Ana concordou com um som e perguntou sobre a situação do menino. Depois de conversarem por um tempo, finalmente desligaram o telefone.Ao descobrir que Pedro estava se adaptando bem à família Santos, Ana sentiu um alívio. Ela deveria estar feliz, mas a amargura em seu coração só aumentava.Ana não conseguia deixar de pensar nas palavras do advogado sobre as condições oferecidas pela família Santos. Eram coisas que uma pessoa comum como ela não poderia proporcionar em toda a vida. Será que Pedro algum dia não a iria querer mais por perto?Ao pensar nisso, um peso enorme se instalou em seu peito, uma sensação opressiva e desconfortável. Ela segurava suas roupas junto ao peito, sem saber como se livrar desse sentimento.Com a cabeça baixa, seus longos cabelos escondiam seus olhos, impedindo que as pessoas vissem sua expressão facial. Após algum tempo, ela começou a rir subitamente.No entanto, seu sorriso era ainda mais triste do que o choro. Enquanto sorria, lágrimas também escorriam inc
Ana madrugou correndo até lá, certamente cheia de expectativas, mas acabou se deparando com esse advogado, o que a abalou profundamente.Leo cerrava os punhos e encarava o advogado com frieza, enquanto este tentava se atribuir méritos.- Na sua opinião, o que é justiça e equidade na lei? Encarar uma mãe que perdeu seu filho e agir com esse sarcasmo superior, fazendo-a sair desesperada?Leo apertou ainda mais os punhos, sua voz ficando cada vez mais fria.O advogado começou a suar frio imediatamente. Como... Como as coisas saíram tão diferentes do que ele imaginava?Ele sabia que a mulher estava isolada, incapaz de disputar a custódia da criança com a família Santos. Leo não deveria estar feliz?Por que a expressão de Leo parecia tão terrível, como se ele fosse devorá-lo?Antes que o advogado pudesse dizer algo, Leo se virou e disse:- Já que esse escritório de advocacia não pode fazer justiça, acredito que não tenha mais razão para existir. Pense no que você vai fazer daqui para frente
Ana não percebeu nada disso, apenas olhava confusa para frente.O barman deu uma olhada no homem. Ele era um cliente frequente do bar e conhecido por suas habilidades em conquistar mulheres. Depois de pensar um pouco, o barman decidiu não se envolver.Conforme o pedido do homem, o barman preparou uma bebida extremamente forte e entregou para Ana.Assim que Ana deu um gole, o sabor forte e intenso do álcool fez seus olhos se encherem de lágrimas.Ana franzia a testa, mas o desejo de temporariamente esquecer suas preocupações a fez engolir metade do copo com dificuldade.Aquela bebida era uma mistura de vários tipos fortes de álcool, o que por si só já seria bastante poderoso, mas combinados, se tornavam ainda mais perigosos. Imediatamente, Ana sentiu tontura e quase caiu da cadeira.O homem ao lado se aproximou rapidamente, segurando o corpo de Ana. Ao mesmo tempo, sua mão inquieta se dirigiu à cintura delicada dela.Embora Ana estivesse bêbada, ela não estava em um estado que permitiss
No entanto, Leo não estava interessado em discutir com ele. Seu olhar gélido caiu na mão do homem que havia tocado Ana, emanando uma crueldade sádica.- Essa mão sua, acabou de tocar nela?O homem ficou aterrorizado e começou a suar frio, encharcando suas roupas. Ele não esperava que essa mulher aparentemente desgastada e embriagada tivesse alguma relação com Leo. Ele sentiu que estava em apuros.Com a vontade de sobreviver e um intenso sentimento de medo, o homem virou-se e fugiu. Leo apertou os lábios e, sem hesitar, deu um chute forte na perna do homem.Leo tinha uma força considerável, e com esse único golpe, o homem sentiu como se seu osso da perna tivesse sido quebrado à força. Ele não podia mais fugir, apenas se contorcia miseravelmente no chão, segurando a perna e gemendo de dor.As pessoas ao redor assistiram a tudo isso, mas apenas observaram, ninguém se atreveu a intervir.Leo se aproximou lentamente, colocando a mão no braço do homem.- É essa mão... Já que é assim, por que
