- Não fui eu, não fui eu! - Ana apressou-se a explicar que Luísa havia caído sozinha, mas Leo nem sequer olhou para ela, seu olhar estava fixo na mulher que jazia em uma poça de sangue. - Luísa, Luísa! Luísa abriu os olhos, estendeu a mão e agarrou a roupa de Leo, a qual estava manchada com seu próprio sangue. - Leo, não culpe Ana. Foi eu que não tomei cuidado. Luísa forçou um sorriso, as marcas de suas bochechas brilhando acusadoramente. Ana apertou os punhos. Ela percebeu que as coisas não eram tão simples quanto pareciam. Ela tinha caído em uma armadilha!- Eu realmente não a empurrei! - Ana insistiu rapidamente.No entanto, Leo apenas olhou friamente para Ana. Ele não fez qualquer gesto que pudesse sugerir que ele acreditava nela, olhando para Luísa em vez disso.- Aguente firme, eu vou chamar uma ambulância e te levar ao hospital. Leo não se atrevia a mover Luísa, com medo de agravar qualquer possível fratura que ela pudesse ter. Ele rapidamente pegou o telefone e ligou para
Luísa foi colocada na ambulância e levada ao hospital, Leo sentado ao lado dela, olhando para o sangue no corpo dela e a marca de bofetada em seu rosto, pensando nas explicações de Ana, com um olhar sombrio nos olhos. Chegando ao hospital, um grupo de médicos e enfermeiros rapidamente levou Luísa para a sala de emergência. Leo estava esperando do lado de fora, a luz fria do hospital refletindo em seu corpo, dando a ele uma aura fria e severa. Depois de um tempo, Mariana chegou ao hospital com a mãe de Luísa. - Como vocês vieram aqui? Leo ficou um pouco surpreso, e Mariana olhou para ele com um olhar reprovador. - Com um incidente tão grande acontecendo na empresa e Luísa machucada, como poderíamos não vir? - Como está Luísa, afinal? A mãe de Luísa olhou para a porta da sala de cirurgia com ansiedade, a data do noivado estava se aproximando e, inesperadamente, algo assim aconteceu. Como ela poderia não se preocupar? Antes de Leo ter a chance de responder, a porta da sala de cir
A mãe de Luísa rapidamente agarrou a mão de sua filha, as lágrimas brotando em seus olhos em um turbilhão de emoção. - Luísa, você acordou, como você se sente, há alguma coisa errada com você? Luísa franziu as sobrancelhas.- Eu estou bem.Mariana, ao vê-la acordada, também se apressou em se aproximar.- Luísa, está tudo bem? Diga-me a verdade, o que aconteceu realmente? Luísa não respondeu imediatamente, mas lançou um olhar para Leo, e então balançou a cabeça. - Não é nada, fui eu quem não tive cuidado, eu também estou errada. Dizendo isso, Luísa esboçou um sorriso amargo, causando uma contração na ferida em sua bochecha, o que a fez emitir um pequeno grito de dor. Isso provocou a indignação de todos os presentes, e a mãe de Luísa sentiu uma dor excruciante. - Luísa, pare de ser tola. Se ela ousou te empurrar escada abaixo dessa vez, quem sabe o que ela fará na próxima? Você quer perder sua vida? Leo franziu a testa. Havia muitas dúvidas nessa situação, ele tinha que perguntar
Mariana ligou imediatamente para a polícia, e, em pouco tempo, os policiais chegaram. Seguindo a rotina, perguntaram algumas questões à Luísa, examinaram seus ferimentos e fizeram o relatório. O caso chamou a atenção da polícia, dado que a vítima era a noiva de Leo, futura membro da família Santos.- Nós vamos investigar o caso o mais rápido possível e daremos uma resposta satisfatória a todos vocês.Os policiais tinham que coletar evidências no Grupo Santos, Leo estava planejando acompanhá-los, mas foi diretamente impedido por Mariana.- Leo, fique aqui com a Luísa. Lembre-se que, quando você estava doente, ela ficou ao seu lado dia e noite. Agora, você deveria cuidar bem dela.Leo hesitou um pouco, e Mariana reforçou o seu tom.- Estou apenas preocupada que você faça algo precipitado. Agora que foi decidido que o caso está nas mãos da polícia, você não deve interferir.Mariana estava preocupada que Leo pudesse tentar ajudar Ana, então, de qualquer maneira, queria que ele ficasse. O o
Sem possibilidade de argumentação, Ana foi empurrada sem gentileza para dentro da cela de detenção. Havia algumas outras mulheres na cela, que não se importaram com a chegada de mais uma. Ana encontrou uma cama de solteiro vazia e sentou-se. A sensação fria e dura não era nada agradável, mas Ana não estava em condições de se preocupar com isso. Ela voltou por Pedro, para encontrar uma medula compatível, ela deveria estar usando cada segundo para resolver isso, mas acabou aqui, sem saber quando poderia ser livre novamente... Ana só sentia uma tristeza profunda, seus joelhos lentamente se dobraram e ela se encolheu como uma pequena bola, lágrimas quentes, inconscientemente, caíam de seus olhos....No quarto do hospitalLeo estava sentado em uma cadeira, embora estivesse acompanhando Luísa, seus olhos estavam fixos em outro lugar, pensativo.Como Luísa não poderia perceber que ele estava completamente distraído? Sempre que Leo tinha essa expressão, ela sabia que tinha a ver com Ana.
