurou firmemente pela canela, não lhe dando chance de escapar.Ele baixou a cabeça, olhou atentamente para o tornozelo de Ana e viu que, de fato, estava muito inchado.Com uma expressão séria, ele disse:- Pode doer muito, então não se mova.Antes que Ana pudesse responder, Leo já havia pego o pé dela e pressionado firmemente, realinhando o osso que estava fora de lugar.Antes que Ana pudesse reagir, ela sentiu uma dor aguda. Lágrimas jorraram de seus olhos, e ela estava prestes a perguntar se Leo estava se vin
- Claro que estou indo trabalhar. – respondeu Ana, sem levantar a cabeça, preparando-se para calçar os sapatos e sair.Mas, no momento em que tocou seu pé machucado, ela respirou fundo de dor.Embora ela tivesse medicado a ferida na noite anterior, o tornozelo ainda estava inchado e qualquer mínimo toque desencadeava uma onda intensa de dor.Ao ouvir Ana ofegar de dor, Leo franziu a testa:- Desde quando a Família Santos está precisando do seu dinheiro? Seu pé está assim, você deveria voltar para descansar imediatamente.Ana ficou perplexa. Leo estava realmente sugerindo que ela voltasse para descansar. Seria o sol nascente do oeste? Desde quando ele se tornou tão bondoso?No entanto, Ana ainda recusou:- Não posso, já tirei muitas folgas. Se não for trabalhar agora, provavelmente serei demitida.Dito isso, Ana forçou seu pé inchado dentro do sapato e preparou-se para sair para o trabalho.Leo olhou para sua determinação obstinada. Ela estava claramente em dor intensa, mas ainda assim,
Pensando naquele cenário aterrador, Ana sentiu que seria incomodada até o limite:- Sr. Dantes, acredito que não tenho experiência suficiente para isso, então talvez seja melhor eu não causar problemas...Vendo que Ana estava prestes a recusar, o Sr. Dantes rapidamente interveio:- Não tenha medo, tudo que você não sabe, você pode aprender. Deixe o Leo te ensinar. Além disso, você não trabalhará de graça. Que tal um salário três vezes maior do que você está ganhando agora?Nesse momento, Ana se viu realmente em um dilema. Seus lábios se moveram, mas ela não conseguia encontrar palavras para recusar. Afinal, as palavras sinceras de Sr. Dantes e até mesmo a consideração sobre seu salário a deixaram numa situação delicada ao tentar recusar.Desamparada, Ana lançou um olhar suplicante para Leo, esperando por sua ajuda. Ela pensou que, dado o desgosto de Leo por ela, ele certamente não gostaria de tê-la ao seu lado vinte e quatro horas por dia. Se este homem falasse, talvez Sr. Dantes recon
Leo pisou no volante, - Porque estava com medo de ser visto e pudesse atrapalhar seu flerte na empresa?Ana já estava cansada da maneira como Leo pensava, ela respondeu irritada. - Não foi você quem sempre me disse para não sair espalhando sobre nosso relacionamento? Sr. Santos, eu realmente duvido se você pensa em alguma coisa durante o dia, caso contrário, por que tudo tende para esse lado?Leo olhou para Ana pelo retrovisor, ela estava com as bochechas inchadas olhando para ele, não era o tédio cuidadoso habitual, era até um pouco adorável.Raramente, Leo não discutia com Ana por seu tom de voz desrespeitoso - Só estou te lembrando para não flertar por aí.Ana simplesmente virou a cabeça e olhou pela janela, sem responder.Agora ela entendeu por que Leo não contestou Sr. Dantes, ele estava com medo de ser traído enquanto ela trabalhava fora, é por isso que ele tinha que vigiá-la 24 horas por dia?No entanto, ela está grávida agora, como ela poderia ter tempo para essas coisas frívol
Ana abriu a boca com uma certa irritação. - Quer que eu fale coisas agradáveis, tudo bem, mas sou uma pessoa prática. Não faço coisas que não me beneficiam.Sérgio, como poderia não entender as entrelinhas de Ana? Ela estava pedindo dinheiro novamente.Durante esse tempo, Ana já havia tirado uma boa quantia de dinheiro da Família Lopes, causando um verdadeiro caos em casa.- Ana, somos uma família, sempre falando de dinheiro... Não é um pouco...- Ana, impaciente, interrompeu suas palavras. - Não estou me sentindo bem hoje, meu humor também não está dos melhores. Se você, Sr. Sérgio, não quer ajudar, tudo bem, falamos sobre isso quando eu estiver melhor.Após dizer isso, Ana saiu sem olhar para trás.Vendo isso, Sérgio ficou ansioso e acabou cedendo e mandando alguém transferir mais meio milhão para Ana.Ana, almoçando em um restaurante, viu a transferência em sua conta, mas seu rosto permaneceu frio e indiferente.No início, quando Sérgio a traiu, a mãe dela deveria ter recebido metad
Nos dias seguintes, a vida se tornou, particularmente, tranquila.Ana até achou estranho, considerando a personalidade de Sérgio, depois de ser enganado por ela e ter meio milhão roubado. Ele deveria estar constantemente a importunando. Mas agora, o silêncio era quase anormal, dava a impressão de que uma tempestade estava por vir.Enquanto pensava nisso, o celular de Ana tocou. Era uma ligação de Sérgio.Ana estava um pouco curiosa para saber o que Sérgio diria depois de tantos dias, então, não hesitou e atendeu, rapidamente.Ao atender, a voz de Sérgio veio: - Ana, sobre o que aconteceu na última vez, eu decidi esquecer, não vou mais brigar com você. Mas, neste fim de semana, você precisa de alguma forma levar Leo à casa dos Lopes. Tenho algo muito importante para discutir com ele.Ana arqueou uma sobrancelha. Sérgio tinha uma confiança inexplicável. De onde ele tirava a certeza de que ela faria o que ele estava pedindo?Ana estava prestes a recusar, mas Sérgio interrompeu: - Se você
- Eu... trouxe-lhe uma xícara de café!Ana hesitava, não sabendo como expressar seu verdadeiro objetivo.Mas a perspicácia de Leo era afiada como uma lâmina, ele viu através de suas intenções com um único olhar. - Diga, o que mais há?Essa mulher, que, normalmente, fugia dele como um rato de um gato, agora se esforçava para ser amigável sem motivo aparente. Definitivamente, ela tinha algo a dizer.Vendo que Leo já tinha uma pista, Ana decidiu não se fazer de difícil. - Então, é assim... Amanhã é domingo, você poderia me acompanhar em casa?Leo franziu as sobrancelhas, observando Ana por um momento. Se ele se lembrava corretamente, aquela casa, a qual ela se referia, não era o lugar que quase a matou, deixando-a ferida e quase congelada no porão?Ele não tinha uma boa impressão daqueles que viviam lá.- Qual é o valor de eu ir à sua casa, hein? Se não houver mais nada, você pode ir.Leo falou friamente, efetivamente recusando.Ana, vendo sua recusa, apertou os lábios, um pouco ansiosa.