Leo falava com uma voz suave, usando seu tom mais gentil para acalmar Ana.Agora, ela era como uma garotinha mimada, sem nenhuma razão ou senso de juízo. Isso fazia Leo sentir tanto pena quanto afeição por ela.Ana franziu a testa, pensando por um momento quem era esse Leo. No entanto, seu cérebro estava entorpecido pelo álcool e não estava funcionando muito bem. Ela ficou parada ali, perdida, levando um bom tempo para associar aquele nome ao rosto em suas memórias.Quando finalmente percebeu, seu corpo agiu mais rápido do que sua razão. Ela levantou a cabeça e deu um tapa na cara de Leo.Por estar embriagada, Ana não tinha força suficiente em seu corpo, então o tapa não foi muito forte, mas ainda assim pegou Leo de surpresa.O ambiente já sufocante caiu em silêncio absoluto.Essa mulher, como ela teve coragem de dar um tapa na cara de Leo em público?Esse tipo de coisa, até mesmo os homens teriam dificuldade em tolerar, quanto mais Leo, que sempre foi orgulhoso e soberbo.O homem ante
Leo segurou Ana nos braços e entrou no carro. Ele sentou no banco de trás, segurando a mulher inquieta, e pediu ao motorista que dirigisse logo.O motorista olhou para os dois pelo retrovisor e Ana estava deitada no peito de Leo, murmurando algo. As roupas de Leo estavam bagunçadas e alguns botões da camisa estavam desabotoados, criando uma atmosfera de ambiguidade inexplicável.- O que você está olhando?A voz descontente de Leo soou e o motorista rapidamente desviou o olhar, dirigindo obedientemente.Leo levou Ana para uma de suas mansões. No caminho, Ana estava cansada de tanto tumulto e agora estava quieta, de olhos fechados, parecendo estar dormindo.Somente então, Leo pôde respirar aliviado, colocando-a na cama com cuidado.Os empregados da mansão, ao verem essa cena, se aproximaram rapidamente.- Sr. Leo, precisa de ajuda?- Não precisa.Leo ponderou por um momento e recusou.- Vá buscar uma roupa limpa para ela vestir e prepare uma tigela de Caldo de Peixe.- Sim.Após receber
Leo delicadamente enxugou as lágrimas de Ana, sem saber como fazer ela parar de chorar, apenas tentou falar com ela, embora ela estivesse semi-consciente.- Pedro vai voltar, eu prometo. Vou trazê-lo de volta para você. Você não vai perdê-lo.Talvez a voz de Leo tenha agido como um hipnótico, Ana, ouvindo a voz dele, teve sua consciência lentamente embaçada, fechou os olhos e adormeceu profundamente.Vendo a mulher adormecida em seus braços, Leo a colocou delicadamente na cama, observando-a em silêncio, por muito tempo, antes de sair do quarto....Ana dormiu por muito tempo. Ela já estava exausta por não ter dormido na noite passada, além dos efeitos do álcool, ela dormiu até a madrugada.A ressaca trouxe dores de cabeça, Ana abriu os olhos, e a dor fez sua cara franzir. Ela bateu levemente na cabeça com a mão, mal conseguindo controlar a dor.O quarto era muito estranho, Ana rapidamente tentou lembrar o que aconteceu antes de adormecer, mas descobriu que não conseguia se lembrar de n
O conteúdo ali dentro era simples, mas completamente diferente do que Ana inicialmente imaginava. O contrato realmente envolvia os direitos de Pedro, mas estava escrito que Pedro seria devolvido a ela exatamente como era, dentro de um mês. Se Leo não cumprisse essa promessa em um mês, todas as suas propriedades e ações seriam transferidas diretamente para Ana.Ana fixou o olhar nas palavras, um tanto perplexa por um momento. Ela até se perguntava se ainda não havia acordado, se ainda estava num estado de embriaguez. Como poderia haver palavras tão absurdas? Parecia impossível, não importava como se pensasse.Ana estendeu a mão e beliscou seu próprio braço com força. A dor intensa a fez inalar suavemente, mas também a fez perceber que estava lúcida e não sonhando. Ao ver sua maneira infantil, um sorriso apareceu no canto da boca de Leo.- Então, você tem alguma dúvida sobre o que está escrito?Foi só então que Ana voltou à realidade e olhou nos olhos do homem.- Por quê?Leo era um empr