Ana estava completamente atordoada, tão atordoada que caiu no chão antes de poder reagir.- O que vocês estão fazendo? Ana voltou a si, tentou se levantar e questionar por que essas duas pessoas estavam atacando-a sem motivo aparente.No entanto, antes que pudesse se levantar, um turbilhão de socos e chutes caiu sobre ela. A dor intensa a deixou sem palavras.- Se ajoelhe e peça misericórdia. Poderíamos te poupar.Ana estava sendo forçada a se ajoelhar, mas ela resistia com todas as suas forças.Ela não entendia por que essas duas pessoas estavam agindo assim com ela, mas ela não se ajoelharia. Ela não havia feito nada de errado. Por que deveria se ajoelhar?A resistência de Ana apenas enfureceu ainda mais as outras, e o que ela enfrentou foi um espancamento ainda mais brutal.Ana já estava tão espancada que mal podia manter a consciência, cada parte de seu corpo doía terrivelmente. Ela se sentia como um cachorro morto, sem um pingo de dignidade.Por um momento, um pensamento cruzou a
Juliana ligou imediatamente para Leo, segurando o telefone com as mãos trêmulas. Após um longo período de espera, finalmente ele atendeu.Leo acabava de sair do hospital e estava prestes a voltar para casa.Com membros da família Silva fazendo vigília ao lado de Luísa, ele podia finalmente voltar e descansar.Ao ver a chamada, o homem hesitou por um instante, mas acabou por atender.- Leo, sou eu, Juliana. Você sabia que a Ana foi presa?Perguntou Juliana, ansiosa.Ao ouvir o nome de Ana, Leo franziu a testa levemente.- Deixei essa situação para a polícia lidar, tem algum problema?Juliana ficou confusa ao ouvir isso. A ideia de levar Ana para a delegacia era de Leo? O que ele estava pensando?Ele realmente acreditaria que Ana cometeria um crime de lesão corporal sem motivo?- Não, eu não sei o que realmente aconteceu, mas você deveria conhecer o caráter de Ana, ela não faria isso.As mãos de Leo, que estavam prestes a abrir a porta do carro, pararam.- Ela está realmente em apuros ag
Devorada pela dor em seu corpo, Ana não conseguia dormir. Ela apenas fechava os olhos, suportando a agonia incessante. Aquelas duas mulheres a agrediram sem razão aparente. Claramente, isso não era um acidente. Ana sabia que tinha se mantido discreta desde que entrou ali, era impossível ter ofendido alguém.A única explicação era que alguém havia arranjado deliberadamente pessoas para a torturar neste lugar. Luísa... O nome dela surgiu de imediato na mente de Ana. Ninguém mais seria tão mesquinho e malicioso quanto essa mulher. Ana rangia os dentes. Ela realmente caiu na armadilha de Luísa e, infelizmente, Leo não acreditava nela. Ela nem teve a chance de se explicar.Por mais que pensasse, Ana não conseguia encontrar uma saída. Tudo o que ela podia fazer era esperar que a polícia descobrisse a verdade e provasse sua inocência. Não sabendo quanto tempo havia passado assim, Ana, esgotada, fechou os olhos e adormeceu num torpor. Não foi um sono tranquilo. Em seus sonhos, viu Leo com um r