No entanto, Leo não estava interessado em discutir com ele. Seu olhar gélido caiu na mão do homem que havia tocado Ana, emanando uma crueldade sádica.- Essa mão sua, acabou de tocar nela?O homem ficou aterrorizado e começou a suar frio, encharcando suas roupas. Ele não esperava que essa mulher aparentemente desgastada e embriagada tivesse alguma relação com Leo. Ele sentiu que estava em apuros.Com a vontade de sobreviver e um intenso sentimento de medo, o homem virou-se e fugiu. Leo apertou os lábios e, sem hesitar, deu um chute forte na perna do homem.Leo tinha uma força considerável, e com esse único golpe, o homem sentiu como se seu osso da perna tivesse sido quebrado à força. Ele não podia mais fugir, apenas se contorcia miseravelmente no chão, segurando a perna e gemendo de dor.As pessoas ao redor assistiram a tudo isso, mas apenas observaram, ninguém se atreveu a intervir.Leo se aproximou lentamente, colocando a mão no braço do homem.- É essa mão... Já que é assim, por que
Leo falava com uma voz suave, usando seu tom mais gentil para acalmar Ana.Agora, ela era como uma garotinha mimada, sem nenhuma razão ou senso de juízo. Isso fazia Leo sentir tanto pena quanto afeição por ela.Ana franziu a testa, pensando por um momento quem era esse Leo. No entanto, seu cérebro estava entorpecido pelo álcool e não estava funcionando muito bem. Ela ficou parada ali, perdida, levando um bom tempo para associar aquele nome ao rosto em suas memórias.Quando finalmente percebeu, seu corpo agiu mais rápido do que sua razão. Ela levantou a cabeça e deu um tapa na cara de Leo.Por estar embriagada, Ana não tinha força suficiente em seu corpo, então o tapa não foi muito forte, mas ainda assim pegou Leo de surpresa.O ambiente já sufocante caiu em silêncio absoluto.Essa mulher, como ela teve coragem de dar um tapa na cara de Leo em público?Esse tipo de coisa, até mesmo os homens teriam dificuldade em tolerar, quanto mais Leo, que sempre foi orgulhoso e soberbo.O homem ante
Leo segurou Ana nos braços e entrou no carro. Ele sentou no banco de trás, segurando a mulher inquieta, e pediu ao motorista que dirigisse logo.O motorista olhou para os dois pelo retrovisor e Ana estava deitada no peito de Leo, murmurando algo. As roupas de Leo estavam bagunçadas e alguns botões da camisa estavam desabotoados, criando uma atmosfera de ambiguidade inexplicável.- O que você está olhando?A voz descontente de Leo soou e o motorista rapidamente desviou o olhar, dirigindo obedientemente.Leo levou Ana para uma de suas mansões. No caminho, Ana estava cansada de tanto tumulto e agora estava quieta, de olhos fechados, parecendo estar dormindo.Somente então, Leo pôde respirar aliviado, colocando-a na cama com cuidado.Os empregados da mansão, ao verem essa cena, se aproximaram rapidamente.- Sr. Leo, precisa de ajuda?- Não precisa.Leo ponderou por um momento e recusou.- Vá buscar uma roupa limpa para ela vestir e prepare uma tigela de Caldo de Peixe.- Sim.Após receber
Leo delicadamente enxugou as lágrimas de Ana, sem saber como fazer ela parar de chorar, apenas tentou falar com ela, embora ela estivesse semi-consciente.- Pedro vai voltar, eu prometo. Vou trazê-lo de volta para você. Você não vai perdê-lo.Talvez a voz de Leo tenha agido como um hipnótico, Ana, ouvindo a voz dele, teve sua consciência lentamente embaçada, fechou os olhos e adormeceu profundamente.Vendo a mulher adormecida em seus braços, Leo a colocou delicadamente na cama, observando-a em silêncio, por muito tempo, antes de sair do quarto....Ana dormiu por muito tempo. Ela já estava exausta por não ter dormido na noite passada, além dos efeitos do álcool, ela dormiu até a madrugada.A ressaca trouxe dores de cabeça, Ana abriu os olhos, e a dor fez sua cara franzir. Ela bateu levemente na cabeça com a mão, mal conseguindo controlar a dor.O quarto era muito estranho, Ana rapidamente tentou lembrar o que aconteceu antes de adormecer, mas descobriu que não conseguia se lembrar de n
O conteúdo ali dentro era simples, mas completamente diferente do que Ana inicialmente imaginava. O contrato realmente envolvia os direitos de Pedro, mas estava escrito que Pedro seria devolvido a ela exatamente como era, dentro de um mês. Se Leo não cumprisse essa promessa em um mês, todas as suas propriedades e ações seriam transferidas diretamente para Ana.Ana fixou o olhar nas palavras, um tanto perplexa por um momento. Ela até se perguntava se ainda não havia acordado, se ainda estava num estado de embriaguez. Como poderia haver palavras tão absurdas? Parecia impossível, não importava como se pensasse.Ana estendeu a mão e beliscou seu próprio braço com força. A dor intensa a fez inalar suavemente, mas também a fez perceber que estava lúcida e não sonhando. Ao ver sua maneira infantil, um sorriso apareceu no canto da boca de Leo.- Então, você tem alguma dúvida sobre o que está escrito?Foi só então que Ana voltou à realidade e olhou nos olhos do homem.- Por quê?Leo era um empr
Ana acenou com a cabeça, mostrando que entendia.Mas, na realidade, ela não tinha o mínimo interesse na vasta fortuna da família Santos, só queria ter Pedro de volta.- Agora você acredita?Leo, depois de ter lidado com todas as questões, finalmente começou a falar.Ana apertou os lábios, hesitante por um momento.- De qualquer forma, obrigada por estar disposto a me ajudar.Provavelmente esta foi a primeira vez, após tantos dias, que Ana falou de maneira tão calma e pacífica com Leo.Não era sarcasmo ou enfrentamento direto, isso fez Leo sentir que tudo valia a pena.Pensando nisso, um sorriso amargo apareceu nos lábios de Leo. A razão lhe dizia que ele estava completamente louco.Por esta mulher, ele apostou tudo que tinha. Se alguém descobrisse, provavelmente pensariam que ele perdeu a cabeça. Tudo isso apenas para conseguir um sorriso de Ana, para fazer ela feliz. Mas ele não tinha o mínimo arrependimento.- Não precisa me agradecer, isso é... O que eu te devo. Beba o remédio para
Ao ver Ana comer calmamente, Leo virou-se e voltou à cozinha, serviu o restante do espaguete e sentou-se à sua frente. Por um momento, nenhum dos dois falou, apenas ficaram em silêncio.Para Leo, essa sensação parecia de outra vida, como se só tivessem compartilhado momentos assim havia muito, muito tempo atrás, quando ainda não havia acontecido tanta coisa entre eles. Ele sentiu saudade de repente, por um momento, não querendo que aquela refeição terminasse.Ana, por outro lado, não estava pensando tanto. A princípio, não percebeu, mas quando sentou para comer, percebeu que estava realmente faminta. Ela pensou um pouco e percebeu que desde que saiu de casa, nem tinha bebido água, estava sempre esbarrando em alguém, sendo maltratada em todos os lugares e enchendo-se de raiva, a ponto de nem sentir fome. Agora, depois de comer alimentos quentes, Ana sentiu como se tivesse voltado à vida, e a expressão em seu rosto relaxou bastante.Enquanto Ana se concentrava em saborear a comida, um fl
O contato íntimo com o chão e o seu próprio corpo foi inevitável, mas por sorte, a mansão estava repleta de tapetes espessos por todos os lados, evitando que Leo se machucasse na queda.No entanto, a somatória dos pesos de ambos ainda era considerável. A nuca de Leo fez um contato um tanto brusco com o chão, provocando um gemido abafado no homem.Ana abriu os olhos, percebendo que estava sendo firmemente abraçada por Leo, praticamente deitada sobre ele. O rosto de Ana instantaneamente corou, tentou lutar para se levantar, mas foi mantida no lugar pelos braços fortes de Leo, impossibilitada de se mover.- Solte-me...Ana empurrou o peito de Leo, as sobrancelhas dele se franziram, abrindo os olhos, um brilho de confusão raramente visto em seu olhar.- Não se mexa, minha cabeça dói...Ana levou um susto. Quando os dois caíram, realmente houve bastante barulho. Será que Leo bateu a cabeça?Embora ela não fosse médica, Ana sabia muito bem que a parte de trás da cabeça era a mais frágil do